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“A Dream Deferred” (Langston Hughes)

What happens to a dream deferred?

Does it dry up
like a raisin in the sun?
Or fester like a sore–
And then run?
Does it stink like rotten meat?
Or crust and sugar over–
like a syrupy sweet?

Maybe it just sags
like a heavy load.

Or does it explode?

E quem nunca teve um sonho adiado? Aquela coisa que tanto queríamos e por milésimos (ou lindésimos?) de segundo achávamos que alcançaríamos para… bem, para então sentir o gosto decepcionante da postergação.

Eu já adiei alguns sonhos e até que soube lidar com as conseqüências dessa escolha. Mas não há muito o que se fazer se eles são adiados por si só, mais um daqueles momentos em que a vida aperta e desenquieta, como diria o senhor Guimarães Rosa.

E aí fica a pergunta: o que acontecem com esses sonhos?

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Barata“Momentos de iluminação literária” (ou “Da influência de traduções e seus mau entendidos”):

Leandro mostrou hoje a edição desse mês da Revista da Língua Portuguesa (custa 7,90 então é melhor pedir emprestado mesmo, he he). Várias reportagens interessantes, mas sem sombra de dúvida a que me deixou mais surpresa foi a de Gabriel Perissé, entitulada O imaginário em metamorfose.

Pois bem, do que se trata tal matéria? Que temos ali uma questão de tradução (e interpretação) herdada por décadas e décadas. Diga lá, quando falam de Kafka e A Metamorfose, qual é a primeira coisa que vem em mente?

… ah, o cara acorda transformado em barata e talz!“, você me diz. E não é que Kafka em nenhum momento fala de barata? No livro, Gregor Samsa (o “cara”) transforma-se em ungeheueren ungeziefer, o que traduzindo literalmente seria “monstruosa sevandija” que no caso seria um parasita ou verme imundo. Mas não barata.

Na reportagem Perissé revela que a escolha para a tradução desse termo um tanto incomum foi antes de tudo “inseto”, sendo que alguns associam a idéia de inseto à barata por ela ser tão repulsiva para nós, pobres humanos, quanto qualquer parasita ou verme.

Agora o mais interessante: Kafka pediu para o capista da primeira edição que não desenhasse o ‘inseto’. Se bem que é de se pensar: se tivessem levado esse pedido a sério, não teríamos a música Uma Barata Chamada Kafka (alguém lembra? hehe…).

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Olha só que coisa batuta: o DVD do terceiro filme da série Star Wars chega dia primeiro de novembro, com extras e tudo o mais. Finalmente poderei assistir hehehe. Como não poderia deixar de ser, o filme tem cenas cortadas e todo aquele blablabla que todo mundo tanto gosta.

Mais sobre o tal do DVD (incluindo a lista das cenas cortadas) aqui.

Por falar em Star Wars e nerdices desse naipe…

Ask Vader

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(to morrendo de sono, horário de verão sux)

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Fãs do Mr. Gaiman, preparem os bolsos!

Como se não bastasse as edições lindérrimas de Prelúdios e Noturnos e A Casa de Bonecas, decidem lançar agora uma versão de luxo de Orquídea Negra. E, digamos assim, o precinho de nenhuma dessas HQs é lá muito camarada, he he…

E agora chegamos ao ponto: vale a pena? Beeeeem… é um tanto complicado. Se você gostou de Sandman, provavelmente gostará de Orquídea Negra, mesmo porque é uma das primeiras dobradinhas Gaiman/Mckean. Mas a história não é tão bem amarrada quanto a escrita posteriormente, e tem como ponto alto mais a Arte do que o Texto.

Eu diria que trata-se de ‘artigo de colecionador/fã que tá nadando na grana’, e não exatamente um “must have” como os encadernados que estão saindo do Sandman. Trocando em miúdos: espera mais um tico que o preço vai baixar.

***

Eu ia roubar do As Dez Mais, depois do Eu Diria Que mas demorei e agora estou roubando do Covil do Dragão.

