Deu na Folha:
Tinha ainda alguma esperança, até conferir que na lista de Ficção, dos 10 livros listados, 4 são do Dan Brown. Talvez seja um bom momento para mudar de rumo… que mané Poe, o quê! O negócio é poetaria!
(há, há, to tão engraçadona)
Um pandemônio.
Deu na Folha:
Tinha ainda alguma esperança, até conferir que na lista de Ficção, dos 10 livros listados, 4 são do Dan Brown. Talvez seja um bom momento para mudar de rumo… que mané Poe, o quê! O negócio é poetaria!
(há, há, to tão engraçadona)
E pode até ser Literatura Infanto Juvenil, mas é um livro FODA. Foda como nenhum Harry Potter ou Crônicas de Nárnia consegue ser, I must say. Eu sei que estarei estragando a experiência literária de quem for ler esse livro ao contar sobre o que é, mas enfim: trata-se inicialmente da tentativa de um garoto autista de descobrir quem matou o cachorro da vizinha, e então a trama se complica.
A descoberta mais recente é um obituário escrito sobre Poe por um tal de Reverendo Rufus Griswold, que começava da seguinte maneira:
Claro, esse não é o único caso de citação creditada à pessoa errada. Tem uma história famosa de um e-mail que rolou por aí com um texto do Jabor comparando uma mulher batalhadora e a Adriane Galisteu, para ver qual era a mais bonita. Jabor apareceu na TV dizendo que ficava lisonjeado por considerarem o texto como dele, mas que não foi ele que o escreveu.
Hoje ganhei da Luci o livro “O chão que ela pisa” do Salman Rushdie. Comecei a ler no ônibus enquanto voltava da faculdade, mesmo porque morro de curiosidade para saber por que a Jô gosta tanto desse autor. Aí leio umas páginas e dou de cara com isso:
“…estava tão diluído de narcóticos a ponto de ninguém entender as últimas palavras, proferidas durante o delírio comatoso final. Alguns dias depois, porém, a informação chegou à Internet, onde um tarado por ficção fantástica de apelido “[email protected]”, transmitindo do bairro Castro de San Francisco, explicou que Raúl Páramo estava falando orcish, a língua infernal inventada pelo escritor Tolkien para criados do Senhor do Escuro Sauron: Ash nazg durbatulûk, ash nazg gimbatul, ash nazg thrakatulûk agh burzum-ishi krimpatul. Depois disso, os boatos sobre práticas satânicas, talvez saurônicas, espalharam-se incontrolavemente pela Rede.”
Aí eu fiquei toda contentinha, porque sou nerd e feliz e achei engraçado aquele ‘elrond at rivendel’. Enfim, quando arrumar um tempo para ler o livro todo, volto aqui para dar opinião. :dente:
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*Fala de personagem do filme Anti herói Americano, que é muito bacana, diga-se de passagem.
“O eterno retorno é uma idéia misteriosa, e Nietzsche, com essa idéia, colocou muitos filósofos em dificuldade: pensar que um dia tudo vai se repetir tal como foi vivido e que essa repetição ainda vai se repetir indefinidademente! O que significa esse mito insensato?
O mito do eterno retorno nos diz, por negação, que a vida que vai desaparecer de uma vez por todoas, e que não mais voltará, é semelhante a uma sombra, que ela é sem peso, que está morta desde hoje, e que, por mais atroz, mais bela, mais esplêndida que seja, essa beleza, esse horror, esse esplendor não tem o menor sentido. Essa vida não deve ser considerada mais importante do que uma guerra entre dois reinos africanos do século XIV, qu enão alterou em nada a face do mundo, embora trezendo mil negros tenham encontrado nela a morte através de indescritíveis suplícios.
Será que essa guerra entre dois reinos africanos do século XIV se modifica pelo fato de se repetir um número incalculável de vezes no eterno retorno?
Sim, certamente: ela se tornará um bloco que se forma e perdura, e sua tolice será sua remissão.”
Mas confesso que nada me surpreende mais quando a vida imita uma obra como a de Allan Poe. No sentido de ainda me assustar quando vemos que as personagens de seus livros não são só “parte de uma história de horror”. Enfim, que o horror está aí, no cotidiano. Em uma matéria de jornal.
Eu nunca escondi e conheço várias pessoas (inclusive alguns professores de Literatura) que classificam o senhor Alencar como “chato”. Para não usar outros adjetivos pouco lisonjeiros, claro. E eis que no livro do Schwarz me deparo com o óbvio sobre qual é o problema do Alencar.
Ontem no fim da noite o Fábio apresentou essa pérola do “desembargador Alfredo de Castro Silveira”, edição de 1966. A sensação que dá é que pertence a outro século, especialmente pelas “opiniões” largadas pelo autor nos verbetes. Além disso, é claro, a forma soberba como ele escreve o texto (e nem estou falando dos acentos onde já não utilizamos mais).
Selecionei alguns em especial para que vocês possam compreender porque esse livro é uma jóia da literatura nacional. Para que vocês tenham a mesma sensação que tive ao ler, deixei a formatação do texto exatamente como no livro. E não esqueçam: antes de ler, vale lembrar que esse livro não é cômico, ele é sério. Muito sério.
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