Dito isso, vamos agora ao trabalhos: John Dies at the End é uma adaptação do livro de David Wong, pseudônimo de Jason Pargin, um dos editores do site Cracked. Acho que é uma informação relevante para lembrar que embora o gênero principal do filme seja sci-fi (viagens no tempo, para outras dimensões, etc), ainda assim não dá para negar que há muito de humor, inclusive gerado pelo óbvio clima nonsense da história.
Depois de um breve prólogo, conhecemos David Wong, um carinha aparentemente bem normal que marca um encontro com um repórter para dar a sua versão dos fatos envolvendo a morte de vários jovens que estavam presentes em uma festa. Logo alguns elementos são adicionados, como o Shoyu – uma espécie de droga que faz com que quem a utiliza consiga fazer coisas inimagináveis como saber o que outra pessoa sonhou e ver o futuro, por exemplo. Ficamos sabendo também que o tal do Shoyu é na verdade uma forma de uma raça alienígena (ou algo que o valha) dominar nosso mundo, e acaba que David e John são as únicas pessoas que poderão salvar a humanidade (eu avisei que o filme era estranho).
O ritmo do filme é bastante rápido, com uma coisa acontecendo atrás de outra e você nem conseguindo completar um “wuuuuut?”, já tendo que engatar outro em seguida. Há muito na história que lembra Bill & Ted, não só pelo absurdo predominante, mas porque os protagonistas são meio bobos (pelo menos John é, o que talvez explique o título do filme, hehe). O negócio é que quem começar a ver a história sem saber algo sobre ela, pode acabar se confundindo com os minutos iniciais, já que David e John quase parecem com os irmãos Winchester, já que se apresentam como pessoas que solucionam “casos estranhos” (e toda aquela coisa de ter armas no porta-malas do carro, sério, achei que logo o Castiel apareceria ali).
Só que essas cenas iniciais já são no futuro, depois de já terem lidado com a ameaça de Korrok, com David já todo familiarizado com a ideia de realidades paralelas e as ameaças que chegam delas. Eu sei que tudo o que estou falando aqui parece bastante confuso, mas acredite, assistindo faz sentido e é divertido. Acho que o único porém são as piadas de humor mais estilo American Pie (sabe como é, nunca fui muito fã) que aparecem de vez em quando, tipo a de quando a maçaneta vira um pinto e John horrorizado grita que não tem como abrir a porta.
O desfecho dá a sensação de que pelo menos um John Dies at the End 2 poderá aparecer por aí, até porque já tem um livro de continuação (chamado This book is full of spiders: Seriously, dude, don’t touch it). E sim, aumentou novamente minha curiosidade para ler o livro – até porque vi muitos comentários dizendo que várias coisas acabaram ficando de fora (sim, de novo o bom e velho “o livro é melhor”). Ah, sim. Caso não tenha ficado claro no post, o John não morre no final. Até porque é série, então ainda não é o fim, pans. Aqui tem o trailer para quem ficou curioso, e para quem vai assistir, segue um drinking game que achei no Tumblr:
Cara, esse filme é demais. Faz tempo que não saia um bom exemplar do estilo.