Momento *SÓ PARA RAROS* do mês

O CREPÚSCULO DOS RESENHISTAS (Hans Magnus Enzensberger)

Desde quando existem críticos? Desde quando eles deixaram de existir? As profissões e seus nomes aparecem e desaparecem; como figuras na divisão de trabalho, eles são sujeitos a obscuras regras de evolução cultural. Reconhecemos essa situação e a aceitamos, pelo menos em termos genéricos. É apenas no nosso próprio ofício que as coisas são um pouco diferentes. É extremamente difícil para nós acreditar que somos dispensáveis! No entanto, basta pensarmos no mineiro das salinas, no fabricante de espadas – para onde eles sumiram? -, no homem que faziam cestos, no que fundia latão, no fabricante de agulhas ou de esporas. É possível que, sem que nos déssemos conta, o mesmo tenha acontecido conosco. Uma extinção brutal, completa e abrupta costuma ser a exceção. Transições graduais, transformações imperceptíveis – é assim que as coisas costumam acontecer. As quantidades nas espécies ameaçadas vão diminuindo num processo dificilmente percebido pelo restante do mundo, até que o último desapareça. É perfeitamente imaginável que num futuro próximo perguntemos o que aconteceu com o crítico, o resenhista. Eles estavam lá, há questão de momentos… ou teriam sido frutos de nossa imaginação? Continue lendo “Momento *SÓ PARA RAROS* do mês”

O Que Eu Também Não Entendo

O Que Eu Também Não Entendo – Jota Quest

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo

Amar não é ter que ter sempre certeza
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo e não precisar fingir
É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso ser
Até eu mesmo que você vai entender

Posso brincar de descobrir desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo

Agora o que vamos fazer, eu também não sei
Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Estou aprendendo também

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso ser
Até eu mesmo que você vai entender

Posso brincar de descobrir desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo

Agora o que vamos fazer, eu também não sei
Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Estou aprendendo também

O Ladrão de Sonhos

Vi ontem. :mrpurple:

Eu já tinha citado ele ali na minha lista de filmes, não? Por coincidência, passou na tv ontem à noite. É do Marc Caro e do Jean Pierre Jeunet, o mesmo cara responsável pelo “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”. Eu acho que com isso já dá para ter uma leve idéia do que se esperar do filme.

“O Ladrão de Sonhos” (La Cité des Enfants Perdus) basicamente é a história de um homem que não consegue sonhar, e seqüestra crianças para roubar os sonhos delas. Como as crianças temem ele, todos os sonhos acabam se tornando pesadelos. Continue lendo “O Ladrão de Sonhos”

Conversa com a Sol refletindo só agora

… estávamos em uma discussão sobre alguns cursos da área de Humanas, e em dado momento falei algo como “se a pessoa se contenta em ser professora”.

Ela ficou putérrima, e pensando melhor, eu entendo bem o motivo. Até bem pouco tempo atrás eu não só me contentava com a idéia de ser professora como queria isso. Continue lendo “Conversa com a Sol refletindo só agora”

Prova de Amor

“Meu bem, deixa crescer a barba para me agradar”, pediu ele.

E ela, num supremo esforço de amor, começou a fiar dentro de si, e a laboriosamente expelir aqueles novos pêlos, que na pele fechada feriam caminho. Mas quando, afinal, doce barba cobriu-lhe o rosto, e com orgulho expectante entregou sua estranheza àquele homem…

“Você não é mais a mesma”, disse ele.

E se foi.