Quem assiste séries de tv deve lembrar ainda da greve dos roteiristas, que começou em novembro de 2007 e seguiu até fevereiro de 2008. A coisa foi séria, ao ponto de arruinar completamente séries que tinham algum potencial (como Heroes) e mexer com o calendário de premiações. A lembrança pode não ser boa, mas foi por causa dessa greve que Joss Whedon teve a oportunidade de criar a ótima web série Dr. Horrible’s Sing-Along Blog. Nas palavras do próprio Whedon: “Once upon a time, all the writers in the forest got very mad with the Forest Kings and declared a work-stoppage. The forest creatures were all sad; the mushrooms did not dance, the elderberries gave no juice for the festival wines, and the Teamsters were kinda pissed. (They were very polite about it, though.) During this work-stoppage, many writers tried to form partnerships for outside funding to create new work that circumvented the Forest King system.” Ou seja: Dr. Horrible foi um jeito de não fazer parte do sistema dos grandes canais, provar que era possível fazer algo novo, diferente.
O musical tragicômico cujo protagonista é um vilão no melhor esteriótipo das histórias em quadrinhos foi dividida em três atos, cada um com pouco mais de quinze minutos. Cada ato foi ao ar em um dia diferente naquele ano, sendo disponibilizado para todos de graça (pelo que eu entendi, ficaram no ar até o dia 20 de julho daquele ano, quando então foram retirados do site). É um modelo que hoje em dia pode já até não ser mais novidade, mas naquele momento era bastante original e chamou atenção (valendo até premiações, vale ressaltar).