Se fosse possível fazer algo assim sem qualquer prejuízo eu adoraria poder separar alguns livros em duas partes. The Book of Strange New Things, por exemplo. Tem algo ali que seria um livro “uou, que foda, vocês precisam ler!”, mas também tem aquela série de torcidas de nariz que acabam esculhambando um pouco a coisa, ao ponto de você nem poder mandar aquela famosa frase de resenha de blog literário “mas esses pontos não estragam o todo”. Estragam sim. Mas estou me adiantando, só para variar.
Lançado lá fora em outubro do ano passado (e ainda sem tradução por aqui), The Book of Strange New Things tem uma premissa interessante: um novo planeta está sendo colonizado e Peter é chamado para, hum, “catequizar” os nativos. Você sabe, meio nos esquemas europeus chegando nas Américas. O negócio é que a esposa de Peter (Beatrice) não é selecionada para acompanhá-lo na missão, e ele é daqueles caras que ficam meio sem chão quando a mulher (que aparentemente cuidava de todos os aspectos práticos de sua vida) fica assim tão longe, podendo se comunicar basicamente através de e-mails (no livro o nome da ferramenta usada por eles é ‘Shoot’).
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