Dicas literárias

  • 42-16655723O segundo livro da série que inspirou True Blood chega dia 24 desse mês com o título Vampiros em Dallas. Lembrando que o primeiro saiu por outra editora (Ediouro) com o título Morto até o Anoitecer.
  • Knolex ganhou a benção do Mr. Gaiman para traduzir o ótimo conto Como falar com garotas em festas. A tradução está disponível lá no Vida Ordinária.
  • O Meia Palavra junto com a Editora Agir e a Editora Frog lançou a promoção Cristal na Veia. Veja aqui como participar.
  • Tá todo mundo comentando, mas acho que vale divulgar: Submarino anda com umas promoções beeeem interessantes. Livros de fantasia a partir de R$9,90, o que inclui as novas edições da Martins Fontes de O Hobbit e O Silmarillion e as antigas de O Senhor dos Anéis por R$12,90. Comprando todos você gasta R$59,90. Eta jeito bom de engordar a biblioteca!

Ah, as personagens!

Falando sério, acho que alguns livros não são legais necessariamente por causa do enredo, mas por causa das personagens. Aquela coisa, história não muito original, mas aí chega aquela figura que se destaca por dizer coisas que você adoraria ter dito, ou por agir de um jeito que às vezes só funciona na Literatura mesmo. Eu tenho certeza que você já passou por isso também – assim como sei que em algum momento na adolescência até uma paixão platônica deve ter aparecido (ou no mínimo o desejo de poder conhecer a personagem na vida real).

Foi pensando nisso que resolvi fazer esse meu top5, só com meus personagens favoritos de todos os tempos. Se eu lembrar, estenderei isso para o cinema também. E fique à vontade para postar sua lista aqui nos comentários, até porque aquela coisa, consequentemente acaba virando sugestão de leitura para todos, né?

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O Clube do Filme (David Gilmour)

Ok, acho que passou a maré ruim, finalmente um livro que não fiquei lutando para chegar até o fim. O Clube do Filme é uma história sobre um pai que ao ver o filho odiando a escola resolve oferecer para o garoto a opção de largar os estudos, e não precisar trabalhar nem pagar aluguel, desde que assistissem juntos pelo menos três filmes por semana. Então que eu achava que David Gilmour era o cara do Pink Floyd (e é), mas o autor do livro é um outro David Gilmour, jornalista canadense.

Enfim, a verdade é que eu acho que o charme do livro não é a relação dele com o menino Jess (embora tenha lá alguns bons momentos, especialmente quando estão falando de mulheres), mas as impressões/apresentações de Gilmour sobre os filmes que passará para o filho. Alguns dos filmes dos quais ele fala eu nunca vi, e com um parágrafo só ele fez com que eu ficasse morrendo de vontade de assistir, só para ter uma ideia.

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Como ser legal (Nick Hornby)

Acho que entrei em uma fase ruim no que diz respeito aos livros. Primeiro foi o Pride and Prejudice and Zombies do Seth Grahame-Smith. A decepção foi tamanha que não deu nem vontade de vir escrever sobre ele aqui no Hellfire, e por pelo menos umas quatro vezes pensei em largar sem terminar de ler. Pois é, se você quer dar umas boas risadas com algo que o Grahame-Smith escreveu, acho que o negócio é ficar com o How to Survive a Horror Movie, mesmo.

Eis que ontem (finalmente) acabo o How to be Good do Nick Hornby (lançado aqui no Brasil “Como ser Legal”). Quando incluo o finalmente é porque foi uma leitura arrastada, que durou mais de uma semana e sim, novamente aquela vontade incontrolável de largar o livro e ler outra coisa. Tá loco, nem parece o Nick Hornby.

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Deckard: será que ele é?

Blade Runner entra em minha lista de filmes favoritos fácil, fácil. Os diálogos de Roy Baty (marcados com uma ironia triste) são simplesmente inesquecíveis. Mas o que os fãs do filme gostam de debater é se Deckard é ou não um andróide, e a partir daqui o post se enche de SPOILERS, então se você nunca viu Blade Runner corre lá e volte só depois para continuar lendo. Quanto ao filme, minha opinião ainda é a de que ele é sim um andróide, considerando o desfecho com o origami e tudo o mais. Mas isso não importa, porque eu quero falar é do livro do Philip K. Dick, “Do Androids Dream of Electric Sheep?“, que deu origem ao filme do Ridley Scott.

Vocês sabem, depois de Ubik virei fã desse autor. O modo como ele manipula a linha narrativa é único, e talvez ele seja um dos escritores que melhor lida com a questão da personalidade, não só do que pensamos que somos, mas também do que somos. E lá vem Sheep com esse elemento, então ler o livro sem lembrar da discussão nérdica “Será que o Deckard é ou não um andróide” foi simplesmente impossível para mim. Mas calma, calma, vamos por partes.

