Já que o Halloween está chegando…

Esse negócio de lista de filmes ou cenas mais assustadoras do cinema é algo bastante comum. O bacana é que hoje em dia, com o youtube à disposição da colega dona de casa, a brincadeira ficou ainda mais divertida. Dúvida? Dá uma conferida na lista das 13 cenas mais assustadoras segundo o London Times. Em tempo: cenas assustadoras não equivale a melhores filmes de horror, especialmente no caso desta lista.

A minha lista favorita (100 cenas mais assustadoras segundo o retrocrush) também ficou mais turbinada, digamos assim, com a adição das cenas em questão. Aliás, a lista foi atualizada (agora Cidade dos Sonhos está em primeiro). No caso dessa lista, cena assustadora QUASE equivale à filme de horror.

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Shock Treatment

shocktreatment-overture-frontcovers.jpgUma das teorias do Fábio sobre Sandman é que é bom porque teve um fim. Ele argumenta que histórias que se estendem demais costumam “se perder” ou simplesmente ficarem sem graça (citando aí o caso dos X-Men e aquele morre-não-morre já bem tradicional). E sabe, de certa forma eu até concordo com ele, mas por outro lado fico cá pensando que, como fã, eu quero mais é material novo todo dia (não que reler Sandman não seja um prazer, mas confesso que fiquei toda serelepe quando chegou Noites Sem Fim no mercado).

Acho que de certa forma isso pode ser estendido para qualquer história (se não planejada, é óbvio), independente de em qual mídia ela seja contada. Ontem à noite tive um bom exemplo de histórias que não deveriam ser prolongadas: Shock Treatment, um suposto “Rock Horror Picture Show II”, ambos roteiros de Richard O’Brien.

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Roy Orbison

Roy Orbison é mesmo um sujeito muito injustiçado. Fez músicas muito batutinhas e boas de ouvir em um domingo a tarde e mesmo assim só é lembrado (isso se fazem referência ao compositor, e não à musica) como o cara que criou Oh Pretty Woman, que toca naquele filme com a Julia Roberts.

Sabe, a injustiça maior é que ele deveria ser quase um ícone nérdico. As músicas dele já foram citadas e tocadas em tantos lugares legais que não dá para entender como ele pode ser só o-cara-de-oh-pretty-woman. Duvida? Pois olha só 3 situações nas quais ele foi citado e você pode ter deixado passar batido:

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Fido

Vez ou outra a Veja dá uma dentro, pena que nesses casos ela nunca dê tanta ênfase como quando dá umas foras (alguém tem acompanhado a campanha para desmistificarão do Che?). Enfim, dia desses li em uma notinha de poucas linhas algo sobre este filme canadense chamado Fido (que aqui ganhou o subtítulo horroroso de “O Mascote”).

A nota descrevia o enredo basicamente como “humanos vencem a guerra contra os zumbis e os domesticam, mas um menino faz amizade com um desses zumbis“. Poderia ter colocado uma fotografia com a legenda “Zumbis” e eu já teria ficado com vontade de assistir, mas mesmo assim, achei a idéia criativa e fui conferir.

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Grotesco

As pessoas costumam associar o termo grotesco com algo necessariamente “ruim”, atribuindo um valor negativo para a palavra. Mas o termo grotesco vai além, e pode ser algo muito, muito bom. Tem um livro batutinha que os interessados no assunto podem ler chamado O Grotesco, de Wolfgang Kaiser (editora Perspectiva).

Lá ele define a palavra muito bem quando fala de “suspensão de realidade“.  Aquela coisa de mundo de pernas para o ar, vacas voando e céu cor-de-rosa. Na realidade, eu associaria o termo não com algo ruim, mas com outra palavra: onírico.

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Rapidim

Como diria o saudoso Pedro Bernardi, puxalavida! Eis que abro a Bravo deste mês e dou de cara com o quêêêê? Uma reportagem sobre o Bonde do Rolê e todo o sucesso que eles estão fazendo lá fora. Uau. Não conhece? Bom, pelo menos aqui no Hellfire eu já falei deles. Meu lado ufanista acha o máximo, mesmo.

