You’re using coconuts!

Estava dando uma olhada em um site sugerido lá no Objetos de Desejo, chamado Paizo. A loja virtual vende artigos relacionados com nerdices em geral, o que vai de dados negativos (alguém que joga rpg pode me explicar para que eles servem?) além de bonequinhos fofos inspirados em personagens que fazem parte do livro de ouro das referências nérdicas, entre eles Cthulhu e Monty Python.

Como boa fã do Monty Python que sou, fui dar uma olhada nos produtos baseados no filme Em Busca do Cálice Sagrado. Alguns são bem sacados, tipo o coelho-grampeador, e os bonequinhos do filme (incluindo o líder dos Cavaleiros que Dizem Ni). Mas aí eu vi uma foto de um item e eu TIVE que clicar para ver as informações do produto, porque não era possível. Não. Não por quase 14 dólares. O que era?

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Número 23

Vocês sabem, eu não consigo resistir a um filminho de terror ou de suspense. Mas até que eu estava resistindo bem ao tal do Número 23, até porque quando li a sinopse achei de uma bobajaiada tremenda e, depois disso, não tinha uma alma que tivesse assistido que elogiasse o dito cujo. Aí é aquela história, né? Vários outros filmes para ver, o outro vai ficando para o fim da lista e tudo o mais.

Acontece que agora quase todos os filmes da minha lista de locação lá do NetMovies estão em espera. Btw, um dos poucos pontos negativos do sistema: uma vez que você não tem que se preocupar com multa de atraso e pode ficar com o filme o quanto quiser, tem gente que pelo visto se folga e fica um tempão, e aí eu, pobre mortal que só queria conferir Across the Universe e O Cheiro do Ralo, por exemplo, tenho que ficar com a “terceira opção” até que os filmes estejam disponíveis. Mas acho que eu estou também um pouco mal acostumada com o método ô-Ô-e-uma-garrafa-de-rum, então deixa para lá.

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A Hora Negra

Depois de [REC] resolvi investir algum tempo no cinema de terror em espanhol – o problema é que não é bem o tipo de coisa que basta só decidir, né? Tem que procurar e tudo o mais. Mas eis que tive a sorte de encontrar mais um suposto filme de terror Made in Spain, chamado por aqui de A Hora Negra (e lá de “La Hora Fría“). É tão bom quanto [REC]? Não. Vale a pena ver? Sim.

O problema de A Hora Negra é que é o tipo de filme que quanto menos você sabe sobre ele, melhor. E é um tanto difícil convencer alguém a ver um filme sem saber o que virá pela frente. Mas acreditem, eu teria gostado muito mais da história se eu não tivesse lido uma sinopse antes. Até porque a sinopse falava de zumbis, e meu zumbidar apitou (e até por isso que quis assistir ao filme), mas ele não é exatamente um filme de zumbi.

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40 anos de 2001

Hoje 2001: Uma odisséia no espaço completa 40 anos.  Eu até poderia falar aqui sobre o filme, mas aproveitarei a oportunidade para comentar sobre a neurose de seguir as listas dos “must“. Até porque esse filme eu acabei me forçando a assistir só por causa da tal da neurose. Explico: desde a primeira vez que coloquei a fita (é, porque na época ainda nem era DVD) para ver o filme do Kubrick, eu vivi uma espécie de maldição que consistia basicamente em não passar da parte dos macacos (sim, o início) sem dormir.

E aí é que está: por que me forçar a ver um filme que obviamente não me agradava, ao ponto de criar o sistema dos 20 minutos (para o filme a cada 20 minutos para fazer qualquer outra coisa e então retornar para o sofá)? Ah, porque TODO MUNDO que eu minimamente respeitava e/ou admirava babavam ovo para o filme. E daí? Hoje em dia fico aqui pensando se fez realmente diferença para mim, no final das contas. Ok, entendo piadinhas que façam referência ao HAL 9000. E?

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Não por acaso

Já tem algum tempo que quero assistir a esse filme, e finalmente pude conferir ontem (enquanto o Fábio deixava o computador novo nos trinques para eu usar). Quando li sinopses e críticas sobre o filme, fiquei ao mesmo tempo curiosa e com medo de que na ânsia de fazer um filme naquela fórmula “pessoas com nada em comum que acabam se encontrando por causa de determinado evento” (repetida com exaustão desde que 21 Gramas fez um razoável sucesso), o diretor errasse a mão.

Mas não é o caso. Neste primeiro trabalho de Philippe Barcinski que tive a oportunidade de conferir, confesso que fiquei bastante surpresa com a forma como ele abre mão da vaidade de fazer um roteiro desonexo que se encontra no fim (como em todos os filmes que seguem a tal da fórmula) e fala singelamente de como não temos controle sobre nossas vidas.

