E lá vamos nós, até o sete de setembro, esperar o filme chegar aqui. Eu realmente queria entender a razão do atraso de lançamentos de filmes. É tipo Stardust, que estreará por aqui dois meses após o lançamento nos Estados Unidos (no feriado de 12 de outubro). Você pode não dar a mínima para Stardust, mas qualquer fã de Neil Gaiman (tipo eu :dente: ) já está roendo as unhas.
Categoria: Literatura
Cinco livros
Mas de qualquer forma, não perderei a oportunidade de falar de livros! A idéia sofrerá uma leve adaptação e o que vocês lerão a seguir nada mais é do que…
Bloomsday 2007
O livro em questão é Ulisses, do James Joyce. Não vou entrar nos méritos de ser um tremendo catatau, nem falarei do fluxo de consciência, muito menos das últimas traduções que saíram. O que eu quero chamar a atenção de vocês é para o fato de que o Ulisses é o único livro que tem um feriado dedicado exclusivamente para ele.
Filho de peixe…
Por outro lado, há o inferno da decepção. Sabe como é, você adora a interpretação do ator fulano de tal, mas ele faz uma mixórdia e um filme que tinha tudo para ser bom. Ou ainda, você espera ansiosamente pelo novo álbum de sua banda favorita, e aí quando ouve é um lixo. E por aí vai.
Sobrinho de Salomé
Estou levantando mais uma vez essa questão porque novamente não entenderam o que o Reinaldo quis escrever em uma matéria publicada no G1. Aliás, acho estranho essa dificuldade de entender os textos do Reinaldo, sendo que um dos pontos fortes da escrita dele é falar das coisas mais complicadas de forma simples, sem nos fazer parecer uns bocós. Mas vamos por partes, primeiro essa má interpretação do texto do Reinaldo.
Nos detalhes
O bom poeta e o bom contista escolhem as palavras, são quase como cozinheiros que sabem qual ingrediente deve ficar fora ou dentro da receita. Não estou negando que exista inspiração, mas há um algo a mais por trás da criação, sim.
O Perfume
Porém, já na época, muitos defensores da história diziam que o livro é melhor do que o filme e segunda-feira, enquanto passeava pela Biblioteca Pública e circulava por prateleiras longes dos meus queridos anglo-saxões, vi lá O Perfume, do Patrick Süskind, acenando para mim. Decidi dar uma segunda chance para Grenouille.
Fingidor é o poeta, não o leitor.
O que não é exatamente algo inovador. A pirralhada da internet hoje em dia está ganhando o “Green Card” para a vida adulta fazendo exatamente isso: falando de livros (e filmes, e bandas, e situações) que mal conhecem. Para qualquer aperto em uma conversa na qual você queira parecer mais maduro do que realmente é, Google é logo ali.
Aqueles com senso de humor
Essa coisa de trepar era bacana. Dava às pessoas mais coisas em que pensar.
Sorri e parei a leitura no momento porque finalmente caiu a ficha: de todos os gêneros, de todos os autores, eu gosto mesmo é daqueles que têm senso de humor. Aqueles que sabem usar como ninguém a ironia, o nonsense e mais: os que sabem fazer piada das manias e dos atos mais patéticos dos humanos.
E agora para algo completamente diferente
Voltando à programação normal, sugiro aos leitores que comprem a Veja desta semana, porque a baixaria está muito engraçada, vale a pena conferir. Estão atirando para todos os lados e ainda vai sair muita coisa disso aí. Eu, pessoalmente, acho divertido. É um estardalhaço forçado (chegam a chamar Che Guevara de assassino frio), e de tão tendencioso, chega a beirar ao caricato.