O estopim foi a velha discussão sobre aquele texto do “Um dia você aprende…” que rapaz chegou postando na comunidade Shakespeare como se fosse do poeta inglês. Algum anônimo postou dizendo que ‘não era Shakespeare’ e esse post foi seguido de um:
Categoria: Comportamento
Olha mãe!!
Eu sou uma figurinha!
Enfim, falta pouco e eu estou toda animada, mesmo. Há uma estranha coincidência que faz com que os melhores anos da minha vida sempre sejam ano de Copa do Mundo. 94, 98, 2002… Levando em consideração aqui que, para criança, todos os anos são os melhores anos da vida. É quando a gente cresce e nosso céu tem menos estrelas e então começamos a lembrar de anos como ‘melhores’ e ‘piores’.
A verdade
– Tá liiiindo, Berta! Nossa, ficou assim, super você!
Curitibanidades, palestras e fetiches
Então, ontem fui assistir uma palestra da Barbara Heliodora sobre Otelo. Nessa palestra, o Diogo Vilela ilustrou os comentários da Barbara com uma leitura dramática (muito boa!) da peça. Lógico que valeu a pena, deu até vontade de reler Otelo. O que estraga são os curitibanos com suas curitibanidades…
1. Duas senhoras extremamente bem vestidas e fedendo perfume passam a segunda parte da palestra inteira tagarelando. É aquele tipo de gente que queria ser vista na palestra, e não assisti-la.
2. Um monte de gente de outros cursos não relacionados (leia-se “Exatas”) perdidos lá na platéia, obviamente tagarelando durante toda a palestra. O interesse deles era Otelo? Não, era o ator da Globo. Queria entender porque curitibano fica louco quando ator da Globo dá as caras por aqui.
Take a long holiday, let your children play…
Essas crianças acham que ter assistido Laranja Mecânica, lido O Retrato de Dorian Gray, escutado Chico Buarque faz delas assim, “adultas”. Veja bem, qualquer cultura que se adquira é excelente, mas ler pencas de livros clássicos ou assistir dezenas de filmes cults não fazem de você uma pessoa madura.
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Dessa gente que se dá importância demais
Estava conversando com Alex, Erion e Jo dia desses sobre (o que definimos depois) aquela gente que se dá importância demais. Pode ser por falta ou excesso de amor próprio, mas o que acontece é que aquela gente que se dá importância demais vive em neura constante: o mundo todo está parado, observando e julgando as ações daquela gente que se dá importância demais.
O difícil de conviver com esse tipo de pessoa é que bem, normalmente elas são um zero à esquerda e, por ironia, são as que mais piram sobre o que você pensa delas – como se fosse um absurdo você gastar não as 24h do seu dia para pensar em fulano que mal vê. Aí acontecem casos como o que o Erion contou, no qual fulano chegou para ele e perguntou:
– Você não gosta de mim, né?
E Erion perguntou:
– Quem é você?
Bichos escrotos?
Ontem eu estava assistindo o gaspCOFtvfamaCOFham e bem, estavam cobrindo a inauguração de uma suuuuper petshop, cheiaaaaaaaa de artistas famosos como Ana Maria Braga e Ana Hickman (u-au!). Bem, eis que aparece lá a repórter entrevistando o Léo Jaime e o que se viu foi mais ou menos assim:
– E então, Léo Jaime, você gosta de bichinhos, tem algum em casa?
– É, eu tenho um casal de gatos.
– E você trata eles como se fossem gente?
– Não, né? Eu trato como se fossem gatos.
Autismo
E pode até ser Literatura Infanto Juvenil, mas é um livro FODA. Foda como nenhum Harry Potter ou Crônicas de Nárnia consegue ser, I must say. Eu sei que estarei estragando a experiência literária de quem for ler esse livro ao contar sobre o que é, mas enfim: trata-se inicialmente da tentativa de um garoto autista de descobrir quem matou o cachorro da vizinha, e então a trama se complica.
Essa gente cheia de opinião
O lado bom da internet é que ela é livre. O lado ruim da internet é que ela é livre. Explico: se antes alguém tinha poucas opções para ser ouvida (caixote em rua movimentada? cartas para a Veja? etc.), agora pode falar em qualquer lugar (embora a possibilidade de ser ouvida continua a mesma): Fóruns de discussão, espaço de comentários de sites, orkuts da vida, etc.
A vida imita a arte
Mas confesso que nada me surpreende mais quando a vida imita uma obra como a de Allan Poe. No sentido de ainda me assustar quando vemos que as personagens de seus livros não são só “parte de uma história de horror”. Enfim, que o horror está aí, no cotidiano. Em uma matéria de jornal.