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Puck ainda está doente, uma coisa de partir o coração mesmo. Magro, magro… dá para sentir os ossinhos dele. Isso sem contar que quase não consegue andar, coitado.
Por via das dúvidas, vamos marcar consulta com outro veterinário para ver o que podemos fazer, já que o tal do Keflex não adiantou nadica.
Enquanto isso eu continuo me enfiando embaixo da cama para agradar e tentar dar comidinha para ele… Mãe sofre…

***

Olha, o plano era ter colocado isso aqui ontem, mas por algum acaso do destino a página do blogger passou a tarde toda aberta e acabei desligando o pc à noite sem escrever nada. Acontece, hehe. Enfim, agradecendo à Nana que foi tão cute e mandou isso para mim depois que soube que eu não tenho acesso a algumas notícias do UOL (malditos gremlins!!), lá vai:

Personagem sexy e independente completa 75 anos e ainda influencia celebridades e estrelas pop dos nossos dias

Betty Boop sopra velinhas
LUCRECIA ZAPPI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dona Betty Boop faz neste mês 75 anos. Ela anda meio sumida, mas a estrela mais coquete das animações, criada por Max Fleischer, ainda é símbolo da mulher moderna e da própria sedução.

Sua última aparição nas telas foi em 1988, em “Uma Cilada Para Roger Rabbit”. Ela ressurgiu em preto-e-branco para fazer uma ponta de garçonete. Sim, ela sempre pagou suas contas. Era o preço por ser tão avançada durante a depressão americana, quando passou a ditar como personagens tinham que se comportar nas telas.

Com pernas de fora e cinta-liga à mostra, a personagem estreou em agosto de 1930, em “Dizzy Dishes” e, em nove anos, participou de mais de 100 animações. Estava sempre ao lado do cachorro Bimbo. Ficou famosa ao cantar “Boop-Oop-a Doop-Girl”, de Helen Kane, e, durante seus nove anos de estrelato, Boop foi dublada pela atriz Mae Questel.

Atriz completa, cuja sensualidade se espelha nas divas dos anos 30, Betty cantava com voz infantil, dançava o “ula-ula” havaiano e, sempre que tinha uma brecha, como em “Any Rags” (1932) e em “The Old Man of the Mountain” (1930), Betty “Oops” dava um jeito de ficar só de sutiã.

Sedutora, Betty era quase uma refém de seu corpo. Não tinha o menor pudor para tirar pecinhas de roupa em qualquer ocasião e vivia roubando beijos de palhaços e até de gatos e cachorros. Chegou a domar leões, em “Boop-Ooop-a-Doop”.

Mas, de requebro em requebro, a moça acabou censurada. Sexy, segura e independente, frequentadora de cafés e de boates, Betty era demasiado progressiva para os moldes americanos da época, com personagens da Disney bonzinhos e inofensivos -alguma semelhança com os dias de hoje?

Em 1934 ela foi censurada. Se quisesse passear, teria que trocar seus modelitos tomara-que-caia por blusas de gola alta. Max e Dave Fleischer se enquadram nesse cinema que passa longe da estética do príncipe encantado, ao trazer personagens sexy e violentos, onde o jazz corre solto. Até 1934, o cinema americano estava cheio de
prostitutas, gângsteres e outros desajustados.

Betty passou a circular com um namorado chamado Fearless Fred e com um cachorrinho Pudgy. Seus vestidos ficaram mais compridos. A imigrante trabalhadora e de origem judaica virou uma dona de casa em “Minnie the Moocher”. Em 1938, os Fleischman foram para Miami, mas a atriz Mae Questel não os seguiu. Esse teria sido um dos motivos para que Betty se aposentasse e fosse tomar um sol na Flórida.

As pessoas sempre falam que sou parecida com a Betty Boop (especialmente quando estou com cabelo mais curto). Custei muito para perceber que na verdade elas estavam se referindo a uma característica que eu e a Boop temos em comum: o cabeção. Bleh!!!!!