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Aí tem o lado bairrista (eu sou uma coleção de óóóótimos lados, ahn?). Nesta mesma Bravo tem o Dalton Trevisan sendo indicado para o Prêmio Bravo Prime de Cultura, com “Macho não ganha flor” (clica no link, só 18 royals na FNAC!). Nem li ainda, mas ele já tem minha torcida (Vai lá, Daltão, manda ver! hu hu hu!)

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Espíritos 2 (ou, “WTF, distribuidoras?”)

Assistimos ontem ao filme “Espíritos 2 – Você nunca está sozinho”. Lembram do primeiro? A distribuidora tinha até mandado bem na divulgação, e foi o maior sucesso (pelo menos sucesso no mercado de filmes de horror). Aí, né, os gênios por trás do lançamento dos filmes aqui no Brasil pensaram “Olha, tem esse Alone para ser lançado. É história de terror, do mesmo diretor. Vamos chamar de Espíritos 2, e aí todo mundo que assistiu o primeiro assistirá o segundo, êêê!”

Poisé, Espíritos 2 não é continuação do Espíritos 1. Mas se levarmos em conta que “Shutter” (título original do primeiro) não significa “espíritos”, então acho que tudo bem, né? Deixemos de lado a malandragem com relação à tradução de título e vamos ao filme em si, que é o que interessa.

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Eu, Al Pacino e Rolling Stones

Eu sei que hoje em dia já é cair no lugar comum chegar e dizer que o cinema atual já não oferece mais grandes momentos, daquelas cenas inesquecíveis repetidas trezentas mil vezes como o xadrez com a Morte do Bergman, ou ainda Scarlett O’Hara dizendo que nunca mais passará fome. Mas sabe, felizmente sempre há exceções, por mais “pop” que sejam.

Veja o caso de Advogado do Diabo. É um filme muito bom, independente da cara de porta do Keanu Reeves. Cheio de sacadas geniais, e bem, tem lá o Al Pacino representando um dos melhores demos do cinema (recentemente ele perdeu lugar para o De Niro como Louis Cyphre no meu top5). Mas sabe, o que faz o ingresso valer são os últimos instantes do filme. Se não viu Advogado do Diabo ainda (peloamordedeus, já tem 10 anos o filme!), nem continue a ler este post.

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Elvis não morreu!

Eu acho impressionante a capacidade que os americanos têm de criar mitos, mais ainda o modo como se relacionam com eles. Tomemos o Elvis como exemplo. Sujeito boa pinta, rebolante e com sonzinho batuta, vira uma espécie de divindade que merece inclusive, uma vigília com vários fãs “celebrando” os 30 anos de morte dele.

(Na realidade eu nunca entendi esse negócio de pessoas serem lembradas pela data de morte. É tipo o John Lennon. Quando que falam dele? No aniversário de morte. A própria palavra “aniversário de morte” parece tão sem sentido para mim… mas enfim, sem divagações, continuemos).

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Películas para no dormir

Então, tempos atrás tinha ouvido falar dessa série de filmes feitos para o canal espanhol Telecinco e confesso que não me interessei muito porque mi spañol és fueda e eu jurava que “No” era um chinês que dormiria assistindo aos filmes, então pensei “Por que perderei meu tempo assistindo a um filme que fará No (o chinês) dormir?“.

Quando o Fábio contou que eram histórias de horror (e riu da minha cara por causa do “No”), até me dispus a perder meu tempo, já que os filmes desta série não têm pouco mais de uma hora. Começamos com La habitación del niño (ao contrário do que vocês devem ter calculado, não achei que era um documentário sobre horrores meteorológicos). Os primeiros minutos do filme me conquistaram na hora, especialmente depois que dei um pulo de susto.

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