Já que Guerra dos Mundos chegou no cinema, vou aproveitar o gancho e passar para vocês o link para ouvir o fodérrimo Orson Welles numa adaptação de War of the Worlds para o rádio: clica aqui.
A adaptação foi ao ar em um programa de rádio dos Estados Unidos em outubro de 1938, no caso a história da invasão da Terra por marcianos foi transformada por Welles em um tipo de noticiário a respeito da invasão. A programação ‘normal’ da rádio era interrompida várias vezes com flashes a respeito do ataque alienígena. Isso surtiu tamanho efeito que a população entrou em pânico, acreditando que aquilo estivesse de fato acontecendo.
Tempos mais inocentes, ahn? Confesso que essa época tinha lá o seu charme. Para saber mais sobre a brincadeira do Welles, clica aqui.
E só para terminar, uma citação do Welles que ilustra bem porque acho esse cara totalmente fantástico: “Sou ator de teatro e cinema, escrevo contos, programas de rádio e televisão, dirijo filmes e peças, sou ventriloquo, ilusionista e mágico. Pena eu ser tantos e vocês tão poucos. Meu nome é Orson Welles.” (se apresentando para uma platéia de quatro pessoas em Berlim)
Então, daquela velha história do ‘uma coisa puxa outra’. Ontem fui procurar uma citação de A Insustentável Leveza do Ser em uma agenda velhona, para passar para o Fábio. Nisso, achei a transcrição da cena do casamento de Mickey e Mallory Knox em Assassinos Por Natureza e resolvi postar uma foto do filme no meu flog, lembrando da questão da crítica à mídia que o filme faz.
Eis que procurando exemplos semelhantes (e mais ‘concretos’, digamos assim), dessa história de bandidos virando mitos por causa da imprensa, lembro do caso do Pareja, aquele rapaz que é freqüentemente citado quando o assunto é complexo de estocolmo. Fui dar uma olhada no senhor Google para refrescar minha memória sobre os acontecimentos e acabei me deparando com e esse texto excelente do Marcelo Leite.
Se você está só coçando aí na frente do computador, não custa nada dar uma conferida. Levanta uma série de questões sobre a responsabilidade não só do jornalista, mas da sociedade. Atenção especial para o último parágrafo, que contem trechos da carta de uma das pessoas envolvidas no caso da Escola Base.
[on phone] Ross, hi, it’s Rachel. I’m just calling to say that um, everything’s fine and I’m really happy for you and your cat who, by the way, I think you should name Michael. And, you know, ya see there I’m thinking of names so obviously, I am over you. I am over you and that, my friend, is what they call closure. [hangs up and tosses phone in the ice bucket]
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Foi procurar essa fala e a primeira coisa que me passou na cabeça foi www.friends.com, né? Aí nesse endereço eu achei isso aqui:
As heard on
“Dr. Joy’s radio talk show”
E gee, achei tão engraçado. Dr. Joy e tal. Hã, hã.
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Cheguei a conclusão que um passeio dê ônibus em Curitiba seria muito mais agradável se as pessoas tivessem noção. “Noção de quê?”, vocês me perguntam. Bom, dá até para fazer uma lista disso.
Noção de espaço: o povo das mochilas gigantes deveria ter noção que SIIIIM, sempre há uma pessoa ao redor que vai levar uma mochilada na cara
Noção de educação: ceder o lugar para gestantes, deficientes e idosos não é uma questão de opção, deve ser feito sempre.
Noção de espaço II: se você ficar na porta de embarque e desembarque, as pessoas não conseguirão embarcar e desembarcar.
E já que estou falando dos ônibus em Curitiba, deixa eu comentar um lance bizarro. Desde que fiz o Top 5 coisas que as pessoas fazem que me irritam horrores, toda vez que pego ônibus um tosco senta ao meu lado mascando chicletes daquele jeito. Affmaria, ninguém merece.
Gente, que me-do!!!! Escrevi um post comemorando o 2º ano de Hellfire Club agora pouco e não sei onde ele foi parar! Se alguém encontrar o pobrezinho, por favor me avisem!!
(na verdade eu to achando que é uma conspiração da FIA, só porque eu concluía meu post metendo o pau na F1 atual)
Hoje enquanto eu matava um tempo na cantina antes da minha final com o Gil, li em uma Veja a seguinte pérola da Sabrina Sato:
“Nesta fase da vida, não preciso ser inteligente. Mais para a frente, sabe? Quando estiver caída, vou virar intelectual.”
E penso, oh, Deus, o que sobrará para mim quando eu estiver caída.
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Então que eu e o Fá fomos ao cinema ontem para assistir…
(rufem os tambores!)
… Batman Begins!!!!
Ok, de início: não é igual aos do Tim Burton. Mas é até um tanto de sacanagem comparar, mesmo porque os filmes do Burton contavam com vilões carismáticos como o Coringa e a Mulher Gato. Mas tem uma coisa que o Burton soube captar a respeito de Batman que Nolan, provavelmente para ter um filme de maior apelo comercial, não soube: Batman é muito mais detetive do que lutador.