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eternal
Change your heart
Look around you
Change your heart
It will astound you
I need your lovin’
Like the sunshine

Everybody’s gotta learn sometime
Everybody’s gotta learn sometime
Everybody’s gotta learn sometime

***

Sim, sim… revi Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças agora pouco. Sabe como é, com o namorado na casa dos pais o sábado fica incrivelmente mais comprido e entediante. Ainda bem que o Telecine me salvou dessa por algum tempo, muito embora eu deva confessar: filme dublado é uma droga.

Explicar o filme timtim por timtim para sua mãe também é muito chato, especialmente quando por causa de coisas assim você perde momentos fodas como a última conversa da Clementine com o Joel, mas o que importa é: esse é um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Tcharam!!

***

Joel: I don’t see anything I don’t like about you.
Clementine: But you will! But you will, and I’ll get bored with you and feel trapped, because that’s what happens with me.
Joel: Okay.
Clementine: Okay.

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Não sei se alguma vez vocês já fizeram esse tipo de experiência: ler um livro logo após uma pessoa bem próxima tenha lido também. Bom, como comentei há alguns dias atrás, eu estou lendo Gozo Fabuloso do Leminski, que o Fábio emprestou para mim pouco tempo após ler.

Eu estou obviamente me deliciando com a leitura, mas não é sobre isso que eu ia falar, mas sobre a tal da experiência. Bem, se vocês nunca fizeram isso, façam. É bem interessante, e dessa vez nem é a Anica fã de Literatura que está falando.

A questão é que você começa a ler alguns contos, se identificar com alguns trechos e aí se surpreende pensando no que essa pessoa próxima de você (no meu caso, o Fábio) pensou enquanto lia o livro: se teve as mesmas sensações, que tipo de recordação determinado conto pode trazer, etc.

Bem legal mesmo, sinceramente recomendo. E claro, recomendo a leitura do Gozo.

***

Já que o papo aqui hoje é Literatura, preciso deixar registrado que:

  • As aulas da Luci são muito fodas!!!!!
  • Eu tenho um novo Sonho de Consumo

    babar

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    Você percebe que seu país está em frangalhos quando no caminho da faculdade para o ponto de ônibus topa com duas manifestações diferentes… Aí eu estava pensando com meus botões, que alguém provavelmente já deu uma de esperto e quis faturar sobre essas manifestações, criando um tipo de CD MANIFESTATOR TABAJARA.

    Não, sério. Eu não sei se vocês já perceberam, mas as músicas que tocam são sempre as mesmas: alguma coisa do Chico na época da ditadura, ‘Brasil’ do Cazuza, ‘Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores’ do Geraldo Vandré, ‘Querem Meu Sangue’ do Cidade Negra, e por aí vai.

    Deixo a idéia registrada aqui. Caso ninguém esteja faturando com isso até o momento, acho que vou fazer um CD MANIFESTATOR TABAJARA para vender por aí. Depois que ouvi até gente pedindo impeachment do Lula, de repente é agora que eu fico rica.

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    Hoje eu estava esperando o Cristo Rei e aí lembrei que há quase seis anos atrás estava me despedindo de uma pessoa ali que disse um “Valeu, Ana Lovejoy. Foi um prazer te conhecer”. E aí me dei conta que caraca, são seis anos usando esse apelido!!

    Sabe, o mais bizarro é que se procuro pelo nome do meu irmão num google, por exemplo, encontro ele na lista de aprovados da UFSC, nos formandos do curso de Esperanto e por aí vai. E o único registro com meu nome real (e não Anicas e Anas Lovejoys da vida) é a página da Equipe Valinor.

    *Medo*

    ***

    O Fá comentou sobre falarmos de episódios do Star Trek em nossos blogs (é, daqui a pouco estarei usando roupa de ordenança hehe) e eu até pensei em fazer um top 5 de episódios dos quais mais gostei até agora, mas resolvi falar de um em especial para que seja possível compreender como eu, aos 24 anos de idade, acabei sucumbindo a esse novo vício.

    Ontem assistimos ao episódio Tomorrow is Yesterday, o meu favorito até agora. Por acidente a Enterprise acaba viajando no tempo e retornado ao ano de 1960.

    O que ficou realmente foda nesse episódio (fora o Kirkão que é todo fodão sempre, hehe) foi como colocaram os homens de 1960 vendo a Enterprise: como um OVNI. Legal mesmo, acabou rolando uma série de jogos de palavras com relação ao tempo e acontecimentos.

