Jessica Jones

Antes de começar, dois alertas:
1. Meu teclado está uma caca, posso ter comido algumas letras sem querer. Volto para editar aqui em outro momento.
2. Ahmm… spoilers, spoilers everywhere.

Na época que começaram a sair as primeiras notícias sobre séries do Netflix com personagens da Marvel, minha animação sobre Jessica Jones estava mais baseada no fato de que estavam dando chance para mulheres protagonistas no universo Marvel, mas era meio que só isso.

Pouco sabia sobre Jessica Jones, fora o que já seria o básico do enredo dessa primeira temporada: a personagem atuava como heroína (uniformizada e tudo), até o momento em que o Purple Man (peixe pequeno das histórias do Demolidor se comparar com o Kingpin) começou a controlar sua mente. Quando finalmente consegue escapar do controle do vilão, deixa de lado a vida de vigilante e passa a ser uma detetive particular.

E então o material promocional aparecia falando tanto do Purple Man (que na série não chega a ser chamado assim, embora esteja sempre usando roupas em tons de roxo) que pronto, apitou lá meu maior medo: que a história de uma heroína Marvel acabasse virando uma história de um vilão Marvel1. Como dá para perceber, nada me preparou para o que eu de fato veria assim que a série ficou disponível no Netflix em 20 de novembro.

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  1. eu tinha outro medo também, o de não conseguir esquecer da Shitagi Nashi enquanto assistisse, mas aí já é coisa minha, não da série 

A Head Full of Ghosts (Paul Tremblay)

Não sou exatamente fã de listas intermináveis de atributos físicos de personagens (o famoso momento “e ele olhou para o espelho e viu um cara alto, de cabelos escuros, etc”), ambientações ou qualquer outra coisa que envolva descrições em livros. Confesso que meu cérebro costuma ignorar as informações passadas pelo autor, e aí eu meio que imagino as personagens como pessoas completamente diferentes do que é descrito no texto – por isso eu quase sempre sou a última no bonde da revolta na hora da comparação entre livro e adaptação para o cinema.

De qualquer forma, mesmo sendo rebelde e deixando de lado as orientações do autor, tem um tipo de livro que respeito e sigo direitinho até o fim: as histórias de terror. O terror depende muito disso, de você conseguir se transportar para o momento narrado, como se estivesse com outras personagens. Porque veja bem: terror (bom) vem armado de sutilezas, de pequenas sugestões, ideias plantadas em parágrafos que parecem cheios de irrelevâncias que vão crescendo em sua mente conforme a leitura avança. E Paul Tremblay me conquistou justamente por esse horror sutil em seu A Head Full of Ghosts. Assim, de desligar o kindle e ficar com medo de dormir com a luz apagada à noite.

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