Eu não sou gato de Ipanema…

inescritos… sou bicho do Paraná! Não sei porque, mas sinto certa nostalgia ao ouvir essa música. De qualquer forma, queria antes de mais nada deixar claro que esse não é um post bairrista, embora tenha começado desse jeito. Nem quero falar das belezas do meu estado (repararam que no mapa da previsão do tempo está quase que só o Paraná azulzinho?!), muito menos de memórias do passado.

A questão é o mercado editorial no Brasil, e de quanta coisa boa perdemos por causa desse círculo vicioso do “ler clássico ou ler aqueles livros altamente divulgados”. Chega livro do Umberto Eco todo mundo fica louco para ler. Lya Luft e aquela campanha gigantesca envolvendo até cartazes na rua, fica quase impossível fugir. Até um Dan Brown para poder falar mal depois, a gente acaba lendo.

Continue lendo “Eu não sou gato de Ipanema…”

Literatura para o período da Copa

feverConfesso que ontem quando a Jo entregou uma daquelas tabelas promocionais da copa, com todos os jogos, horários, cidades sede e afins soprou um ventinho futebolístico e pumft: entrei em clima de Copa do Mundo. Em menos de meia hora já tinha programado um possível churrasco para às 13h do dia 18/06 (Brasil x Austrália) e já pensava em como era bom não ter aula às 18:30h na terça (dia do jogo de estréia do Brasil).

Acabei me animando tanto que na peregrinação pelas bibliotecas da cidade em busca de algo que servisse para minhas monografias, acabei encontrando o livro Febre de Bola do Nick Hornby (sim, o autor de Alta Fidelidade). E obviamente, acabei levando esse (junto com O Som e a Fúria e Teoria da Literatura do Eagleton). Por desencargo de consciência comecei lendo os dois últimos citados, mas no final das contas larguei mão e comecei o Febre de Bola.

Continue lendo “Literatura para o período da Copa”

Maus

mausAntes de mais nada, vou logo avisando que eu não tenho muita paciência com filmes, documentários e o que for sobre a Segunda Guerra Mundial, muito menos se cai naquele blablabla do Holocausto. Perdi a paciência com isso, porque é sempre tudo igual, e é sempre MUITO raro alguém “contar a história” de um jeito diferente.

Então por que diabos eu gosto de Maus, do Art Spiegelman, ao ponto de ficar lendo em qualquer segundinho que sobra? Porque, afinal de contas, Maus é sobre o Holocausto, então em teoria não tem nada que eu já não tenha visto antes, não é mesmo? Não, não é. Maus é genial.

Continue lendo “Maus”

Tem coisas…TUM!

calypsoQue só a wikipedia faz por você.Sabe aquela história de “uma coisa leva a outra”? Poisé. Eu li qualquer coisa sobre cafeína, então fui pra Guaraná e então… FANTA! Antes de mais nada, não sei se vocês lembram daquela história sobre o Minuano (acho que foi o post que mais rendeu assunto depois de meses postado, hehe). Enfim, a dona Wiki resolveu o problema deixando claro: a Fanta Limão foi substituída pela Sprite em 1984. Whoa!

Além disso, COMO SE NÃO BASTASSE, eles ainda têm uma lista de TODOS os sabores lançados em TODO O MUNDO. Não é foda?! Sério, se eu não tivesse que usar o Google para chegar a certos itens da Wiki, ela seria minha nova pastora. E as missas seriam celebradas com Fanta Calypso, direto da Argentina. :dente:

Para todos os níveis de nerdice

cãesO nerd juniores gosta um montão do Tarantino. Esteve na pré-estréia de Kill Bill (aliás, vive em discussões intermináveis sobre ser certo ou errado considerar Kill Bill como dois filmes diferentes ou como um só). Esse nerd juniores tem em casa um cd com trilha sonora dos filmes, e toda vez que escuta Girl You’ll Be a Woman Soon lembra de Uma Thurman de cabelinho preto (e não do Neil Diamond).

Porém, há uma outra classe de nerds, são os nerds gladiator. Esses não se contentam com zilhões de referências do mundo pop cultural. Nããão!! Nerd gladiator que se preze faz cosplay da Noiva em pré estréia de Kill Bill. Mais do que isso! Nerd gladiator que se preze, baba com notícias como essa:

Continue lendo “Para todos os níveis de nerdice”

Senhoras e senhores: George Bernard Shaw

shawNão é que eu não conhecesse a figura, ouvi falar muito dele. Inclusive em uma optativa que fiz sobre Sátira alguém levou uma página cheia de detalhes biográficos e citações do sujeito. Poréééém, nunca tinha lido nadica de nada dele. E eu tenho noção de que não poderei ler todos os livros do mundo, mas fico feliz por deixar a lista um tanto menor, então aproveitei o intervalo entre “O Continente” e “O Retrato” para a aula de Ficção e História, para ler Pigmaleão, um dos trabalhos mais famosos do Shaw.

O que dizer? Aparentemente, ele tinha a língua muito mais ferina quando tratava-se de Shaw falando do que do Shaw escrevendo. Pigmaleão tem muitas sacadas brilhantes, mas não é o tipo de peça que vaza ácido para todos os lados como podemos falar das peças do Oscar Wilde, por exemplo. Mas isso não quer dizer que ele não apresenta uma bem elaborada crítica social, que fica bem clara no caso de Pigmaleão.

Continue lendo “Senhoras e senhores: George Bernard Shaw”

It’s been a hard day’s night…

echoOk, não direi “hard day“, porque se eu aindei meio sumida foi porque estava praticando aquele difícil exercício da sociabilização durante o feriado. Show do Echo (lindo!!), casamento de prima, churrascada com amigos (xiboquinha!!!), rpg, aniversário do irmão… Enfim, pouco parei por essas bandas, mas a notícia boa é que tenho bastante novidades, hehe.

Como não sou boba de esgotar meu assunto num post enorme que ninguém lerá (eu ainda tenho minhas dúvidas se todo mundo clica no “ler o restante do artigo” 😛 ), vou dividir a coisa por partes. Eu até queria comentar por ordem cronológica e falar sobre minha primeira vez com o senhor George Bernard Shaw , mas quero primeiro falar…

Continue lendo “It’s been a hard day’s night…”

Curitibanidades, palestras e fetiches

Então, ontem fui assistir uma palestra da Barbara Heliodora sobre Otelo. Nessa palestra, o Diogo Vilela ilustrou os comentários da Barbara com uma leitura dramática (muito boa!) da peça. Lógico que valeu a pena, deu até vontade de reler Otelo. O que estraga são os curitibanos com suas curitibanidades…

1. Duas senhoras extremamente bem vestidas e fedendo perfume passam a segunda parte da palestra inteira tagarelando. É aquele tipo de gente que queria ser vista na palestra, e não assisti-la.

2. Um monte de gente de outros cursos não relacionados (leia-se “Exatas”) perdidos lá na platéia, obviamente tagarelando durante toda a palestra. O interesse deles era Otelo? Não, era o ator da Globo. Queria entender porque curitibano fica louco quando ator da Globo dá as caras por aqui.

Continue lendo “Curitibanidades, palestras e fetiches”

Por onde andará…?

stephen fryAlguns anos atrás (acho que agora já bate quase em 10), Zeca Baleiro escreveu uma música que seguia mais ou menos assim:

Por onde andará Stephen Fry
Por onde andará … Stephen
Ninguém sabe do seu paradeiro
Ninguém sabe para onde ele foi
Prá onde ele vai
Stephen may be felling all alone
Stephen never do this again
Come back home
Se correr o bicho pega Stephen

Continue lendo “Por onde andará…?”