Were all stars to disappear or die,
I should learn to look at an empty sky
And feel its total dark sublime,
Though this might take me a little time.
E no fim, fica a certeza de que… hm, bem. Estou sozinha.
Um pandemônio.
Were all stars to disappear or die,
I should learn to look at an empty sky
And feel its total dark sublime,
Though this might take me a little time.
E no fim, fica a certeza de que… hm, bem. Estou sozinha.
Então, Tisf falou lá no fórum sobre uma página dedicada a teledramaturgia. Claro, tem toda aquela coisa “nhó, que legal, eu vi essa novela, usei roupa igual a da mocinha dessa outra, etc” mas a parte mais bacana mesmo é conferir as trilhas sonoras.
Com isso, acabei lembrando de uma reportagem da Showbizz (que na época era só Bizz) que dizia que o Mariozinho Rocha era o cara mais poderoso da música no Brasil. Por quê? Porque era ele que escolhia as músicas que entrariam nas trilhas sonoras.
Agora em 2000 a coisa já não funciona da mesma forma, porque temos outros meios (internet mais acessível e MTV em tv aberta, por exemplo), mas até o final de 90 dá para dizer que muito do que foi “modinha” por aqui dependeu desse fulano mesmo.
Um bom exemplo é o caso do Oasis. Por aqui eles ficaram conhecidos por causa de ‘Wonderwall’, que tocou na novela Viralata em 1996. Só que os caras já tinham lançado o álbum (What’s The Story) Morning Glory? um ano antes.
Assim, antes de entrar na trilha da novela, toda vez que eu falava de Oasis para alguém (ou de como eu preferia o Blur, he he), as pessoas arregalavam o olho para mim com aquela cara de “de que diabos vc tá falando?”. Entrou na trilha e pimba, de repente todos falavam de Oasis. Enfim, ainda prefiro o Blur.
Ouvindo: Morphine
Está aí uma banda esquisita. Não tem nenhuma guitarra, o baixo tem apenas duas cordas e um sax barítono marca forte presença em todas as músicas, dando um tom bem ‘jazz’ e ‘blues’ para o som do Morphine.
O melhor álbum da banda é sem sombra de dúvidas o Cure for Pain, de 1993. Miles Davis’ Funeral é uma verdadeira jóia e In Spite of Me (a única do álbum que tem alguma guitarra) é linda.
No primeiro álbum, Good, de 1992, tem uma das músicas mais cool que já ouvi até hoje, You Look Like Rain. É extremamente sexy e, para os amantes do sax como eu, Dana Colley dá um verdadeiro show aqui.
Agora a má notícia: essa banda excelente acabou-se com a morte do líder da banda, Mark Sandman. Teve um ataque cardíaco em 1999, em pleno palco. Uma pena mesmo, porque nesse mundo de covers e afins, ter uma banda completamente original faz a diferença.
Discografia
Good (1992)
Cure for Pain (1993)
Yes (1995)
Like Swimming (1997)
B-Sides & Otherwise (1997)
The Night (2000)
Bootleg Detroit – live (2000)
The Best of Morphine: 1992-1995 (2003)
***
Marilene escreveu na minha prova: suas respostas revelam uma leitora atenta de Guimarães Rosa. Hehe, titia é Hendrix.
Nem Mãe Diná previu…
Paulo Coelho Imortal da Academia Brasileira de Letras (eu já não previa o Sarney, mas enfim…)
O “Conan” Schwarzenegger como governador da Califórnia (numa eleição disputada inclusive com o Larry Flynt)
Ainda na política, Lula como presidente. Eu sou petista e até hoje não acredito.
Uma Tamburello no caminho do Senna.
Rodolfo largando os Raimundos após se converter.
É por essas e por outras que sempre digo “when you least expect it, expect the unexpected“.
***
Eu queria saber se sou só eu que assisti Monty Python em Busca do Cálice Sagrado trocentas mil vezes e esqueci de uma determinada cena do capítulo sobre o Galahad. Nessa cena a Dingo (irmã gêmea da Zoot, há há) vira para a câmera e pergunta se gostamos da cena. E aí vários personagens fazem comentários, tipo o Dennis dizendo que a dele pelo menos era politicamente engajada, etc.
Eu ju-ro que não lembro dessa cena. Fica a dúvida: o vhs que eu alugava que era todo picotado ou to locona? Enfim, rever esse filme é sempre bom. Minha comédia preferida, de longe.