Aliás, se tem uma coisa que sempre gostei no Batman foi isso: a inteligência valendo mais do que a força. Dá um tom mais charmoso para a história, contrasta muito mais com o playboy Bruce Wayne, enfim, é um ponto cool do homem morcego que foi deixado de lado nesse filme.
Não é só excesso de lutas, há uma cena de perseguição de carros chaaaaata e comprida, que provavelmente só deve divertir a gurizada que curte um vrumvrum (o que obviamente não é o meu caso). É uma pena, mas não é nada que estrague o filme.
Diga-se de passagem, não estraga principalmente por causa de alguns ótimos coadjuvantes (gente, o Gary Oldman é o Gordon!!) e o Christian Bale, que interpreta muito bem o Batman.
No final das contas saí do cinema morrendo de saudades das HQs do Batman, pensando em recomeçar a coleção. E gente, que é isso de Coringa em uma continuação?! Rôuuu!!!
Então, cá estamos nós completando seis meses de namoro. Eu nem deveria ficar postando fofurices por aqui, porque vocês sabem, essa coisa de amor é meio brega e vai que alguém está lendo meu blog pela primeira vez, vai pensar que o próximo post terá um gif gigante da Hello Kitty com um “komenta, plixx!”. Mas caramba, passar seis meses com o Fá e não deixar isso registrado é um crime.
E pensando nele não consigo deixar de lembrar daqueles versos da música da Alanis:
You’re the best listener that I’ve ever met
You’re my best friend
Best friend with benefits
What took me so long
(E chega. Juro que não vou colocar cursor com estrelinhas brilhantes nem aquele monte de blinkies no meu blog)
Olá, amiguinhos! Vocês devem estar mor-ren-do de curiosidade sobre minha mudança do Principado do Uberaba para a Terra da Alegria (aka: Cristo Rei), ahn? Bem, se não estiverem azar, porque é disso que vou falar. Até rima, veja só como os ares do bairro novo fazem bem para minha alma de poeta!
(Essa é a foto da última vez que cheguei em casa. Bem, “naquelaaa” casa.)
Ok, a mudança em si: fui dormir no Fá na noite anterior e acabei acordando às 5:30 da manhã para chegar cedo em casa e ajudar minha mãe com os últimos detalhes. Os moços da mudança chegaram por volta de 9:30 e nesse momento entendi perfeitamente a expressão “mais perdida que cachorro em dia de mudança”.
(Mudança Canarinho, serviço muito eficiente!)
Chego no apartamento novo e descubro várias coisas:
a) Não há espaço para meus livros
b) Não há espaço para minhas tralhas
c) Não há espaço para minhas roupas
Além de levar vários sustos como:
a) Minha mãe segurando a torre do meu computador de cabeça para baixo
b) A possibilidade de não ter tomada de telefone no meu quarto
c) O aquecedor desregulado e, por conseqüência, o chuveiro frio
E então por volta das 18:00 eu surto (as usual) e não paro de chorar. Minha mãe me manda para o Fábio, já que surtada daquele jeito eu não poderia ajudar ninguém. No Fá eu obviamente me acalmo, durmo feliz e contente e recarrego as energias para o outro dia.
No sábado, quando chegamos em casa todo mundo já tinha organizado tudo, então aquele meu pânico inicial já tinha passado. Eu e o Fábio ficamos nos entretendo com passeios pela Terra da Alegria, quentão no Pão de Açúcar (muito bom, recomendo, hehe), passeio no Jardim Botânico e por aí vai.
Ele volta para casa, eu fico. Não dá nem duas horas eu descubro que a vida sem tv a cabo e adsl é insuportavelmente entediante, tomo um banho e vou me esconder no Fábio. Por isso aquela foto no meu flog, by the way. Ainda vou estudar os efeitos terapêuticos do Fábio, hehe.
Ok, voltando aos primeiros dias de mudança. Durante a madrugada de sábado descobri como a vida ao lado de um moço que entende de informatiquês pode ser excitante: a migração da Valinor não estava funcionando, e ele quase não dormiu e não me deixou dormir também. Diz ele que foi só lá por 5 e pouco, mas eu tenho a sensação de que acordei a noite toda. Enfim, durante o domingo ele ficou acertando as questões da migração, vimos A Pequena Loja dos Horrores, etc. Basicamente me dei ao luxo de esquecer que tinha coisa para arrumar por aqui ainda.
(Fá locão na frente do computador cuidando da Valinor)
Chega segunda-feira ainda sem tv a cabo e adsl. Durante o dia penso em questões profundas como “Por que será que a unha do dedão demora mais para crescer?” e dou uma bela esnobada no Benigni e não assisto “A Vida é Bela” na Sessão da Tarde (nota mental: hoje passa “Um Príncipe em Nova York”, que eu adooooooro e certamente assistirei). O moço do telefone chega (número novo, não peçam que eu não vou divulgar hehehe), mas… tcharam! Nada de adsl. O rapaz diz que tenho até 23 horas de terça para esperar, aí depois disso posso reclamar. Legal, né?
