Tímida Violetta

“Tímida Violetta…” “ou, A Princesa que Fazia o que Queria”

Há muito, muito tempo, antes do Sol e da Lua se separarem, havia um rei e uma rainha tristes por não terem filhos. Numa noite de verão, quando a Rainha não conseguia dormir com os suspiros de seu marido, ela foi ao jardim sozinha. Lá, onde ela havia regado tanto o solo com suas lágrimas, a Rainha encontrou uma criança. Uma menininha perfeita.

O coração da Rainha disse a ela que a criança era sua filha querida. Ela arrancou o bebê de seu berço de folhas e acordou o Rei. Porque os olhos da princesinha era de um púrpura tão maravilhoso, e sua pele suave como pétalas, ela foi chamada Violetta. Continue lendo “Tímida Violetta”

Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro

como-uma-luva-de-veludo-moldada-em-ferro Ganhei de presente do Lê ontem  :joy:

É do Daniel Clowes, rapaz de quem pelo visto deveria me envergonhar por nunca ter ouvido falar. Bom, fui dar uma pesquisada sobre o sujeito depois e ele é famoso nos quadrinhos udigrúdi norte americanos. Embora as palavras “famoso” e “udigrúdi” soem esquisitas quando juntas, mas…

Sem pirações, que de pirada já basta a hq. Serinho, quem procura uma história convencional é melhor passar longe de “Como uma Luva…”. A sensação que se tem ao ler a história é que o Clowes passou um pesadelo dos mais bizarros para a HQ. Coisa para fazer os filmes do David Lynch parecerem Sessão da Tarde *mesmo*.

A história começa com Clay Loudermilk assistindo a um filme sadomaso e, para supresa do protagonista, a personagem principal é uma ex-namorada. Ele decide procurá-la para saber por qual motivo ela o deixara, e é durante a busca que ele cruza com as situações e os personagens mais bizarros que já vi em HQ até hoje.

Vale a pena dar uma conferida. Não é algo fácil de engolir, mas é diferente (e para mim, isso já conta como um ponto a favor em qualquer coisa).

Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro

Ganhei de presente do Lê ontem  :joy:

É do Daniel Clowes, rapaz de quem pelo visto deveria me envergonhar por nunca ter ouvido falar. Bom, fui dar uma pesquisada sobre o sujeito depois e ele é famoso nos quadrinhos udigrúdi norte americanos. Embora as palavras “famoso” e “udigrúdi” soem esquisitas quando juntas, mas…

Sem pirações, que de pirada já basta a hq. Serinho, quem procura uma história convencional é melhor passar longe de “Como uma Luva…”. A sensação que se tem ao ler a história é que o Clowes passou um pesadelo dos mais bizarros para a HQ. Coisa para fazer os filmes do David Lynch parecerem Sessão da Tarde *mesmo*.

A história começa com Clay Loudermilk assistindo a um filme sadomaso e, para supresa do protagonista, a personagem principal é uma ex-namorada. Ele decide procurá-la para saber por qual motivo ela o deixara, e é durante a busca que ele cruza com as situações e os personagens mais bizarros que já vi em HQ até hoje.

Vale a pena dar uma conferida. Não é algo fácil de engolir, mas é diferente (e para mim, isso já conta como um ponto a favor em qualquer coisa).

Ilustrando a teoria

Então, só para ilustrar a teoria do duplo… Tem uma “The Dreaming” especial que se chama “O Guardião do Meu Irmão”. Nessa história escrita por Alisa Kwitney e ilustrada pelo Michael Zulli, fala-se sobre os “duplos” de Caim e Abel, que seriam Jumella e Aclima.

O que acontece é que Caim, que deveria casar com Jumella, prefere Aclima. E por causa disso teria assassinado Abel.

É uma versão interessante dos fatos. E isso indicaria que Caim foi o primeiro esculhambado a pegar o duplo de outra pessoa. E ele seria o grande culpado pela solidão de alguns e a infelicidade de outros.

Ok, prometo que vou cortar o café. :mrpurple:

Qual é o signo do Batman, heim?! (João Acuio)

Batman é Escorpião. Não espalhe para ninguém, tá? Mas descubra o porquê e guarde segredo…

O NASCIMENTO NUM BECO SEM SAÍDA

Bob Kane, quando lançou Batman em 1939, estabeleceu para o personagem um nascimento mais próximo do trauma e do apocalipse do que a da vida. Quem viu o primeiro filme da série Batman, com Michael Keaton no papel principal, sabe que Bruce Wayne, aos oito anos, assistiu de camarote o assassinato dos pais, logo após terem visto Zorro no cinema. o lugar onde eles foram mortos, conhecido como Beco do Crime, é desde então habitado por um fantasma de oito anos, criminosos e muita raiva descontrolada. Continue lendo “Qual é o signo do Batman, heim?! (João Acuio)”

Entropia

Hoje na escola o velho Henderson disse que ninguém realmente sabe o que mantém o mundo coeso. E ninguém sabe porque tudo não se despedaça. Tudo, de uma só vez.

Alguns trecos se despedaçam. O estranho é que não se despedaçam porque estão se movendo. Eles se despedaçam porque não estão se movendo. O velho Henderson chama isso de Entropia.

O papai não dá nome para isso, mas ele sabe o que é. Estou falando de se despedaçar, sem se mover. Ele vem praticando essa técnica desde que mamãe morreu.

A gente viu um filme à noite, daqueles preto e branco. No filme, o pregador diz que só existe o amor e o ódio. E é isso que faz o mundo ser do jeito que é.

Acho que está quase certo. Acho que, no fim, tudo acaba se resumindo em amor e medo. Sei lá, apesar de ninguém nunca falar nem de amor nem de medo nas aulas de Ciência.

O amor é o que mantém as coisas em movimento, e por isso elas ficam juntas. O medo é o que faz as coisas ficarem tão paradas que se despedaçam. E às vezes, a gente pode ter as duas coisas dentro, empurrando e puxando, e é nessas horas que a gente chora ou ri. Eu não sei o que mantém o mundo coeso. Vai ver é a MAGIA.
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Eu tirei isso da hq “Os Livros da Magia”, criado pelo Neil Gaiman. Um dia eu falo sobre a hq, mas hoje achei que a citação vai melhor

Inglaterra Triunfa (V de Vingança)

Eu sinceramente não sei se gostaria tanto de hq se não fosse o Sandman de Neil Gaiman. De certa forma as histórias me puxaram para outras histórias de outros autores, e deu no que deu. O caso do “V” é bem isso: nos Sandmen da Editora Globo tinha uma espécie de informativo, o HQ Press ou algo assim. Li nesse informativo uma matéria muito legal sobre “V”, que me deixou curiosíssima, mas… por aqueles já citados problemas que tenho aqui em Curitiba para comprar HQ (somando a falta de grana), só pude conferir “V” em 2001.

O fato é que “V de Vingança” é um dos melhores exemplos de química perfeita entre texto e arte (de Alan Moore e David Lloyd). Ok, é até meio banal ficar aqui elogiando o texto do Alan Moore, qualquer um que tenha lido duas ou três linhas dele sabe que ele manda muito bem. Mas o legal é perceber a forma como a arte do Lloyd se encaixa com o texto, como por exemplo no finalzinho, quando a Evey vê seu reflexo no espelho… e sorri. É O SORRISO DO V! Achei aquilo tão bacana!! Continue lendo “Inglaterra Triunfa (V de Vingança)”