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A vida e a morte de Peter Sellers

Em outubro de 2005 eu assisti ao filme Muito Além do Jardim, que passou a fazer parte dos meus favoritos pela leveza com a qual contava a história do jardineiro Chance (interpretado maravilhosamente bem por Peter Sellers). O filme de certa forma serviu de empurrãozinho para eu alugar A vida e a morte de Peter Sellers, cinebiografia do ator, que não chega a ser um dos melhores filmes de todos os tempos mas vale a pena conferir – especialmente se você conhece os papéis interpretados por ele.

Está tudo lá: A pantera cor-de-rosa, Dr. Strangelove, Casino Royale… e claro, Muito Além do Jardim. O bacana é que ao concluírem a história mostrando o trabalho de Sellers como Chance, o roteiro relaciona personagem com autor a fim de justificar a vida que Sellers levou (o que não foi bolinho: aparentemente era perfeccionista ao extremo, o que rendeu bastante dificuldade).

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Piece of Me, Piece of You

Não, não vou falar de Britney ou coisa do tipo. Na realidade, passarei uma dica para o pessoal que curte histórias com zumbis, o video Piece of Me, Piece of You criado por Three Legged Legs. É uma animação/musical feita com marionetes, divertidíssima. Se gostar do video, continue lendo a página porque tem todas as informações de como ele foi realizado. Vale a pena, o resultado é muito bacana mesmo! Para assistir ao video, basta clicar na imagem abaixo (você precisará ter o Quicktime instalado no seu computador).

Muxtape, degustação e WordPress

Seguindo a dica do Knolex, resolvi dar uma olhada lá no Muxtape, site no qual você criar sua própria “fita” para compartilhar com os outros (em um máximo de 12 uploads, nenhum ultrapassando 10 megas). Parece bem batuta e obviamente voltei no tempo, mas desse assunto eu já falei no Hellfire anteriormente. Então fica a dica aí. Estou preparando uma fita só com músicas de trilha sonoras, assim que ficar pronta atualizo o post com o link.

Editado: Então aí vai minha fita de músicas de trilha sonora. Já aproveito para propor o desafio: em quais filmes essas músicas tocaram? Algumas são bem óbvias, mas acho que outras nem tanto assim, hehe.

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Ode to Baby Jane

Adoro vilões e anti-heróis. Tenho uma paixão tamanha por esse tipo de personagem que normalmente presto mais atenção no malvadão do que no mocinho (vide o caso de Star Wars, filme no qual o vilão Darth Vader chuta a bunda de todo mundo, digamos assim). E até por causa desse meu gosto pelo pessoal do “lado negro da força” que vivo acompanhando listas de maiores vilões de todos os tempos.

O engraçado é que sempre via a tal da Baby Jane Hudson na lista e nunca entendia por que diabos ela estava ali. Ué, o filme é “O que terá acontecido a Baby Jane“, certo? Então eu achei que era mais um daqueles casos de mal-entendidos como o A Malvada1, que todos pensam que “a Malvada” é a personagem da Bette Davis, quando na verdade é a Anne Baxter (Eve, All about Eve, sacou, sacou?). Mas não. Baby Jane é má. Má, má, má. Tão má que você sente raiva. Tão má que faz todo o filme valer a pena.

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  1. altamente recomendado!!! 

Plano 9 do Espaço Sideral

Algumas coisas ganham fama por causa da história por trás dos fatos. Eu sei que corro o risco de soar herege, mas Oscar Wilde era um sujeito que provavelmente ficaria ali na maré dos escritores querendo ser famosos se ele não fosse o indivíduo que era: aquele que a cada momento que abria a boca, lançava uma pérola pronta para ser repetida por anos e anos1. Não é que ele não seja bom, longe disso. É um dos meus favoritos, como muitos bem o sabem. Mas tem muita gente boa que não ganha destaque porque é conta histórias de forma excelente, mas não tem uma história de vida digna de nota, digamos assim.

É seguindo essa trilha que chegamos ao Plano 9 do Espaço Sideral. A fama do filme? Simplesmente a de ser a pior produção de todos os tempos. A história acabou se espalhando com maior facilidade após o lançamento de Ed Wood, cinebiografia sobre o diretor de Plano 9, lançada em 1994 (e apresentando um Johnny Depp ainda começando a brilhar no papel principal).

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  1. por exemplo, na alfândega: “não tenho nada a declarar, a não ser o meu gênio”