E hoje é terça. Liguei lá na Brasil Telecom (COMO ASSIM ESPERAR ATÉ AS 23HRS?!!!!!), mas não deveria ter feito isso, porque aparentemente o prazo se prolongou enquanto eu dormia, agora tenho que ficar sem adsl até as 17hrs do dia 29. Cool. Sim, eu estou offline, escrevendo isso no bloco de notas.
(Essa é a vista da janela do meu quarto)
Mas é isso aí. Vou lá fazer um strogonoff pro almoço, apertar o Puck (que se adpatou muito bem ao apartamento, diga-se de passagem) e, bem, ler Ulisses, né? Ontem à noite enquanto eu pintava o cabelo eu recomecei a ler. Ótima combinação. Amônia e Joyce.
Ele é o gato da família, oras. E ainda por cima é tosco, na verdade tão tosco que lembra muito os gatos que já tive, hehe. Eu sei, eu sei. Poderia colocar o Ajudante de Papai Noel aqui, mas pá, eu gosto muito de gatos pra deixar esse passar em branco.
4. Vovô Simpson
Adoro o jeito meio louco dele, acaba rendendo momentos ótimos como no episódio que o Homer tira a neve da frente do asilo e o vovô sai correndo todo feliz dizendo que estava livre, então parava na porta e dizia “Estou com frio e confuso, quero voltar.”
3. Mr. Burns
Ok, é certo que as personagens d’Os Simpsons não tem lá muita moral, mas ele extrapola o limite. É sádico, é mesquinho, é mau caráter. E bem, eu nunca escondi que adoro vilões.
2. Ralph
Adoro esse moleque, meio autistinha e todo delicado. O nariz vive sangrando, ele come cola e ainda por cima diz coisas do tipo “O hálito do meu gato cheira a ração de gatos”. Me mato de rir!
1. Jessica Lovejoy
É a filha do Reverendo Lovejoy e como já comentei ‘n’ vezes aqui no Hellfire, é dessa personagem que tirei meu nick, então dá para perceber que mesmo que ela não seja muito importante em Simpsons, eu gosto um montão dela.
Sabe, já não basta eu ser uma criatura completamente neurada e insegura, agora ainda vem essa $@#$#@$## dessa surpresa de Kinder Ovo que eu não consigo montar e deixa minha auto-estima no lixo. Pelo menos o chocolate é bom.
***
Uma faceta nérdica minha que vocês provavelmente não conhecem (ou pelo menos poucos conhecem) é que eu gosto de Magic. Meu irmão me ensinou a jogar e eu me diverti tanto com aquilo que vivia perguntando quando ele ia trazer os decks dele aqui em casa para jogarmos de novo.
Agora pensa só, o tanto que eu ri quando eu achei isso aqui pelo Google: Monty Python Set. Foi uma delícia ficar lendo as cartas e relembrando de alguns episódios de Flying Circus ou de alguns momentos dos filmes.
Por isso que, se você é fã de Monty Python, mesmo que não goste de Magic, e mesmo que sua internet esteja lenta para chuchu, tenha paciência e espere carregar todas as cartas para ler. Eu estou rindo com algumas até agora, hehe.
Agora que estou encaixotando as últimas coisas cheguei naquele momento de jogar fora o que estava só encostado num canto, já que apartamento é menor do que casa e tal. Algumas coisas eu joguei no lixão sem dó, tipo um chinelinho velho de pano e uma papelada nada a ver.
Mas aí percebi que tem umas coisas que simplesmente não consigo jogar fora. Deixei de lado pensando “antes de fechar o saco de lixo, eu crio coragem e jogo tudo aí” mas, obviamente não consegui.
Dentre essas coisas tem por exemplo o Sansão, um ursinho que ganhei do meu pai. Tem também uma boneca que meu pai e minha mãe trouxeram de Caxias do Sul, uma lata de balas inglesa (só a lata, duh!), uma garrafa de Amarula que ganhei quando passei na PUC e que está devidamente assinada por gente tipo a Nane, a Déia, o Fábio e a Ju (garrafa vazia!), um copo de Desafio que afanei do Empório, uma lata de chá Twinings do tipo Prince of Wales e uma tartaruga.
Sim, uma tartaruga. Daquelas que têm na rua, saca? Ganhei do Ale, um amigo muito legal do 2º grau a quem eu carinhosamente chamava de ‘Tanajura’. Eu disse pra ele que ele nunca tinha dado nada pra mim, e então ele pegou a tartaruga da rua e me entregou. E agora não consigo me desfazer, aff. Ei-la:
Disso eu lembrei de um diálogo entre a Morte e Raine em Sandman:
Raine – Cigarro?
Morte – Não, obrigada. Belo cinzeiro…
Raine – Não.. Não é um cinzeiro! Quer dizer… é… mas também é meu rosto. É que às vezes crio rostos … Mas eles ressecam e caem. E não podia jogá-los fora. São parte de mim. Daí, eu fico com eles… Eu… Acho que estou falando coisas sem sentido.
Morte – Não. Elas fazem sentido. Vocês sempre se agarram às velhas identidades, faces, máscaras, mesmo depois que elas não servem mais… Mas um dia, você tem que aprender a jogá-las fora.
E mais uma vez Mr. Gaiman me poupa de ter que explicar exatamente como estou sentindo.