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O Beijo das Sombras (Richelle Mead)

Eu sei que o primeiro impulso de quem acaba sabendo um pouco mais sobre o livro de Richelle Mead, O Beijo das Sombras é compará-lo com o sucesso de Stephenie Meyer, Crepúsculo. Natural: ambos têm vampiros, romance e os adolescentes como público alvo. Mas as comparações acabam por aí. Até por alguns elementos das histórias, acho que ela terá maior apelo sob o público masculino do que a série de Meyer (para quem os meninos torcem o nariz por considerá-la “melada” demais).

A sinopse diz:

Lissa é a princesa de um clã muito importante. Sua melhor amiga Rose é meio vampira, meio humana, e tem como missão se tornar guardiã da amiga. Há dois anos elas estão fugindo, mas agora foram capturadas e estão sendo levadas à força para a escola de vampiros São Vladimir — justamente o lugar onde elas mais estão em perigo.

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World War Z (Max Brooks)

Está aí um livro que tem uma série de preconceitos a serem vencidos. Comecemos pelo autor, que por ser filho do comediante Mel Brooks passa a falsa ideia de que só escreve sobre humor. Depois tem o fato de tratar-se de uma história de zumbis. Porque sim, eu sei que há uma penca de gente que se interessa pelo assunto e lerá um livro assim com gosto simplesmente por ser uma história com zumbis (na verdade eu me animei com o livro por causa disso :mrpurple: ). Por outro lado, tem um monte de gente que relaciona o assunto com filme trash, tosqueira, lixo da cultura pop. O que não deixa de ser uma pena.

Porque World War Z é daqueles livros que te conquistam já nas primeiras páginas, e aí você quer conversar sobre ele, é claro. Só que aí você sugere a história para alguém não muito iniciado ao “mondo zombie” e então a pessoa faz a maior cara de que você não pode estar falando sério. E bem, eu estou. É um dos melhores livros que li, de todos os tempos. Daqueles que você desejaria ter escrito, entende? Daqueles que fazem a diferença no seu dia, não são só uma história legal (embora ei, eu não tenho nada contra histórias legais, muito pelo contrário).

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E dá-lhe vampiros

Agora que já ficou beeeem óbvio que vampiros atraem público (Crepúsculo e True Blood não me deixam mentir), é natural pipocarem por aí livros, filmes e séries sobre o assunto. Por exemplo, acabei de ficar sabendo que uma das novas séries para esse ano será The Vampire Diaries. Baseado nos livros de L.J. Smith, conta a história de uma menina chamada Elena, dividida entre dois vampiros (um bonzinho e outro malvadão). Hum. Citando o vampiro Edward, “Well, I decided as long as I was going to hell,  I might as well do it thoroughly.” Acho que vou assistir, hehe. Vai aí um sneak peek da série:

Non si deve profanare il sonno dei morti

Então, é uma produção franco-espanhola de 1974 dirigida por Jorge Grau que conta com dois diferentes títulos aqui no Brasil, “Zumbi 3” e “A Revanche dos Mortos Vivos II”. Nos Estados Unidos o filme ficou conhecido como “Don’t Open the Window” (lembram do trailer falso em Grindhouse chamado Don’t? Então, é meio que piadinha com o título americano) e também “Let Sleeping Corpses Lie”. Ou seja, é um monte de nome e é bem provável que você já tenha assistido, só não está ligando o título à história.

Para situá-lo, vamos ao enredo: duas pessoas estão viajando no interior da Inglaterra, quando chegam em uma pequena cidadezinha que está servindo como campo de teste de um pesticida radioativo. O tal do pesticida não só deixa todos os bebês da região mais agressivos, como também faz com que os mortos voltem à vida e bem, essas duas pessoas têm o azar de estar no lugar errado na hora errada e são acusados dos crimes cometidos pelos zumbis.

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How to Survive a Horror Movie

(All the Skills to Dodge the Kills, por Seth Grahame-Smith)

Aviso desde o princípio que não adianta, esse livro é para os fãs dos filmes de terror. Ou pelo menos para quem já assistiu meia dúzia de clássicos do gênero, como as séries A Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13 e Poltergeist, ou outros títulos famosos como O Iluminado e O Sexto Sentido. Caso contrário, passe longe porque o livro soará tipo piada interna, da qual você é a parte que está por fora e não entenderá absolutamente nada.

Recado dado, vamos comentar sobre o livro então. Escrito por Seth Grahame-Smith, trata-se de um guia de sobrevivência para aqueles que de algum modo foram parar no que o autor chama de Terrorverse. O humor do livro é construído a partir de clichês dos filmes de terror, mais ou menos como aqueles que listei aqui no ano passado e lógico, nas ótimas tiradas do Grahame-Smith quando mistura horror com o mundo real.

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