JUDAS DANÇARINO!!

Desde 2003 sou fã de Dylan Dog. Quando a história “Johnny Freak” (saiu pela Conrad) caiu em minhas mãos, foi paixão a primeira vista. Eu já falei dele por aqui, no Hellfire mais antigo – dos tempos do Blig – mas como tem gente que só começou a ler recentemente, acho que não custa recapitular.

Dylan Dog é um detetive que lida com o sobrenatural. Dá para dizer que é um protoarquivo x, sem a Scully. Além do detetive que dá nome à HQ, temos alguns personagens constantes, como o vilão Abraxás e o fiel companheiro Groucho (sim, o dos irmãos Marx). Resumindo: é diversão na certa.

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Gullivera

Quando me perguntam se vale a pena comprar Noites Sem Fim do Neil Gaiman, costumo dizer que se você é fã e se gosta bastante da arte de uma HQ (não só o texto), vale a pena sim. Porque no final das contas, as histórias são todas razoáveis sendo que o charme mesmo fica por conta dos artistas (a história do Destino ilustrada pelo Quitely é um exemplo do que estou dizendo).

De qualquer forma, Noites Sem Fim valeu a pena porque foi através da história de Desejo que conheci a arte do Milo Manara, que fez o/a Desejo mais bacana que já vi (embora eu tenha uma queda pelo/a Desejo do Mike Dringenberg também.

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Morte – A Festa

Antes de tudo, aproveitando o assunto das Traduções Horripilantes deixo aqui a pergunta: afinal, por que traduziram o bem sacado trocadilho At Death’s Door para “A Festa”? Gee.

Enfim, quem pensou “Ah, a Anica vai falar da Morte, ela que é louca por Sandman só vai se desmanchar em elogios…” errou. As pessoas comentavam bastante sobre essa história que saiu aqui no Brasil no começo de 2004, e eu sempre mantinha meu pé atrás porque, apesar de ilustrada pela Jill Thompson (a mesma dos Pequenos Perpétuos, não era escrita pelo Mr. Gaiman.

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PORQUE SIN CITY É O FILME MAIS COOL DO SEMESTRE

1. Porque foi baseado em uma obra de Frank Miller: Embora o fato de um filme ser baseado em uma obra de um sujeito que costuma fazer só coisas boas não seja de fato uma garantia (Alan Moore que o diga), a questão é que com Sin City a coisa funcionou. Desde a caracterização do elenco (se comparar imagens da HQ com as dos filme é coisa de ficar com o queixo caído) até mesmo os diálogos, a adaptação não deixou nada a desejar para nenhum fã.

2. A escolha do elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Rutger Hauer, Elijah Wood, Benicio Del Toro e meu amadado salve salve Michael Madsen. E tipo, isso é SÓ O COMEÇO. Tem muita gente boa trabalhando nesse filme, não é nem questão de ser pop, é um elenco competente que segura muito bem a trama. E sim, a Jessica Alba tá gatinha bagarai como a Nancy. E foi legal pra caramba ver o Frank Miller atuando no filme também.
3. É um filme noir: sim, é noir, em todos os sentidos. Seja pela presença de mulheres fatais, detetives, viradas de trama, seja pela atmosfera obscura e os contrastes conseqüentes da fotografia p&b com alguns detalhes coloridos. Quem gostou de filmes como “O Falcão Maltês” tem tudo para gostar desse também (mas que estejam avisados que há um elemento extra em Sin City: muita violência).

4. Tarantino: Ele coloca as mãos em apenas uma seqüência do filme, mas com toda certeza uma das melhores: o momento em que Dwight está no carro com a cabeça do Jackie Boy. Carregada do típico humor negro, não tem como não perceber o toque do diretor nesse momento. Muito legal mesmo!
5. Coesão da narrativa: O filme é dividido em três histórias independentes uma das outras (baseadas nas histórias ‘The Hard Goodbye’, ‘The Big Fat Kill’ e ‘That Yellow Bastard’ das HQs), mas que são unidas de um jeito bem interessante. Se em ‘The Hard Goodbye’ vemos a personagem Nancy apenas como coadjuvante (aparecendo rapidamente como uma amiga de Marv), em ‘That Yellow Bastard’ ela é uma das personagens pricipais. Todas as personagens tem relação entre si, aliás, não só as personagens, os lugares em geral.

Enfim, filme dos bons. Só deixo como única ressalva que ele é um tanto exagerado na questão da violência, o que pode ser ruim para algumas pessoas. Tem canibalismo, cabeças decepadas, sangue jorrando para todos os cantos. Então, se você não consegue compreender o que esse tipo de elemento significa dentro de um filme assim, melhor nem passar perto de Sin City.

Por que não?

“E eu pensei: por que não? Por quê? Há um mundo lá fora. Um mundo de bebida e drogas e música. Um mundo de táxis pra casa às cinco da manhã. Por que eu deveria estudar para as provas quando poderia ser uma dançarina de auditório de algum programa de TV de madrugada para menores de 25 anos? Eu quero ser a garota que os rapazes querem. Aquela com peitões, um grande sorriso e nada na cabeça. Quero ser uma menina levada antes que seja tarde. Por que não?”

Quando li isso em Como Matar Seu Namorado pelo primeira vez, eu tinha então 18 anos. Na época eu realmente repetia o “Eu quero ser a garota que os rapazes querem” como uma espécie de mantra e acabei reduzindo todo o signficado dessa história apenas no que se referia a sedução em si.

Não que isso não importe, eu sempre vou me incomodar bagarai por não ser a garota que os rapazes querem (uma pira para desenvolver outro dia). Mas Como Matar Seu Namorado não é sobre isso. Grant Morrison não escreveria algo sobre isso.

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Have you ever been in love?

Eu queria ser mais o que eu penso, e não o que eu digo. Ninguém traçaria um perfil equivocado e se sentiria logrado quando me conhecesse melhor. Mas enfim, eu não sou bem o tipo de pessoa que gostaria de conhecer melhor.

E eu não faço idéia do que quero dizer com isso, acho que simplesmente soou um alarme de defesa ou coisa do tipo. Lembrei do que Rose Walker disse para Desejo uma vez:

Have you ever been in love? Horrible isn’t it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means that someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses, you build up a whole suit of armor, so that nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life…You give them a piece of you. They didn’t ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn’t your own anymore. Love takes hostages. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so a simple phrase like ‘maybe we should be just friends’ or ‘how very perceptive’ turns into a glass splinter working its way into your heart. It hurts. Not just in the imagination. Not just in the mind.

Emma e Scott

So… Why did you choose me?

Is it because I remind you of someone? Someone who doesn’t look this way anymore? Someone who wouldn’t dare do anything like this?

Or is there someone else I could be? Someone who would…do anything? Who do I remind you of? I can be anyone.

And I know you’re thinking… I know you’re thinking about how good it is… how good it is just to call the shots once in a while… am i right? Mister X-Man?

A Emma é foda!!