(Antes que eu me esqueça, ontem enquanto mexia no layout da Emily – rosa, hehe, assim posso ler – atualizei os links de blogs: o povo que não atualizava desde junho eu tirei fora, hmmkay? Se voltarem a escrever gritem)

Ok, então vamos ao furto. Sete coisas a meu respeito. Seven shall be the number thou shalt count, and the number of the counting shall be seven. Eight shalt thou not count, neither count thou six, excepting that thou then proceed to seven. Nine is right out. Once the number seven, being the seventh number, be reached, then lobbest thou thy Holy Hand Grenade of Antioch towards thy foe, who, being naughty in my sight, shall snuff it. (hihihihi)

7 coisas que eu odeio fazer ou de que tenho medo
Tenho medo de ladrão
Odeio falar em Inglês
Odeio coisa mal resolvida
Tenho medo do Gil
Tenho medo de vacas
Odeio falar ao telefone
Tenho medo de fogos de artifício

7 coisas que gosto
Literatura
Filmes de terror
Gatos
Tardes de outono
Café (com amigos, de preferência)
Bloody Mary
Silêncio

7 coisas importantes no meu quarto
Meus livros
Minhas HQs
Meus tarots
Meu computador
Meu cobertor roxinho
Meu Lancelote
Minha caixa de recordações

7 fatos quaisquer sobre mim
Eu faço um strogonoff ma-ra-vi-lho-so
Tenho problemas com cola e lã
Dou risada se estou sozinha num elevador
Não sei dirigir
Queria aprender a tocar sax
Poucas pessoas me viram sem salto alto
Danço e canto Moonlight Drive no chuveiro

7 coisas que eu planejo fazer antes de morrer
Aprender Francês
Viajar para a Inglaterra
Me formar (hihihi…)
Dar aulas de Literatura
Aprender a dirigir (e dirigir uma Ferrari, hohoho)
Terminar de ler Ulisses (aff.)
Ir a um show dos Rolling Stones

7 coisas que eu sei fazer
Yakimeshi
Interpretações de poesia
Mexer no vBulletin (hehehe)
Chantilly
Imitar o Geléia
Coreografía de ‘Toxic’ e ‘Last Kiss’
Fingir

7 coisas que eu não sei ou não vou fazer
Colar lã sobre um número 9
Comer bucho novamente
Fazer cálculos de cabeça
Passar roupa (não sei e não quero fazer hehe)
Falar ‘northstar’ sem me embananar
Usar o Excel
Não vou dançar a macarena na frente do Presidente, I’m sure.

7 coisas que eu acredito
Que um dia existiu Confetti menta
Que açúcar demais estraga o café
Que eu tenho tendência a repetir erros
Que algumas pessoas fazem xixi em piscina pública por pura maldade
Que a Bíblia é reflexo de um determinado período histórico e não deve ser interpretada ao pé da letra
Que fantasmas só existem da meia noite até às seis da manhã
Que o poder corrompe e por isso não acredito em qualquer sistema de governo que concentre o poder na mão de poucos

As 7 coisas que eu mais falo
Bagarai
‘Malditos Gremilins!’
Tipo
Loco de bom
Opa!
Tudibom
Putiada

7 celebridades por quem tenho um apreço especial
Oscar Wilde
Voltaire
Neil Gaiman
Morrissey
Edgar Allan Poe
Joey Ramone
Tarantino

7 pessoas que têm que responder isso AGORA

Bleh.

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zombiesOoooook. Eis que tenho o pior pesadelo da minha vidinha e então percebo que na verdade tenho assistido filmes demais. Sério, o sonho foi uma superprodução hollywoodiana com direção do Lorde Moldador, bizarro. Tinha começo, meio e fim, fim, fim (isso, três finais diferentes para os extras do dvd, he he).

Basicamente foi assim: zumbis dominaram a Terra e eu ficava fugindo para lá e para cá, buscando um lugar seguro. Nesse meio tempo seguem momentos como eu correndo de um zumbi que estava quase me alcançando e aí penso “O Fábio bem que ficou indignado com os zumbis corredores do filme novo do Romero” e aí o zumbi parava de correr. Ou ainda, eu fingindo ser zumbi para despistá-los como em Shaun of the Dead.

