Laid to Rest

(ou: O que há com você, Dona Indústriadosfilmesdeterror?)

Ok, não é novidade que a indústria cinematográfica como um todo adora seguir ‘ondas’, ‘modinhas’ e afins. Ninguém é doido de nadar contra a maré com tanto dinheiro em jogo, certo? Pois então, talvez seja justamente esse o problema. Eu ainda acho que não é à toa que filmes ditos “independentes” como Juno e Pequena Miss Sunshine estão ganhando cada vez mais público. É um sintoma de que o nós estamos simplesmente de saco cheio de continuações, remakes e filmes que obviamente seguem uma receita de bolo.

O que assusta sobre isso é que mesmo os filmes de terror, que teoricamente são em sua grande maioria independentes e extremamente experimentais, estão entrando nessa onda covarde. Eu já comentei sobre isso anteriormente: começou com os diversos remakes. Agora vamos para a receitinha de bolo, com filmes como Laid to Rest.

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A Noite do Terror Cego

tombs_of_the_blind_deadSim, seria Anicamente impossível passar o feriado sem ter visto pelo menos um filmezinho. E então quando chegamos nas cntp (frio e comecinho de noite) fomos conferir um filme de terror espanhol de 1971, chamado La noche del terror ciego. Aliás, só para registrar, o título em português é de Portugal. Não consegui achar qualquer informação sobre o lançamento do filme no Brasil, que dirá qual seria o título “oficial” aqui. Mas deixemos isso de lado e vamos à história, sim?

Dirigido e escrito por Amando de Ossorio, o longa começa com uma viagem de um casal mais uma amiga para o interior. Por uma razão até meio estapafúrdia, uma das mulheres resolve saltar fora do trem quando está próxima de ruínas medievais, que depois sabemos ser habitadas por cavaleiros templários mortos vivos1 .

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  1. O diretor faz questão de apontar que seus cavaleiros templários não são zumbis, uma vez que eles são inteligentes e yadda yadda yadda. Para mim são zumbis, blé.  

Dead Snow (Død Snø)

Eu não lembro bem quem foi que indicou há uns tempos o filme Dead Snow (chuto que foi o Skywalker), só lembro que fiquei naquela de “Quero ver”, mas acabei não conferindo. Aí ontem à noite estávamos aqui em casa escolhendo o que veríamos, sondando as sinopses e tudo o mais, quando vejo lá o Død Snø, que no IMDb tem lá Grupo sai de férias yadda yadda yadda NAZI ZOMBIES. Uouuuuuuuu! Fiquei com vontade de assistir na hora. E lá fui eu.

O filme começa com uma cena MUITO boa, com uma garota correndo na neve. Toca como trilha No Hall do Rei da Montanha (um dos trechos mais conhecidos de Peer Gynt), o que conquistou meu coraçãozinho na hora. Pensa só, um filme com NAZI ZOMBIES e que abre dessa forma TEM que ser um dos melhores filmes de zumbi de todos os tempos. Poisé. Mas não é.

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Expectativas (e a falta delas)

Às vezes eu queria ser uma pessoa normal. Sabe, levar a vida na boa sem essa pira nérdica de correr atrás de informações, querer saber qual será o próximo álbum da minha banda favorita (e quando as músicas vazarão),  quando sairá livro novo de algum autor que curto ou ainda sem querer saber tudo sobre produções que estão para estrear. Conhecimento é legal, mas às vezes eu tenho a sensação que sou um daqueles moleques cheio de tralha no bolso. Ok que você viu o pôster novo do Sherlock Holmes. E daí? E daí que já tem video do Chico Buarque lendo o recém-lançado Leite Derramado? Etc.

Falo isso porque o sintoma principal dessa mania de informação é que eu crio muita expectativa sobre quase tudo. Cinema, por exemplo. Li tanta resenha sobre Na Mira do Chefe (In Bruges), e tanta gente falando do roteiro super-mega-power-tchan que uou, achei que veria qualquer coisa do naipe de Obrigado por Fumar ou qualquer outra comédia inteligente do tipo. Mas hum, não. Legal é. Tem alguns diálogos impagáveis e o Colin Farrell está ótimo. Mas não atendeu minhas expectativas.

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O Bizarro

Nos últimos dias Fábio resolveu procurar por filmes de horror mais bizarrinhos, não necessariamente trash, mas simplesmente fora daquela linha mainstream ou algo que o valha. Vou comentar sobre dois deles, mas peço que levem em conta que ambos se incluem no que seria o gênero “terrir”, então é o tipo de filme que simplesmente não dá para assistir se você está de mal com o mundo.