    E o melhor de tudo: sem grandes piras absurdas na hora de concluir a história. Fá me perguntou de qual eu gostava mais, se Star Wars ou Star Trek (pergunta inevitável, né): confesso, atualmente gosto de ambos. A questão é que Star Trek ganha pontos pela qualidade e por não subestimar minha inteligência. Sabe como é, nem só porque se trata de diversão que precisa ser uma droga.

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    Sabe, depois de ver tanta coisa acontecendo por causa de pessoas estúpidas carregando armas e principalmente depois de ver Tiros em Columbine, eu não consigo entender como ainda tem pessoas idiotas o suficiente ao ponto de serem contra a lei de desarmamento.

    Sério, viver em sociedade é uma merda. Pelo menos quando isso significa conviver com um bando de retardado que vê uma arma como prolongamento do pênis. Esse tipo de coisa me deixa muito puta. E lógico, só dá mais motivos para minha sociopatia.

    E-ca.

    Literalmente: se matem.

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    Não sei. A sensação que dá é de que o blog fazia mais sentido quando tudo estava de cabeça para baixo na minha vida. Vir choramingar aqui de certo modo era um tanto quanto reconfortante (mesmo porque meus leitores sempre foram educados o suficiente para não me mandar a merda por causa do chororô ).

    Enfim, só para deixar registrado que hoje eu sou uma pessoa feliz, porque posso ficar embaixo do cobertor comendo sorvete de flocos direto do pote assistindo Fritz Lang com o namorado e sabendo que toda a novela das Literaturas Inglesas finalmente acabou. Ueba!

    (e viva eu sem sono de madrugada!)

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    Uma vez eu estava lendo um texto na aula de Teoria da Literatura (cujo autor não lembro, sorry), que dizia que o maior problema para as pessoas compreenderem o trabalho de um crítico literário é que uma maioria de pessoas sabem escrever. Dessa forma costuma-se confundir os critérios de avaliação de uma obra, na maioria das vezes caindo naquele negócio de “ah, eu gostei da história então o livro é bom”, o que sabemos que não é exatamente por aí.

    Comecei retomando esse texto para explicar um termo que uso para definir excelentes autores, que é “artesão”. Não é meramente uma questão de contar uma história (embora eu reconheça que contar uma boa história é algo difícil bagarai), mas realmente trabalhar naquilo, utilizar as palavras não só da forma como todos nós (pobres mortais sem talento) usamos.

    Vou citar três exemplos disso que aproveito para deixar aqui como sugestão de leitura:

    a. “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa.
    Para falar sobre a dualidade humana, Rosa faz uma obra toda cheia de duplos em vários detalhes da obra. Por exemplo, a linguagem utilizada por Riobaldo ao contar suas histórias é tanto a do sertanejo quanto uma linguagem culta (o que dá um toque atemporal para a narrativa, há de se frisar). O tempo da narrativa varia a todo momento entre presente e passado. E por aí segue. Compreendem? Para provar seu ponto de vista, ele não conta simplesmente uma história: ele trabalha essa história.

    b. “Budapeste”, de Chico Buarque.
    É o tipo de livro do qual não posso falar muito senão estrago (ótimas) surpresas. Mas adianto que todos os elementos da obra estão voltados para criar o efeito da conclusão da obra, até mesmo a capa! É algo para dar um nó na cabeça mesmo, um livro dentro de um livro. E digo: o melhor livro que saiu em Literatura Brasileira nos últimos anos.

    c. “Laranja Mecânica”, de Anthony Burgess.
    Ahá, acharam que eu não comentaria da experiência de leitura nem um tiquinho? É realmente um livro impressionante, e o trabalho do Burgess foi além de criar um vocabulário para os adolescentes que ele queria retratar. A obra tem 21 capítulos (21 é a idade de maioridade plena na cultura anglo-americana), dividido em três partes de sete capítulos cada. Essa divisão é baseada no mónologo sobre as sete idades do homem na peça “As Thou Like it” de Shakespeare.

    Estão aí, três casos de sujeitos que foram além no uso das palavras. Não é meu único critério de avaliação, mas confesso que tenho uma queda por sujeitos que sabem inovar.