Então, ficam as lições do dia:

1. Pare de ver filme de zumbi se você é facilmente impressionável
2. Não coma pizza mexicana um pouco antes de ir dormir
3. Se tiver sonhos cinematográficos, anote tudo para depois vender a idéia

E é isso amiguinhos. *Miolooooos* hehehehe

Shaun

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Algumas perguntas:

  • Por que as luas dos outros planetas tem nome, mas a nossa é chamada só de lua?
  • Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força quando a pilha está fraca?
  • Se cárcere e prisão são sinônimos, por que carcereiro e prisioneiro não são?
  • Por que o Pateta, que é cachorro, anda ereto, veste roupas e fala, e o Pluto, que também é um cão, não faz nada disso?
  • Por que, ó Deus, POR QUE eu vou fuçar em coisas que sei que vão me deixar mal?

    Lição para o futuro: não saber (ou lembrar) de tudo é o que nos deixa ok, de vez em quando.

  • ***

    Stereo MC’s é foda. Lembrei disso vendo aquela propaganda da Claro na TV, na qual toca a música Connected (trechinho em audio lá da Amazon). Além de lembrar de uma época bacana da minha vida, devo dizer que morro de vontade de dançar sempre que escuto essa música.

    If you make sure you’re connected
    The writing’s on the wall
    But if your mind’s neglected
    Stumble you might fall
    Stumble you might fall

    *Anica mexendo involuntariamente os pés*

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    O dia em que não fui na minha formatura…

    Ok, acabo de lembrar da formatura do 2º grau: como tinha mudado na metade do ano do Nossa Senhora de Lourdes para o Dom Bosco (porque se continuasse no Lourdão reprovaria em Matemática, Física e Química – hehehe), fiquei de fora da formatura. Assisti a formatura dos meus amigos quando deveria estar me formando com eles.

    E não é que sete anos depois a cena se repete? Hoje fui à formatura das minhas amigas da faculdade, gente que conheci em 2001. Me desmanchei de tanto chorar durante toda a colação, como se estivesse em minha própria formatura. Porque quando a Ledinha fez piada sobre dificuldade inicial com Teoria de Literatura, eu sabia o que ela queria dizer. Quando falaram “mãs” eu sabia a qual professor se referiam. E bem, eram meus amigos e meus professores naquele palco, não só um bando de estranhos como costuma acontecer quando vamos assistir formatura de parente ou um amigo só.

    E foi tão lindo, lindo, lindo…

    A Ana Tezza abraçando o pai, caraca. Fiquei pensando em como ficaria feliz de estar assistindo a formatura do meu filho no palco, e não na platéia. O discurso fofo da Ledinha citando “os que não tiveram muita pressa” – depois ela veio falar pra gente que era de nós que ela falava, que queria muito que estivéssemos nos formando com ela). O Clodoaldo, que mereceu um monte de aplausos (ele é cego). A Elisa chorando na hora da homenagem aos pais, a Alice com um discurso lindo para os amores, o professor Benito como paranifo e a Luci como homenageada da turma de Inglês… e nossa, ver a Alice, a Ana, a Jana, a Ledinha, a Elisa, a Glau e tanta gente com quem convivi nos últimos anos, foi mesmo de apertar o coração.

    Até a Jô chorou.

    ***

    Enfim, depois fomos ao Dona Helena, e nos empanturramos de vinho, polenta e franguinho frito.

    Na mesa, “os que não tiveram tanta pressa” (eu, Alex e Jô) e “os que tiveram pressa” (Grau e Edir). Fazia tanto tempo que não conversava com eles que tinha até esquecido de como era bom. Foi muito divertido, valeu cada minuto (e valeu ter saído embaixo do maior toró também, he he).

    E já que comecei o post com uma recordação, fecho com outra: tão bom voltar para casa de táxi altinha de vinho e feliz com a noitada. Um mundo de táxis para casa às cinco da manhã…

    ***

    Instalei o tal do Extreme Tracking no Bró. Quase morri do coração ao ver que ISSO foi um meio através do qual chegaram ao meu blog.

    “Coisas fofas”, é? Tipo, o que leva alguém a usar uma ferramenta de busca para procurar “Coisas fofas”?

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhh, deixa eu ir dormir.