Um deles é  o franco-italiano (é O_o) O Dia da Besta (de 1995), o outro é Jesus Christ Vampire Hunter (de 2001). E algo que achei interessante é que de certa forma a música é uma questão marcante para os dois filmes, embora de forma diferentes.  E sim, certeza de que os diretores e o elenco seriam excomungados se vivessem no Recife. Vamos lá, aos comentários:

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Rapidinho porque tenho seminário para preparar

  • Estava esperando a segunda temporada de True Blood só para o próximo semestre, mas dia desses recebi a ótima notícia de que o primeiro episódio vai ao ar dia 3 de maio. Por coincidência, é também no começo de maio (mais precisamente dia 5 de maio) que chegará lá fora o nono livro da série de Charlaine Harris, na qual True Blood é baseada. O nome do livro é Dead and Gone e pelo que estão dizendo trará informações sobre o passado de Eric (incluindo aí até filhos, uou).
  • Falando no Eric, manja música que não sai da cabeça? Daquelas que você se surpreende cantarolandinho por aí? Pois é, estou nessa com Leif Erikson do Interpol. Essa música é linda *_*

Bandas de mentirinha… ou nem tanto.

Ontem voltei do cinema toda empolgada com Watchmen (sim, adorei) e fui dar aquela fuçada básica nos perfis dos atores para saber o que mais estavam fazendo além desse filme, até levando em conta que os jornais estão falando bastante sobre o fato de ser um elenco “sem estrelas”. Aí logo de cara vejo que o Dr. Manhattan é o Billy Crudup, que fez o Russell Hammond em Quase Famosos (“I AM A GOLDEN GOD!”, lembra?). Fiquei chocada, porque ok, e muito azul para reconhecer qualquer um ali, mas a distância entre o Hammond e o Manhattan é imensa.

Então, como minha cabeça funciona na base da associação, logo lembrei da banda fictícia do filme Quase Famosos, a Stillwater. E pensei na quantidade de bandas fictícias que a tv e o cinema já lançaram por aí, e por conta disso resolvi fazer um novo top5 :mrpurple: Portanto, vamos ao…

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Dublê de Anjo (The Fall)

Lindo. Lindo de tantas formas que chega a ser uma pena que seja lançado direto em dvd aqui no Brasil (chega dia 12 desse mês) e com esse título brega. Inicialmente você pensa que está assistindo a uma versão 2000 de Princess Bride, aquela coisa de um adulto contando uma história fantástica para uma criança. Mas as semelhanças param aí, até porque The Fall não é um filme para crianças, especialmente porque apesar da doçura da história, a verdade é que o tom predominante é o drama.

Mas vamos do começo: na Los Angeles da década de 20 uma menininha chamada Alexandria está internada em um hospital porque caiu de uma árvore enquanto colhia laranjas. No mesmo hospital encontra-se Roy (interpretado pelo pie maker de Pushing Daisies, o Lee Pace), que também se feriu em uma queda. Pouco sabemos das personagens no começo, eles são apresentados aos poucos. Mas a verdade é que elas cativam já nos primeiros minutos.

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Só para me enturmar

Sim, eu estive sumida. Mas não se preocupem, quando a ideia de acabar com o Hellfire passar na minha cabeça, eu sempre lembro de avisar aqui, he he. Então, o fato é: melaram minha pré-estréia de Watchmen. Eu fiquei triste às pampas com isso e desde já odeio a tal da empresa de eventos por trás da estréia aqui em Curitiba por causa disso. Mas rancorzinhos de lado, o fato é que eu vou amanhã, mas para falar de Watchmen como todo mundo está falando, resolvi compartilhar com vocês alguns links relacionados com o assunto.

Comecemos então com uma resenha bem bacana que o Knolex fez no Vida Ordinária: Alan Moore estava certo? Sim e não. O legal aqui é que ele fez uma resenha para quem já leu as HQs e para quem não leu. E eu tenho cá minha teoria que Watchmen é tipo O Capital1 da cultura dos quadrinhos, saca? Então se você não leu mas finge que leu, veja a parte da resenha escrita para os que não leram sem medo.

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  1. Sempre lembro do Erico Verissimo em O Tempo e o Vento falando que O Capital é provavelmente a obra menos lida e mais citada de todos os tempos