Confesso que as primeiras páginas prenderam minha atenção porque eu simplesmente adoro essa teoria de que pequenos momentos banais dos nossos dias podem significar uma grande mudança em nossas vidas (acho que o exemplo mais lindo dessa ideia foi mostrado em um filme nacional chamado Não por acaso). Hadley por uma série de fatores acaba perdendo seu voo para Londres por exatos quatro minutos, e corre o risco de se atrasar para o segundo casamento de seu pai. Fica evidente logo de cara que a garota não está muito bem com a obrigação de estar lá, muito menos com o fato do pai casar novamente – o que a leva a questionar em muitos momentos o que diabos faz com que uma pessoa que tinha uma vida estável e boa largue tudo isso por causa de uma paixão.
Como que para responder a questão da menina, ainda no aeroporto enquanto espera pelo próximo voo ela conhece Oliver, um britânico bonitinho e engraçado que, por coincidência, também irá para Londres para um evento pelo qual não está muito ansioso. Enquanto esperam o avião e mesmo durante a viagem, vão conversando e se conhecendo e (óbvio) se apaixonando. A autora vai intercalando trechos de conversas dos dois com flashbacks de Hadley, que aos poucos vão revelando o motivo por estar tão brava com o pai (e desiludida sobre o amor). Apesar de a narrativa ser em terceira pessoa, é bem evidente que o foco é sempre Hadley: não há um momento em que possamos ver a história do ponto de vista de Oliver, o que até é um recurso interessante mais para o fim, até porque a história seguirá a fórmula básica das comédias românticas onde os romances são marcados mais pelos desencontros do que os encontros, digamos assim.
E então que chega um momento que você já entendeu os motivos de Hadley e os flashbacks começam a ficar completamente desnecessários (e chatos). Se o livro se sustentasse nisso, aí sim eu teria achado um desperdício de tempo, mas como paralelamente vai correndo a história de Hadley e Oliver, dá até para relevar. E aí é como eu disse antes, uma história bonitinha, fofinha, água com açúcar e por isso mesmo divertidinha. Oliver é um personagem extremamente encantador e apesar de Hadley parecer meio birrenta no final das contas você também acaba simpatizando com a garota e aí, tchans, torce pelo casal o que, convenhamos, é fundamental para que o leitor queira continuar a ler uma história romântica, certo?
Hmkay. Aí considere também que o livro é curtíssimo (224 páginas e com fonte grande) e pronto, dá para dizer que foi um prazer sem culpa. Em uma tarde dá para ler o livro todo, e até talvez pela imersão, depois ainda ficar com um tico de saudades de Hadley e Oliver. Para quem quiser dar uma conferida, a Record disponibilizou o prólogo do livro.
Legal Anica! Fiquei com vontade de ler! Gosto de intercalar livros levinhos com outros mais “cabeças” ! Me pareceu ser uma delicia de ler!
Abraços,
Flávia.
é gostoso sim =] tem uns trechos meio desnecessários que dá vontade de pular, mas no geral é bem legal ^^
Eu ainda sou o tipo de pessoa que não tem paciência para YA, com exceção daqueles que são muito bem recomendados (tipo John Green). Mas olha, esse me interessou. Eu já tinha visto a capa, é muito fofa mesmo. O título é bem sonoro, o que também contribui bastante para a divulgação.
E preciso indicar obras assim, porque né? Sábado é o dia dos adolescentes lá na livraria.
Abraços.
Ih, NIna, mas se você não curte YA fora os estilo John Green, acho que desse livro você só vai gostar da capa e do título mesmo =/
Eu adoro YA. E junta que tô numa fase tão light que ando sem vontade de ler outras coisas. Aí vi o seu texto e, antes de começar a ler, o título do livro tinha chamado a minha atenção (sou colecionadora de títulos, hahaha). Aí li o texto e gostei. Li o prólogo e gostei. Num sei quando, mas darei um jeito de ler.
eu li no kindle, se fosse livro de papel mandava pra vc =(
Own, que fofa, você. <3
Btw, preciso de um kindle, e me convenço disso a cada dia. Dona Alinde, no fim de semana passado, quando veio me visitar, trouxe o dela, só pra me deixar com invejinha. haha