***
Momento Querido Diário Ilustrado:
Nesse final de semana eu comi fondue e fui na festa de aniversário da minha sobrinha. E vocês, o que fizeram de bom?
(acho que preciso voltar a usar o flog)
“I like the stars.
It’s the illusion of permanence, I think.
I mean, they’re always flaring up
and caving in and going out.
But from here, I can pretend.
I can pretend that things last.
I can pretend that lives last more than moments.
Gods come, and gods go
Mortals flicker and flash and fade.
Worlds don’t last;
and stars and galaxies are transient,
fleeting things that twinkle like fireflies
and vanish into cold and dust.
But I can pretend.”
Trecho de um dos melhores arcos de Sandman, o Vidas Breves.
***
Sempre fui uma pessoa com gosto enorme por rituais, por assim dizer. Por exemplo, toda sexta eu chegava do colégio e tirava o uniforme ao som de Friday I’m in Love. E todo dia frio exigia a leitura de um bom livro embaixo de um cobertor quentinho. Mas aí a gente entra numa fase de compromissos no sábado, o que tira o charme das sextas, ou de coisas para fazer que nos enchem de culpa por passar uma tarde na cama lendo.
Mas veja só, é sexta e está frio! Dane-se o Grego de amanhã e as coisas para fazer. Aos velhos tempos, cheers! Vou bater um lero com o Umberto Eco.
Upa, caiu no meu mousepad!
Mosquitcha simpática, acho que vou chamá-la de Nhá Selene. Se bem que minha mãe sempre disse que esse negócio de dar nome não é bom porque aí a gente se apega…
***
Eu li isso na Folha ontem, mas acabei esquecendo de colocar aqui.
E-mail é mais prejudicial a QI do que maconha, diz estudo
da Folha Online
O QI (Quociente de Inteligência) de pessoas preocupadas com suas caixas de e-mails sofre perdas maiores do que o QI daqueles que fumam maconha, diz um estudo britânico.
A perda do quociente entre funcionários que tentam conciliar seu trabalho com a organização do webmail é de dez pontos, o que equivale a uma noite de insônia. Depois de fumar maconha, a perda é de quatro pontos, afirma a pesquisa do King’s College, da London University.
“Descobrimos que essa obsessão em checar mensagens, um fenômeno cada vez mais comum, pode prejudicar muito o desempenho do funcionário”, afirmou Glenn Wilson, psiquiatra responsável pela pesquisa, segundo a “CNN”.
O estudo acompanhou 1.100 britânicos e mostra que o principal problema dos e-mails são as constantes interrupções causadas pela ferramenta de comunicação. Elas reduzem a produtividade e fazem com que as pessoas sintam-se mais cansadas do que o normal.
Cerca de 66% dos entrevistados confessam checar seus e-mails fora do horário de trabalho e quando estão de férias. Além disso, 50% deles respondem as mensagens em menos de 60 minutos depois do recebimento. Um em cada cinco funcionários interrompem encontros de negócios ou sociais para responder e-mails.
Ah, céus. Não fumo maconha nem dou a mínima para meus e-mails. Que desculpa me resta?
Dan: I fell in love with her, Alice.
Alice: Oh, as if you had no choice? There’s a moment, there’s always a moment, “I can do this, I can give into this, or I can resist it”, and I don’t know when your moment was, but I bet there was one.
Do filme Closer.
O que mais me emputece em situações assim é que são aquelas em que simplesmente não se pode fazer nada. Você pode controlar o que sente, mas não pode controlar o que os outros sentem. No máximo, lamentar.
A questão toda não é nem a de a pessoa que está com você resistir ou não. A partir do momento que ela sente por outra pessoa o que deveria sentir por você, não faz muita diferença partir para finalmentes.
Uma de minhas fobias, acredito eu. Enfim, continuo devendo a história a respeito de ladrões, medo do escuro e chaves escondidas embaixo de ursinhos de pelúcia.
Ontem não teve prova mas a aula da Sandra rendeu absurdamente. Eu não penso duas vezes antes de me matricular em disciplina com ela porque é sempre um deleite a viagem cultural que ela é capaz de fazer durante as aulas.
O fato é que estávamos trabalhando com um texto pentelhérrimo do Frye a respeito dos tipos de Comédia, e eis que quando chegamos no último tipo, a Comédia Irônica, concluímos que esses são os tempos da comédia irônica: parodiamos tudo, rimos de tudo e, como conseqüência, banalizamos tudo.
