Eu sei que antigamente fazia posts de cada episódio para cada série que acompanhava, mas como deve ter dado para notar pela falta de posts, ando com uma preguiça tremenda para escrever (e ler e fazer qualquer coisa, que fase!), então para não deixar passar batido vou comentar algumas séries que estrearam nova temporada recentemente e que estou assistindo. Lembrando que ainda estou de ressaca pelo fim de Breaking Bad e nada do que vejo é tão bom quanto Breaking Bad e eu adoraria só falar de Breaking Bad e… ok, parei. Vamos lá.
HOW I MET YOUR MOTHER (S0901 até S0904)
Muita especulação sobre como seria a última temporada da série, ainda mais que agora todos nós conhecíamos o rosto da mãe. Aí começaram a surgir notícias falando que toda a temporada mostraria apenas o final de semana do casamento de Robin e Barney (confirmando minha teoria de que o nome da série deveria ser How I Met Your Barney) e eu fui desanimando. Mas aquela coisa, se você assiste oito temporadas, é claro que vai acabar vendo a nona nem que seja para saber qual será o desfecho. E aí chegou primeiro o episódio duplo de estreia, e então o terceiro e… agora recuperei minha esperança na série.
O episódio duplo foi legalzinho, bonitinho, etc. Melhores piadas foram com a Lily – eu como mãe detesto dizer isso, mas parece que sempre que Lily está dissociada do Marvin ela volta a ganhar espaço na história. Lily aliás foi a primeira a conhecer a mãe, e se continuarem nesse ritmo será bacana que cada um dos personagens vá conhecendo a mãe aos poucos. Sobre a mãe, ela é toda cute e parece uma versão feminina do Ted, mas convenhamos, os cinco têm oito temporadas contracenando juntos, desenvolvendo a química e ela chegou há pouco, então é claro que parece ainda meio deslocada ali (com aquela pinta de personagem-de-um-episódio-só).
O terceiro foi por enquanto o meu favorito, tem aquela dose certa do humor com passagens mais “ooowwwww”. Deu para rir de verdade, como era nos melhores tempos da série. O quarto não foi tão bom quantos os três primeiros, mas ainda assim foi melhor do que os da oitava temporada. Acho ainda que no quarto deu para ficar bem claro que Robin e Barney juntos não estão mais rendendo boas piadas, funcionando melhor quando estão com outras pessoas. A parte da conversa na praia, por exemplo, foi bem sacada e de longe bem melhor do que aquela história do casal procurando um lugar para uma última transa antes do casamento.
Enfim, para uma série que tem 24 episódios por temporada, ainda tem muito para acontecer, o que acaba me deixando curiosa sobre essa opção de descrever só os eventos do casamento. Espero que ali pela metade não vire só encheção de linguiça como foi toda a oitava temporada.
SLEEPY HOLLOW (S01E01 até S01E03)
Quando começaram a sair os nomes das séries que estreariam neste ano, bati os olhos na descrição de Sleepy Hollow e pensei “Outro Supernatural? Um só já não deu?” e coloquei a série na gaveta do “Não pretendo assistir”. Até porque caramba, olha a sinopse “Ichabod Crane is resurrected and pulled two and a half centuries through time to unravel a mystery that dates all the way back to the founding fathers.“. Mas aí vi no tumblr o tal do Ichabod Crane:
E opa, vamos mudar para a gaveta “Até que dá para perder uns minutos aqui”. Comecei bastante descrente, porque me parece uma tentativa tão óbvia da Fox de conquistar o público feminino que né, era uma questão de honra “não cair nessa”. Tentativa óbvia: o cara com sotaquezinho e todo charmoso usando roupas de época possibilita a existência de um homem no melhor estilo personagem da Jane Austen sem que necessariamente seja uma trama de época. A relação dele com Abbie, a policial, grita por um ship. E já mencionei que o cara é lindo? Ele é lindo. Então é isso, tava na minha cara e eu caí.
Porque especialmente depois do terceiro episódio a verdade é que eu tomei gosto e estou querendo acompanhar. A trama é completamente sem pé nem cabeça (adoro esse trocadilho, desculpa aí), mas aparentemente vai seguir aquela fórmula de “monstro do dia”, que era o que funcionava tão bem com Supernatural antes das piras dos anjos e o fim do mundo, embora ironicamente a trama de Sleepy Hollow pareça indicar um futuro parecido, já que o Cavaleiro Sem Cabeça é na realidade um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas olha, o terceiro episódio em especial está muito bom. Senta que lá vai spoiler!
AMERICAN HORROR STORY: COVEN (S03E01: Bitchcraft)
Eu ia esperar mais um pouco para assistir outros episódios antes de falar, mas verdade é que vi o primeiro hoje e fiquei muito empolgada. Eu ainda tenho minhas dúvidas sobre quão assustadora esta temporada pode ser (pelo menos se pensarmos nos fantasmas da primeira, e nos malucos da segunda), mas começou muito bem. A cena inicial é bem gore, mas depois disso o episódio é relativamente mais leve, servindo como apresentação de personagens (como já é de costume). Taissa Farmiga que ficou de fora na temporada anterior volta para essa como a jovem que descobre que tem uma “mutação genética” que faz com que ela seja uma bruxa. Ela aparentemente tem o pior poder de todos os tempos: mata o cara que estiver transando com ela de aneurisma cerebral. Uou. Ela é enviada para uma escola de bruxas em Nova Orleans, onde conhecerá outras três meninas que também são bruxas.
Mas o melhor desse episódio (e provavelmente de toda a série) é Jessica Lange no papel da bruxa “suprema” Fiona, ela está simplesmente perfeita. Tem uma cena em que toca In-A-Gadda-Da-Vida do Iron Butterfly que ficou simplesmente perfeita. Se continuar nesse ritmo eu nem me importo que esta temporada não seja necessariamente assustadora, mesmo. De qualquer forma o episódio foi dedicado às personagens mesmo, faltou colocar o conflito em jogo (porque não acho que será apenas essa história de bruxas sendo perseguidas).
Para quem nunca assistiu American Horror Story, vale lembrar que você pode começar da terceira temporada sem problemas, já que cada temporada apresenta uma história fechada, com mitologia própria. De qualquer modo recomendo fortemente a segunda, que foi muito boa. Ah, sim, aqui tem uma seleção daqueles teasers malucos que só fazem sentido quando começamos a ver a série.