O Pips sugeriu lá no Meia que começássemos um negócio novo no blog, o 10 perguntas e meia, que consiste basicamente em entrevistar pessoas batutas relacionadas com a literatura fazendo… ahn… 10 perguntas e meia. Hoje a tarde foi ao ar a primeiríssima entrevista, e eu preciso registrar aqui no Hellfire porque estou toda orgulhosa. Os méritos são todos do Pips, devo dizer. Mas enche os olhos ver algo tão legal dando tão certo. Por isso deixo aqui o convite para vocês darem uma passada lá no Meia para ler as 10 perguntas e meia que fizemos para o vencedor do prêmio Jabuti desse ano, Cristovão Tezza: 10 perguntas e meia para Cristovão Tezza.
Categoria: Literatura
Crepúsculo (filme)
PONTOS NEGATIVOS:
1. A Edição: até o momento é o mais negativo dos pontos negativos. A Hardwicke (diretora) deve ter perguntado para os caras da Summit “Ei, certeza que não posso fazer um filme de 2:30h, 3h meio tipo O Senhor dos Anéis?” e então com a recusa começou a picotar a história, enxugando tanto, mas TANTO que parece que Bella e Edward se apaixonaram porque não tinham nada para fazer. Aliás, verdade seja dita, parece que ela conquistou a amizade dele, não o amor. Para quem leu o livro, dá aquela sensação básica de “ei, faltou algo!”. Para quem não leu, deve dar até crise de riso.
Música, Ídolos e Poder – do Vinil ao Download (André Midani)
A Bossa Nova, a Tropicália, as carreiras solo de Erasmo Carlos e Rita Lee, Tim Maia, Kid Abelha, Barão Vermelho, Titãs… Você pensa em qualquer coisa criada no Brasil até os anos 90 e pode ter certeza que tem o dedo desse Midani no meio. E mesmo nas figuras que ele não “descobriu”, nos grandes momentos desses artistas ele esteve presente (caso de Chico Buarque, por exemplo).
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The Road (Cormac McCarthy)
Nesse cenário que McCarthy (autor de No Country for Old Men) desenvolve o romance “The Road”, que conta a história de um pai e seu filho atravessando a estrada que dá título à obra, fugindo dos horrores causados por um desastre sem nome. A narrativa começa já anos após o que fez o mundo como conhecemos virar esse pesadelo, e o pouco que se sabe (e pouco mesmo) do que era antes vêm de flashbacks.
A vida secreta dos grandes autores (Robert Schnakenberg)
Como deve dar para notar pelo nome do autor, o livro é gringo. Mas a tradução brasileira ganhou ilustrações do gaúcho Allan Sieber, o que serve como um diferencial bem bacana com relação à edição de lá. E nesse caso, fica claro que figuras carimbadas da literatura tupiniquim não dão as caras no livro. Porém, os nomes escolhidos por Schnakenberg representam bem a literatura, acredito eu. Na obra temos um monte de curiosidades sobre diversos, desde Shakespeare até Thomas Pynchon.
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Depressão pós-livro
E antes que os meninos escapem achando que é um caso de apaixonite por personagens, por favor, continuem. O post dessa menina expressa muito bem quando nós, amantes da fantasia em geral, nos sentimos quando fechamos o livro e descobrimos que nesse mundo não há vampiros, hobbits ou zumbis. Se você já esteve por aí (e ei, não importa a idade, a Literatura faz dessas coisas com o mais maduro dos velhinhos), eu tenho certeza que de qualquer forma entenderá o que essa menina escreveu. E que atire a primeira pedra quem nunca pensou duas vezes sobre a fantasia.
Crepúsculo (Stephenie Meyer)
Eu não quero formar uma imagem errada sobre a coleção de livros da Meyer, mas o fato é que o primeiro livro da série (Crepúsculo) é sim apaixonante. Sobretudo por causa do “mocinho” da história, o vampiro Edward, que é capaz de arrancar um monte de nhóóóuuuuums e suspiros de qualquer mulher. E aí obviamente você não quer parar de ler (sério, eu lia enquanto caminhava na rua!) e quando o primeiro acaba, você quer devorar todos os outros. Poisé. O problema são justamente os outros. Falarei brevemente de cada um dos livros aqui nesse post (títulos em inglês porque alguns deles não chegaram no Brasil ainda).
Ubik (Philip K. Dick)
Do começo, vamos à pronúncia da coisa, que é algo como yoo-bik. E sim, como pelo menos quase todas as obras mais conhecidas do Dick, essa se passa no futuro. Pelo menos futuro para o autor, já que foi escrito em 1969 e a história se passa em 1992. De qualquer forma, já temos aí um ponto muito interessante de Ubik: apesar de ser escrita no final da década de 60, ele não tem muito daquele tom inocente de ficção científica que insiste em entulhar a história com coisas mudernosas, deixando a história em si fraca. O “moderno” complementa o que está sendo contado. Não haverá mais ênfase para o fato do sujeito ter uma nave pessoal e poder viajar normalmente para a Lua do que haveria para dizer que ele tem uma Ferrari e pode viajar para a Islândia.
Mystic River (Dennis Lehane)
Eu lembrava das atuações brilhantes do elenco (portanto lembrava do elenco), mas parava aí. Não lembrava de mais nadica de nada da história, e foi quase como ler pela primeira vez. E, levando em conta que é um policial, isso é muito bom.
No Country For Old Men (Cormac McCarthy)
Mas ali pela página 50 você já se acostuma com o estilão do sujeito, e então é só alegria. A primeira coisa a ser dita: a adaptação dos Coen foi uma das melhores adaptações que já vi. Quase ipsis litteris. E o legal é que nos momentos em que não segue exatamente as palavras do McCarthy, você consegue compreender a razão para isso (aquela velha história dos problemas da troca de mídia).