Eu tinha um professor que quando ia se referir a alguém malvadão, dizia “Esse pisa no louva-deus!”, e eu me matava de rir com a expressão, mas acabou que passei a usar também.
Lembrei disso porque estava para fazer um top5 dos maiores vilões de todos os tempos, e aí na hora de tentar lembrar dos caras que chutam pombas (e pisam em louva-deus…), e aí qual é a primeira coisa que passa pela minha cabeça??? A lista da Online Films Critics Society, com os 100 piores vilões de todos os tempos.
Tcharam!
Assim fica fácil fazer top5, é só arrumar as injustiças, né? Então vamos lá, para o…
(Ok, o título não tem muito a ver, mas eu não podia deixar de citar essa poesia do Oswald de Andrade.)
Depois do comentário do Calvin sobre o trecho do diálogo que coloquei de Rosencrantz e Guildenstern estão mortos, me dei conta de como existe uma sutil diferença entre as comédias nonsense mas inteligentes e as comédias que são simplesmente estúpidas (o caso do Dude, Where’s my Car? que ele citou).
Você gosta de Shakespeare? Gostou de Hamlet? Já teve contato com alguma coisa do teatro do absurdo? Gostou de Waiting for Godot do Beckett? Sempre gostou de humor inteligente? Se você respondeu sim para qualquer uma dessas perguntas, saiba que é quase certeza que você irá adorar a peça de Tom Stoppard (o mesmo sujeito que escreveu o roteiro Brazil com o Terry Gilliam), Rosencrantz & Guildenstern estão mortos.
(E antes que você torça o nariz, saiba que “ler” é uma opção, já que existe uma ótima adaptação da peça feita para o cinema com Gary “Dracula” Oldman e Tim “Mr. Orange” Roth. )
Sabe, às vezes uma história inocente e simples pode gerar um filme bem melhor do que aqueles cheios de reviravoltas, dramas intensos e afins. Um exemplo? Muito Além do Jardim. Eu sempre tive curiosidade de ver esse filme porque gostava pra caramba de uma música da banda Intocáveis, que saiu em uma coletânea de bandas curitibanas (“Borboleta 13”) e se chamava “Muito Além dos Jardins”.Enfim, finalmente vi o filme. E ele é de uma leveza tal que ao terminar de assistir, você fica com seu humor nas alturas, te deixa bem mesmo. E, como disse antes, não é um filme intenso ou complicado: é simples. E talvez pela simplicidade da história, tenha sido possível trabalhar tão bem o roteiro, que é todo cheio de trocadilhos ótimos. Continue lendo “Muito Além do Jardim”
1.Porque foi baseado em uma obra de Frank Miller: Embora o fato de um filme ser baseado em uma obra de um sujeito que costuma fazer só coisas boas não seja de fato uma garantia (Alan Moore que o diga), a questão é que com Sin City a coisa funcionou. Desde a caracterização do elenco (se comparar imagens da HQ com as dos filme é coisa de ficar com o queixo caído) até mesmo os diálogos, a adaptação não deixou nada a desejar para nenhum fã.
2.A escolha do elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Rutger Hauer, Elijah Wood, Benicio Del Toro e meu amadado salve salve Michael Madsen. E tipo, isso é SÓ O COMEÇO. Tem muita gente boa trabalhando nesse filme, não é nem questão de ser pop, é um elenco competente que segura muito bem a trama. E sim, a Jessica Alba tá gatinha bagarai como a Nancy. E foi legal pra caramba ver o Frank Miller atuando no filme também. 3.É um filme noir: sim, é noir, em todos os sentidos. Seja pela presença de mulheres fatais, detetives, viradas de trama, seja pela atmosfera obscura e os contrastes conseqüentes da fotografia p&b com alguns detalhes coloridos. Quem gostou de filmes como “O Falcão Maltês” tem tudo para gostar desse também (mas que estejam avisados que há um elemento extra em Sin City: muita violência).
4.Tarantino: Ele coloca as mãos em apenas uma seqüência do filme, mas com toda certeza uma das melhores: o momento em que Dwight está no carro com a cabeça do Jackie Boy. Carregada do típico humor negro, não tem como não perceber o toque do diretor nesse momento. Muito legal mesmo! 5.Coesão da narrativa: O filme é dividido em três histórias independentes uma das outras (baseadas nas histórias ‘The Hard Goodbye’, ‘The Big Fat Kill’ e ‘That Yellow Bastard’ das HQs), mas que são unidas de um jeito bem interessante. Se em ‘The Hard Goodbye’ vemos a personagem Nancy apenas como coadjuvante (aparecendo rapidamente como uma amiga de Marv), em ‘That Yellow Bastard’ ela é uma das personagens pricipais. Todas as personagens tem relação entre si, aliás, não só as personagens, os lugares em geral.
Enfim, filme dos bons. Só deixo como única ressalva que ele é um tanto exagerado na questão da violência, o que pode ser ruim para algumas pessoas. Tem canibalismo, cabeças decepadas, sangue jorrando para todos os cantos. Então, se você não consegue compreender o que esse tipo de elemento significa dentro de um filme assim, melhor nem passar perto de Sin City.
Bem, acabei me distraindo e não consegui ver todo ‘O Império do Sol’, mas vou locá-lo em breve, esse filme vale muito a pena assistir. É impressionante, mas toda vez que o John Malkovich aparece na tela como o Basie eu penso em como é importante para um ator a escolha dos papéis: não é que a interpretação dele não valha nada, mas o Malkovich poderia fazer das tripas coração e não agradaria tanto se a personagem Basie não fosse bem construída. É um dos filhos da puta mais cativantes que já vi no cinema, por assim dizer.
Agora, por falar em cativar, como é que esse moleque:
vira essa coisa totosa aqui:
???
É… nem sempre o tempo é um inimigo. Agora vocês me dão licença que eu vou me afogar em um caneco de Toddy Floresta Negra.
Vi As Invasões Bárbaras hoje de novo. O mais engraçado é que eu não lembro de ter chorado tanto na primeira vez que assisti, sério. São relações tão complicadas e ao mesmo tempo tão cheias de carinho, que é um pouco difícil não sentir uma ponta de inveja do Rèmy e querer ter amigos como os dele por perto.
Caramba, muito legal mesmo. Eu não queria entrar nos esquemas “não se faz mais comédia como antigamente”, mas é inevitável. Sabe filme daqueles que você ri gostoso com piadas completamente inocentes? Pois então.
Alguns momentos do filme eu simplesmente não conseguia parar de rir, na maioria das vezes cenas com o Jack Lemmon, que está simplesmente impagável como Jerry. Tony Curtis dá um bom galã e não dá para negar que faz uma ótima dupla com Lemmon, sendo que no começo chama até mais a atenção. Mas a partir do momento que eles passam a ser Josephine e Geraldine (Daphne) para fugir de gângsters de Chicago, ele acaba se apagando um pouco.
É, dá para quase fazer uma história a partir disso. Eu sou fã do gênero desde criancinha (literalmente, hihihi) e posso contar nos dedos um filme que tenha realmente me deixado com medo.
Nesse final de semana por exemplo, assistimos o tal do Peeping Tom (que vocês hão de me perdoar, mas não sei o título em Português). É um filme legal? Claro que é. Mesmo porque adoro histórias com pessoas malucas. Mas não entendo bem porque está entre os 50 filmes de Horror no IMDB.