Eu finjo ter paciência…

1408cusack.JPGAo que parece, 1408 não fez tchibum lá fora, e junto com Carrie, O Iluminado e Conta Comigo, fará parte dos filmes baseados em obra de Stephen King que foram bem sucedidos. De acordo com o rottentomatoes, 1408 está com 76% de acordo com a crítica e 89% de acordo com os usuários e no imdb está com 7.9/10.

E lá vamos nós, até o sete de setembro, esperar o filme chegar aqui. Eu realmente queria entender a razão do atraso de lançamentos de filmes. É tipo Stardust, que estreará por aqui dois meses após o lançamento nos Estados Unidos (no feriado de 12 de outubro). Você pode não dar a mínima para Stardust, mas qualquer fã de Neil Gaiman (tipo eu :dente: ) já está roendo as unhas.

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Cinco livros

Alguns dias atrás vi esta idéia lá no Debaixo da terra e fiquei morrendo de vontade de fazer também: um top5 de livros favoritos. Aí, eu cheguei a conclusão de que simplesmente não consigo elaborar esse tipo de lista, até porque eu desenvolvi um método próprio de top5 romance, contos, crônicas, poesias, hqs e drama. Blé.

Mas de qualquer forma, não perderei a oportunidade de falar de livros! A idéia sofrerá uma leve adaptação e o que vocês lerão a seguir nada mais é do que…

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Bloomsday 2007

Dias atrás comentei sobre um álbum que acabou se tornando uma ‘entidade’ e hoje venho aqui falar de um livro que, à sua maneira, também atingiu esse nível (e trago também um convite aos curitibanos :mrpurple: ).

O livro em questão é Ulisses, do James Joyce. Não vou entrar nos méritos de ser um tremendo catatau, nem falarei do fluxo de consciência, muito menos das últimas traduções que saíram. O que eu quero chamar a atenção de vocês é para o fato de que o Ulisses é o único livro que tem um feriado dedicado exclusivamente para ele.

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Filho de peixe…

Gostar muito de alguma coisa pode render bons frutos, sabe como é, paixões são como combustíveis. Vide o caso das palestras lá da Fundação. Hoje eu falei sobre histórias de horror em geral, não apenas contos (o foco das palestras) e foi muito legal ver o pessoal todo interessado anotando nomes e sugestões.

Por outro lado, há o inferno da decepção. Sabe como é, você adora a interpretação do ator fulano de tal, mas ele faz uma mixórdia e um filme que tinha tudo para ser bom. Ou ainda, você espera ansiosamente pelo novo álbum de sua banda favorita, e aí quando ouve é um lixo. E por aí vai.

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Sobrinho de Salomé

Tenho me deliciado novamente com as crônicas do Mario de Andrade em Os Filhos da Candinha, o que tem sido uma experiência bem interessante. Alguns dos textos que passaram batidos por mim, agora estão na lista dos favoritos. Um exemplo é ‘Sobrinho de Salomé‘, de 1931, mas que ilustra TÃO bem os erros de interpretação do que é publicado por aí, que terei que colocar aqui no blog, independente de saber que quase ninguém vai ler (e a partir de hoje enviarei para quem interpretar um texto de forma distorcida, hehe)

Estou levantando mais uma vez essa questão porque novamente não entenderam o que o Reinaldo quis escrever em uma matéria publicada no G1. Aliás, acho estranho essa dificuldade de entender os textos do Reinaldo, sendo que um dos pontos fortes da escrita dele é falar das coisas mais complicadas de forma simples, sem nos fazer parecer uns bocós. Mas vamos por partes, primeiro essa má interpretação do texto do Reinaldo.

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Nos detalhes

Tem algo que faz com que eu goste muito de poesias e contos em geral: observar o modo como o escritor “se vira” em um “espaço mais limitado”. Em suma, a arte de dizer muito escrevendo (teoricamente) pouco.

O bom poeta e o bom contista escolhem as palavras, são quase como cozinheiros que sabem qual ingrediente deve ficar fora ou dentro da receita. Não estou negando que exista inspiração, mas há um algo a mais por trás da criação, sim.

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O Perfume

No começo do ano fui ao cinema por indicação da minha irmã assistir O Perfume: A História de um Assassino, e lembro que saí de lá pensando que ela deveria estar um parafuso a menos ou algo do tipo. Não que eu tivesse odiado totalmente o filme, mas ele me pareceu bastante irregular e, somado àquele final bisonho, ficou ali na nota 6 para mim.

Porém, já na época, muitos defensores da história diziam que o livro é melhor do que o filme e segunda-feira, enquanto passeava pela Biblioteca Pública e circulava por prateleiras longes dos meus queridos anglo-saxões, vi lá O Perfume, do Patrick Süskind, acenando para mim. Decidi dar uma segunda chance para Grenouille.

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Fingidor é o poeta, não o leitor.

Ontem estava lendo uma resenha de um livro novo que saiu na França, chamado Comment Parler des Livres que l’On n’A pas Lus? (Como Falar dos Livros que Não Lemos). O autor, Pierre Bayard (psicanalista e professor de Literatura Francesa) sugere algumas estratégias de como ludibriar as pessoas falando de livros dos quais você não passou da vigésima página ou sequer leu.

O que não é exatamente algo inovador. A pirralhada da internet hoje em dia está ganhando o “Green Card” para a vida adulta fazendo exatamente isso: falando de livros (e filmes, e bandas, e situações) que mal conhecem. Para qualquer aperto em uma conversa na qual você queira parecer mais maduro do que realmente é, Google é logo ali.

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Aqueles com senso de humor

Ontem à noite despencou aquele aguaceiro do céu, e eu firme, aplicando prova para meus alunos e morrendo de frio. Entre um chá e outro (para esquentar), estava lá eu lendo Misto Quente do Bukowski, quando me deparo com o seguinte trecho:

Essa coisa de trepar era bacana. Dava às pessoas mais coisas em que pensar.

Sorri e parei a leitura no momento porque finalmente caiu a ficha: de todos os gêneros, de todos os autores, eu gosto mesmo é daqueles que têm senso de humor. Aqueles que sabem usar como ninguém a ironia, o nonsense e mais: os que sabem fazer piada das manias e dos atos mais patéticos dos humanos.

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E agora para algo completamente diferente

Acredito que as coisas estejam ok novamente, então aproveito para deixar aqui meus agradecimentos ao Hellraider e ao Mythos por cederem um cantinho para o Hellfire. Obrigadão mesmo =*

Voltando à programação normal, sugiro aos leitores que comprem a Veja desta semana, porque a baixaria está muito engraçada, vale a pena conferir. Estão atirando para todos os lados e ainda vai sair muita coisa disso aí. Eu, pessoalmente, acho divertido. É um estardalhaço forçado (chegam a chamar Che Guevara de assassino frio), e de tão tendencioso, chega a beirar ao caricato.

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