Mentirinhas sociais

gossip.jpgNão que seja alguma novidade que as pessoas mentem para fazer um social, isso deve acontecer desde que o homem começou a se comunicar. Mas saiu recentemente uma pesquisa bem interessante, comentando que cerca de 40% dos britânicos mentem que leram determinados livros, só para fazer parte de uma conversa.

O mais bacana é a lista dos 10 livros… parafraseando Veríssimo*… mais citados e menos lidos. A escolha dos títulos é até bastante democrática, digamos assim. Segue aí o top10 da mentirinha:

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Déjà vu

manara_desire.jpgSim, eu seeeeei que falei de Sandman ontem, mas acabei de fazer uma descoberta sobre um referência perdida em Noites Sem Fim, e eu fico toda animada com esse negócio de referências, especialmente quando me leva a conhecer coisas novas e tal. Então eu compartilho aqui com vocês.

Vamos lá. Sempre achei o título da história da Desejo meio estranho. “O que eu experimentei de desejo“… tinha algo ali que não encaixava bem. Então, terminando a leitura do livro Hiperespaço, dou de cara com os seguintes versos:

“Alguns dizem que o mundo vai acabar com fogo
Alguns dizem em gelo.
Pelo que experimentei de desejo
Fico com aqueles que preferem o fogo”

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You aren’t really there at all

wormhole.jpgDurante o Natal lá na Bettegolândia eu li – só para variar – um monte de Superinteressante antiga. Em uma delas (acredito que até uma bem recente), havia uma matéria sobre a teoria das cordas, dez dimensões e o escambau. O fato é: mesmo eu sendo completamente avessa a esse tipo de coisa, acabei gostando do assunto. Aí, chegando em Curitiba o Fábio me indicou um livro chamado Hiperespaço, de Michio Kaku.

Vamos aos fatos: eu não mudei, ainda sou uma mula no que diz respeito às ciências, sem contar a minha terrível dificuldade de lidar com o abstrato. Mas ei, é sério, o livro é MUITO legal. O Kaku consegue tornar a coisa interessante, inclusive criando imagens que facilitam a compreensão do que ele está explicando.

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Vida e arte

sylvia.jpgEu não cheguei a assistir aquele filme como a Gwyneth Paltrow (edeusabençoe o ctrl c), então não posso dizer se é uma boa fonte para ficar sabendo um pouco mais sobre a vida da Sylvia Plath – que hoje eu apresentei para a Sol, e resolvi comentar aqui com vocês também. Na verdade, acredito que ela seja mais um daqueles casos injustiçados de vida sobrepondo carreira: você fala de Sylvia Plath e a pessoa ligada nas Caras literárias diz “Ahhh, sim. Aquela que deu o leitinho para as crianças, ligou o gás do fogão e se matou, né?”

Sim, ela se suicidou, e a idéia do suicídio aparece em alguns poemas – o que colabora na interpretação de alguns trabalhos. Mas reduzir o que ela escreveu a isso, ou ao fim do casamento com Ted Hughes, é bobagem.

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Admirável mundo novo

filhos.jpgAntes de mais nada deixa eu dizer: continuo achando que não há coisa mais legal no mundo – no que diz respeito ao hábito da leitura – do que garimpar sebos. Passar um tempããããão procurando por pérolas e ficar toda serelepe porque achou uma edição bacanérrima por uma brecinha camarada e afins.

Isso para não falar do prazer de encontrar livros que estão fora de catálogo – aquelas obras legais que sabe-se lá porque eles não publicam mais (talvez porque só você ache legal, mas aí já é outra história).

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Citação nérdica básica:

There is still hope.
arwen.jpg

:mrpurple:

Pois lembram quando comentei por essas bandas que a média de leitura do brasileiro era de dois livros por ano? Pois bem. O Metz lá do Fórum Valinor criou um tópico no qual as pessoas diziam quais livros (ou seja, quantos) tinha lido no ano de 2006. Hoje ele fechou as contas e deu lá:

O usuário do Fórum Valinor lê 14,4 livros por ano – sete vezes a média geral do brasileiro não-nérdico e duas vezes o que se lê na França. Isso que eu nem atualizei a minha lista lá :dente:

Trocando em miúdos: enquanto existir nerd nesse mundo, eu sei que não morrerei de fome. Ueba!

(Obs: Se você quer dar uma lida no tópico do qual falei, é só clicar aqui.)

Foie Gras (disfarce para “Mono da Ana”)

ganso.jpgSe eu fosse um ganso (eu ainda acho que não sou), poderiam vender meu fígado logo depois do ano novo por uma nota preta. Se a comilança continuar como no Natal, esse órgão seria um legítimo foie gras, tenho certeza.

Mas como não sou ganso e nem acredito que alguém da minha família esteja planejando a venda de uma parte tão importante do meu corpitcho (snif, snif), vamos às novidades. Luci ligou no dia 23 avisando que a coordenação fecharia para o ano-novo, então eu teria que enviar a versão final da monografia antes do prazo (que seria 6/1).

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A tal da arte moderna

grande.jpgEu confesso que não cheguei a um nível cultural no qual vejo um monte de panela entulhada, olho para aquilo e digo “Uau, que obra de arte!” – a não ser que o tom da minha fala fosse irônico. Pois é, falta para mim um tico de cultura e um tanto de sensibilidade, não sei. É por causa disso que não curto muito exposições ditas “modernas”, tenho lá os meus conceitos e não gosto de pagar pau para um monte de panela só para soar cool.

Mas eis que, como sempre, eu queimo a língua. Chegou na terça-feira a nossa caixa feliz do Submarino, com Febre de Bola, Maldito, Praticamente Inofensiva e… a edição comemorativa de Grande Sertão: Veredas. Como eu já tinha dito anteriormente, o livro é um verdadeiro mimo e vem com o catálogo da instalação Grande Sertão: Veredas, que foi criada para o Museu da Língua Portuguesa.

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Para os gateiros (número 27672156362):

S3000010.JPGAinda saboreando a coleção dos pocket plus, ontem à noite comecei a ler O Gato por Dentro do William Burroughs. Se você, como o poeta beat, é um apaixonado por gatos, provavelmente vai flagar-se em um momento ou outro concordando com o que ele diz. O livro traz uma série de momentos “felinos” da vida do autor, como por exemplo este:

O gato não oferece serviços. Ele se oferece. Claro que ele quer carinho e abrigo. O amor não é de graça. Como toda criatura pura, os gatos são pragmáticos.

Sério, é muito gostoso de ler. Pelo menos para os que também têm que lidar com o fato de que o gato tem uma marca e um sabor de preferência de ração, manias doidas como observar pingos caindo do chuveiro e comer plástico. =P

(Na foto, a Miuzinha, que esteve dodói mas já está sarando)

Ouça um bom conselho…

RimbaudFantin172x229.jpg… Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança.

Ok, empolgação, deixa o Chico para lá, até porque não é um conselho só, mas sim três. Vou do mais recente ao menos recente:pouco tempo atrás, tinha feito alguns comentários sobre os livros de bolso da L&PM (no caso, mais precisamente A Metamorfose). Agora mais uma boa notícia para quem não tem preconceito com relação ao formato. Tchananam, L&PM de Bolso Plus!

Os livros são mais baratos do que a série habitual – o preço fixo é de seis reais, mas dá para encontrar por R$4,80 também. Uma ninharia, se pensar que uma Veja já passou da casa dos sete reais, e uma Superinteressante da casa dos nove (revista tá caro, heim?! O_o).

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