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    Sinceridade intelectual é isso: assisti O Cão Andaluz ontem à noite e confesso que não entendi nadica. Confesso também que foi uma experiência um tanto perturbadora. Enfim, diz a crítica que o negócio não é compreender o filme, mas de qualquer forma pensarei melhor sobre ele antes de avaliá-lo ou coisa assim.

    ***

    Eu, Fábio, Lu e Marlo fomos assistir A Fantástica Fábrica de Chocolates ontem no cinema. Eu não cheguei a rever todo o filme de 71 conforme planejado, mas algumas coisas dá para comparar sem medo de ser injusta.

    Primeiro, o toque “Tim Burton” que faz toda a diferença: é impressionante como ele sempre consegue deixar um qüê de bizarrice no ar. Com isso acho que o filme perdeu um pouco do tom infantil da versão anterior.

    Por falar em ‘infantil’, o molequinho que colocaram no papel de Charlie está *bem* menos irritante do que o do filme de 71. Sério, eu não conseguia simpatizar com aquele loirinho, esse pelo menos foi tragável.

    Não vou entrar na comparação Depp X Wilder porque são dois contextos completamente diferentes: no filme de 2005 temos até flashbacks mostrando a infância de Willy Wonka. E bem, convenhamos: Burton e Depp é uma combinação bizarra que sempre dá certo.

    Só para completar: os Oompa Loompas estão hilários!! As músicas mais engraçadas ainda! Para quem não gostava muito do filme antigo por causa das cantorias (como eu, hehe), ficará feliz em saber que elas são mais raras nessa nova versão.

    PORQUE SIN CITY É O FILME MAIS COOL DO SEMESTRE

    1. Porque foi baseado em uma obra de Frank Miller: Embora o fato de um filme ser baseado em uma obra de um sujeito que costuma fazer só coisas boas não seja de fato uma garantia (Alan Moore que o diga), a questão é que com Sin City a coisa funcionou. Desde a caracterização do elenco (se comparar imagens da HQ com as dos filme é coisa de ficar com o queixo caído) até mesmo os diálogos, a adaptação não deixou nada a desejar para nenhum fã.

    2. A escolha do elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Rutger Hauer, Elijah Wood, Benicio Del Toro e meu amadado salve salve Michael Madsen. E tipo, isso é SÓ O COMEÇO. Tem muita gente boa trabalhando nesse filme, não é nem questão de ser pop, é um elenco competente que segura muito bem a trama. E sim, a Jessica Alba tá gatinha bagarai como a Nancy. E foi legal pra caramba ver o Frank Miller atuando no filme também.
    3. É um filme noir: sim, é noir, em todos os sentidos. Seja pela presença de mulheres fatais, detetives, viradas de trama, seja pela atmosfera obscura e os contrastes conseqüentes da fotografia p&b com alguns detalhes coloridos. Quem gostou de filmes como “O Falcão Maltês” tem tudo para gostar desse também (mas que estejam avisados que há um elemento extra em Sin City: muita violência).

    4. Tarantino: Ele coloca as mãos em apenas uma seqüência do filme, mas com toda certeza uma das melhores: o momento em que Dwight está no carro com a cabeça do Jackie Boy. Carregada do típico humor negro, não tem como não perceber o toque do diretor nesse momento. Muito legal mesmo!
    5. Coesão da narrativa: O filme é dividido em três histórias independentes uma das outras (baseadas nas histórias ‘The Hard Goodbye’, ‘The Big Fat Kill’ e ‘That Yellow Bastard’ das HQs), mas que são unidas de um jeito bem interessante. Se em ‘The Hard Goodbye’ vemos a personagem Nancy apenas como coadjuvante (aparecendo rapidamente como uma amiga de Marv), em ‘That Yellow Bastard’ ela é uma das personagens pricipais. Todas as personagens tem relação entre si, aliás, não só as personagens, os lugares em geral.

    Enfim, filme dos bons. Só deixo como única ressalva que ele é um tanto exagerado na questão da violência, o que pode ser ruim para algumas pessoas. Tem canibalismo, cabeças decepadas, sangue jorrando para todos os cantos. Então, se você não consegue compreender o que esse tipo de elemento significa dentro de um filme assim, melhor nem passar perto de Sin City.