O divertido é que talvez pelo ritmo da história, somado ao negrito da frase que se repete constantemente O LOBO VOLTOU!, o livro parece que pede para ser lido em voz alta, até para ajudar na construção dessa atmosfera de suspense ao redor do retorno do Lobo. E certamente uma leitura que poderá agradar muito ao pequeno que a escuta, por causa do tom de humor que toma conta do livro.
Categoria: Literatura
O cobertor de Jane (Arthur Miller)
A história é bastante singela, falando principalmente sobre o crescimento, de como envelhecer significa também deixar certas coisas para trás. Jane tem um cobertorzinho cor-de-rosa (que chama de “betô”) desde bebê, e a medida que vai crescendo o cobertor fica cada vez mais pequeno para ela. São várias as vezes que ela quase o abandona, mas acaba buscando o “betô” novamente – até que chega a hora da separação definitiva.
Paris é uma festa (Ernest Hemingway)
É por causa disso que Paris é uma festa (A Moveable Feast) embora biográfico tenha todo o charme de um romance. Descrevendo os anos que Hemingway viveu em Paris, ainda dando os primeiros passos na carreira de escritor, o livro vem cheio de personagens fascinantes, ainda mais quando se sabe que são reais, e quanto influenciaram o trabalho de Hemingway.
Roadside Picnic (Arkady and Boris Strugatsky)
É interessante observar a estrutura de Roadside Picnic, que prepara o leitor para o (fortíssimo) desfecho. Ao todo são cinco capítulos se considerarmos a entrevista na abertura como tal. A entrevista com o doutor Valentine Pilman situa o leitor no universo do livro: a questão da visita dos extraterrestres, como os cientistas estão lidando com o assunto, a natureza dos stalkers, etc. No segundo capítulo somos apresentados à Redrick, então com 23 anos e assistente de laboratório (e já um stalker). Esse capítulo é todo narrado por Redrick, que conhece tão bem o lugar que costuma saquear que logo traz para o leitor histórias que os cientistas desconhecem, envolvendo outros stalkers. É um capítulo importante também porque é nele que Redrick fica sabendo que sua namorada Guta está grávida.
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Boemia literária e revolução: O submundo das letras no Antigo Regime (R. Darnton)
O interessante sobre o texto de Darnton é que, embora acadêmico e voltado a um nicho específico, ele consegue ser interessante e gostoso de se ler. Foge e muito daquela distância e frieza típica de autores que envolvem o mundo das pesquisas e talvez por isso mesmo consiga agradar até mesmo quem não é “da área” que ele aborda em seus trabalhos. Continue lendo “Boemia literária e revolução: O submundo das letras no Antigo Regime (R. Darnton)”
Almanaque Jornada nas Estrelas (Salvador Nogueira e Susana Alexandria)
E é para ficar sabendo dos bastidores dessa franquia que o Almanaque Jornada nas Estrelas (de Salvador Nogueira e Susana Alexandria) vem para agradar os fãs, e mesmo os curiosos sobre esse fenômeno. Tendo como base principalmente a série original, o livro comenta detalhes envolvendo as personagens, o processo de criação, fofocas de bastidores e muito mais. É muita informação, até porque inclui também detalhes sobre as outras séries (e filmes) que se originaram a partir dessa.
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A outra volta do parafuso (Henry James)
O livro começa com um encontro entre conhecidos em uma noite de Natal. Um deles promete que contará uma história assustadora, assim que tiver em mãos um manuscrito que lhe foi confiado décadas atrás. Quando passa a ler o manuscrito, ficamos sabendo que é o relato de uma governanta que aceitou o trabalho de cuidar de duas crianças (Miles e Flora) em uma casa no interior da Inglaterra, com a condição de que não procurasse jamais o tio e guardião das crianças para relatar problemas. Mas mal ela chega na casa, e logo eles começam a aparecer – o garoto, Miles, é expulso da escola e a governanta passa a ver fantasmas de antigos empregados da mansão, e acredita que eles desejam corromper as crianças.
We (Yevgeny Zamyatin)
E mesmo com tantas dificuldades para ser publicada, ainda assim We serviu de inspiração para várias das distopias da literatura moderna, incluindo aí a citadíssima obra de George Orwell, 1984. Nesse caso é importante ressaltar a questão que um inspirou outro, porque levando-se em conta que a obra do russo ganhou ares “cult” no Brasil (não há traduções disponíveis nem no Estante Virtual), o inglês parece mais conhecido e então há uma inversão na distribuição dos méritos: ao ler o romance russo, não esqueçam, foi Orwell que se inspirou, e não o contrário.
A página assombrada por fantasmas (Antônio Xerxenesky)
Os contos são enxutos, fluem de um jeito gostoso e pegam o leitor de jeito – especialmente se esse leitor for também um apaixonado por literatura. Correndo o risco de causar um efeito semelhante ao que acontece com a personagem Charles Mankuviac (do conto A breve história de Charles Mankuviac), a verdade é que A página assombrada por fantasmas é livro que fala de literatura. Mas de um modo delicioso (porque o leitor se reconhece em determinadas situações) e mesmo crítico (não dá para não transferir certas passagens para a realidade).
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As aventuras de Ook e Gluk: Mestres do kung fu primitivo do futuro
Quando a capa fala em 527,2 erros gramaticais, acreditem, eles estão de fato lá. Mas não aparecem à toa, fazem conjunto com as engraçadíssimas personagens principais de modo a tornar a leitura dessa história em quadrinhos algo tão divertido que certamente deixará a criança com gosto de quero mais.
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