O exemplo mais cru disso é fazermos piadas a respeito de balas perdidas no Rio de Janeiro. Um outro, citado pela Sandra, é o do quadro do Munch, O Grito. Segundo ela o quadro representaria o horror do Homem ao se reconhecer como agente das barbáries da Guerra. Era algo carregado de sentido, mas que no nosso tempo de paródias virou isso, isso, isso ou isso.
A banalização da Arte, assim como o esvaziamento do sentido das coisas. Pior, a paródia, a repetida paródia. Se for pensar bem, o que há novo de fato nos dias de hoje? Aqui não só no campo da Literatura, que sim, é um dos que mais sofrem com a desculpa da paródia (ou da ‘homenagem’, como diria Mick Jagger). Afinal, tudo que tinha que ser criado já está aí ou esse negócio todo é só uma acomodação mesmo?
Em tempo, fui pesquisar sobre o motivo d’O Grito e achei isso aqui. Não tem nada a ver com o que a Sandra disse, mas como gostei das conclusões a respeito da paródia, resolvi deixar os fatos reais para o fim, he he.
***
Eu ia contar uma história a respeito de ladrões, medo do escuro e chaves escondidas embaixo de ursinhos de pelúcia mas acho que já blablazei demais hoje.
Então, domingo eu sonhei que estava em um super festerê no qual rolava um show do INXS, e eu queria muito conversar com o Michael Hutchence. Aí, desde esse sonho, eu simplesmente não paro de cantar INXS. Ainda eu conhecesse um bom repertório vá lá, mas fico só no:
Not enough time for all
That I want for you
Not enough time for every kiss
And every touch and all the nights
I wanna be inside you
O que não deixa de ser perigoso, dependendo perto de quem estou cantando isso. Por falar em perto, descobri ontem à noite que tem algo mais irritante do que gente lendo sobre meu ombro enquanto estou no computador. Segue a cena:
Anica jogando snake no ônibus, para matar tempo e esquecer que está morrendo de vontade de fazer xixi e ainda está longe de casa. Um sujeito senta ao seu lado e de repente diz:
– Mas você é mesmo boa nesse joguinho, heim? Olha só, tá detonando!
Sem tirar os olhos do jogo, Anica esboça um sorriso amarelo. De repente, a cobrinha encosta em uma das paredes do labirinto. O fulano diz:
– Ahh, que pena! Você estava indo tão bem!
Anica sai do jogo para ver as horas.
– Não, o que é isso! Pode continuar jogando, prometo que não te atrapalho.
Fala sério, sou eu que sou fechada demais e não gosto de puxar papo com desconhecidos ou as pessoas que são meio loucas e carentes e na falta de assunto topam até falar sobre um jogo imbecil de celular?
Bom, estou lendo Alta Fidelidade pela duzentésima vez. A releitura começou porque lembrei de um trecho no qual o protagonista falava de uma antiga namorada, mas acabei me empolgando e fui para o início. A vantagem da releitura é que agora não imagino mais o John Cusack como Rob Fleming, mas sim o Guilherme Weber, hehe.
Enfim, sobre o trecho que eu estava procurando:
” – Eu sabia.
– O quê?
– Você está passando por uma dessas fases de o-que-significa-tudo-isso.”
Sabe? Eu sempre fui um Rob Fleming numa eterna fase de o-que-significa-tudo-isso, destrinchando meu passado para entender onde foi que eu errei. Justamente por isso não estou conseguindo me adaptar com o papel de Charlie que esses estranhos reencontros estão me oferecendo.
“Estranhos reencontros? Do que você está falando, Anica?” Ahn, bem. Eu acho que vocês de alguma forma também devem estar passando por isso, através de uma das crias do Sr. Google, o Orkut. Aparece fulano, “Quanto tempo!!”, te adiciona no msn e começa aquela conversa sobre os velhos tempos.
Com isso, estou chegando a conclusão que não existe nada mais bizarro do que alguém do seu passado te dizer como você era. Se algum amigo atual diz “Você é uma pessoa complicada, pira muito e é super insegura”, rola uma auto-análise e você pode até concordar com ele (eu concordaria, he he).
Mas no caso do que você era, como saber? “Você era cruel e não dava a mínima”. É lógico que na hora que for pensar nisso, o farei de acordo com o que sou agora e acharei completamente injusto o conceito que o fulano faz de mim, mesmo porque não vou lembrar porque cargas d’água ele fez esse juízo a meu respeito.
Moral da história? Orkut é uma coisa do mal, e todos vocês deveriam ler Alta Fidelidade.