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    Confesso que no come�o das discuss�es sobre o referendo eu levantei a bandeira do SIM e achava um absurdo pessoas defenderem o N�O. Mas pensando bem em pr�s e contras, pesando argumentos e tudo o mais (e ignorando solenemente a propaganda imbecil que est� passando na TV e nos r�dios), minha preocupa��o agora � exatamente qual barulho a urna eletr�nica far� se eu apertar o 3 (porque veja bem, eu sou uma pessoa t�mida e n�o quero passar vergonha com b�����s e tal).A situa��o para mim � a seguinte: o que exatamente vai mudar com o ‘sim’ ou com o ‘n�o’? Armas ser�o devolvidas se o ‘sim’ ganhar? Acontecer� uma procura hist�rica por armas caso o ‘n�o’ ganhe? N�o sei, acho que em nada esse referendo alterar� as probabilidades de qualquer um de n�s morrer com um tiro na cabe�a por causa de um babaca qualquer. Na verdade, deveria existir algum tipo de referendo sobre a exist�ncia dos babacas na Terra, he he…

    No final das contas acabo concordando com o Tio Churchill: “A democracia � a pior forma de governo imagin�vel, � exce��o de todas as outras que foram experimentadas”.

    ***

    Para comemorar meu 9,0 em Literatura Inglesa II vamos para o momento…

    GEE, EU AMAVA POESIA E N�O SABIA!!

    Lemos hoje em sala de aula uma poesia extremamente linda do e.e. cummings, chamada “somewhere i have never travelled, gladly beyond”. A Luci, que � uma professora batuta, levou para a aula uma vers�o em portugu�s e musicada que o sr. Zeca Baleiro fez dessa poesia que – pasmem – ficou linda tamb�m.

    Vou colocar a poesia em Ingl�s e depois a vers�o do Zeca, porque eu sei que se s� coloco os links a pregui�a impera e s� o Higor l�

    Vers�o Original

    somewhere i have never travelled, gladly beyond
    any experience, your eyes have their silence:
    in your most frail gesture are things which enclose me,
    or which i cannot touch because they are too near

    your slightest look easily will unclose me
    though i have closed myself as fingers,
    you open always petal by petal myself as Spring opens
    (touching skillfully, mysteriously) her first rose

    or if your wish be to close me, i and
    my life will shut very beautifully, suddenly,
    as when the heart of this flower imagines
    the snow carefully everywhere descending;

    nothing which we are to perceive in this world equals
    the power of your intense fragility: whose texture
    compels me with the colour of its countries,
    rendering death and forever with each breathing

    (i do not know what it is about you that closes
    and opens; only something in me understands
    the voice of your eyes is deeper than all roses)
    nobody, not even the rain, has such small hands.

    Vers�o do Zeca Baleiro – Nalgum Lugar

    Nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente al�m
    de qualquer experi�ncia, teus olhos t�m o seu sil�ncio: no teu gesto mais fr�gil h� coisas que me encerram,
    ou que eu n�o ouso tocar porque est�o demasiado perto
    teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
    embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
    me abres sempre p�tala por p�tala como a primavera abre
    (tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa (2X)
    ou se quiseres me ver fechado, eu e
    minha vida nos fecharemos belamente, de repente
    assim como o cora��o desta flor imagina
    a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
    nada que eu possa perceber neste universo iguala
    o poder de tua intensa fragilidade: cuja textura
    compele-me com a cor de seus continentes,
    restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
    (n�o sei dizer o que h� em ti que fecha
    e abre; s� uma parte de mim compreende que a
    voz dos teus olhos � mais profunda que todas as rosas)
    ningu�m, nem mesmo a chuva, tem m�os t�o pequenas.

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    Hum. O filme do Guia dos Mochileiros é legal, mas não é tãããão legal assim. Faltaram algumas coisas, e eu tenho quase certeza de que quem não leu o livro perdeu as melhores piadas.

    Vejamos o que mais…

    … ah, sim. Eu sei fazer Frango Xadrez e Yakimeshi e nem sabia. Divertoso, ahn?

    Ú-au.

    ***

    Engraçado esse negócio de morar em apartamento. Você tem uma segurança relativamente maior, não precisa se incomodar em levar o lixo para fora (ou qual é o dia do lixeiro), nem se o gás está para acabar ou não.

    Em compensação, tem que lidar com a possibilidade de ver a vizinha do prédio da frente sem roupa na sacada, uma porteira que nunca está na portaria e te deixa para fora às 8 horas da matina e um vizinho aloprado que escuta músicas de desenhos dos anos 80 no último volume enquanto fuma maconha.

    Escolhas, né?