X-Men (1992-1997)

Feriadão, vou dar aquela conferida básica no que chegou de novo no Netflix. E aí vejo que chegou X-Men, o desenho que eu mais adorava na minha adolescência! Caramba, foi total viagem no tempo, assisti quase toda a primeira temporada em uma noite só. Algumas frases eu ainda lembrava de cor (tipo o Gambit falando para a Jubileu que ela acabaria como a Tempestade… NA CAIXA hahaha). Aliás, fiz questão de ver a primeira temporada inteira com a dublagem – é a mesma de antes (inclusive descobri que o Seu Peru dublou o Dentes-de-sabre hahaha). Enfim, euforia euforia euforia, eu sei. Mas é que Esse desenho foi realmente muito importante para mim. Explico. Eu tive dois momentos de paixão por esse desenho: logo que conheci, quando eu tinha algo em torno de 13 anos e um pouco mais tarde, quando comecei a acompanhar na Fox (passava às 17hr) – lembro que eu e uma amiga corríamos para casa na hora dos X-Men. O engraçado é que apesar de adorar o desenho, não sei se por dificuldade em encontrar os gibis ou o que, eu só fui começar a ler X-Men em 1998, na época do cursinho.

Lembro até hoje o que me motivou a começar a comprar. Estava conversando com algum amigo aleatório do meu irmão na Rua 24 Horas (acho que estávamos matando aula no cursinho) e aí eu falei qualquer coisa sobre os X-Men e então ele comentou algo sobre a Psylocke (já fazendo piada sobre o fato de que nenhum personagem da Marvel fica morto por muito tempo). Fiquei curiosa e aí comprei a revista que anunciava o início da saga Massacre, comecei a ler e aí, pronto, garrei amorzinho. Lembro que o cursinho onde estudava ficava bem perto do centro histórico, onde tem uma penca de sebos – e lá que garimpei meus X-Men, a ponto de formar uma baita coleção. Fui conhecendo personagens, linhas de narrativa, eventos importantes – era como se eu tivesse lido X-Men desde sempre. E depois dos X-Men vieram outras paixões (inclusive uma época brinquei de desenhar heroínas peitudas nas apostilas do cursinho), e eu acho que se não fosse por eles, eu não teria conhecido coisa como Sandman, por exemplo (que aí sim, me puxou para um caminho sem volta para o amor pelos quadrinhos).

E essa história toda só para mostrar a importância desse desenho animado para mim. E de porque resolvi assistir novamente (ainda mais que sondando os episódios disponíveis, vi uns que a Globo não transmitiu, humft). O desenho é tosco, não nego. A qualidade da animação é para lá de duvidosa (o que dá para perceber em detalhes bobos como o braço do Wolverine que fica amarelo ou cor da pele aleatoriamente, por exemplo). Os diálogos são canastrões – especialmente as falas do Gambit, que sempre foi meu favorito. Tem também uma correria para se resolver as tramas que eu não percebia na época em que assistia. Mas é só tocar o tema do desenho e pronto, já estou lá, completamente encantada. E não é pela nostalgia. Lógico que pensar em X-Men é voltar para uma fase boa da minha vida, de tardes e tardes lendo gibi (e chorando com a morte do Homem Múltiplo, argh, nunca vou me recuperar dessa história). Mas o bom de rever os desenhos é que muito do apelo da história está lá ainda, é atraente mesmo depois de tanto tempo.

Quando digo atraente quero dizer que ontem à noite fiquei pesquisando qual seria a melhor “porta de entrada” para voltar para essas histórias. Eu parei tem um bom tempo já, mas sinceramente nem sei o motivo. Gostava muito do rumo que o Grant Morrison tinha dado para o time principal (sim, Emma é minha personagem favorita) e tinha umas histórias que eu achava ótimas, tipo as do X-Statix. Mas parei e fiquei perdida, e por isso a procura pela tal porta de entrada. Vamos ver se a vontade continua.

Algumas considerações finais:

– Eu sempre achei o Scott um bundão. Mesmo quando resolveu pegar a Emma, ainda achava um bundão. Mas sabe que revendo a série, rolou até uma empatia? “Po, Scott, te entendo, meu chapa”.

– Por outro lado, eu adorava o Gambit, e estou achando a personagem um saco. Preciso revê-lo nas HQs, de repente muda algo.

– Bumbum do Dentes-de-sabre

– Na realidade, fica a dúvida: esse negócio cor da pele é falta de tinta amarela ou é para ser a pele mesmo? Penso mais pelo uniforme da Jean. Lembro que nas hqs era amarelo, mas enfim, mó efeito estranho:

– Xavier é um mala, e tem pelo menos duas situações de perigo que não teriam existido se ele não tentasse manter algumas coisas ocultas de seus pupilos, bleargh.

– No final das contas foram 76 episódios ao todo. Mesmo que eu que tenha comido bola e a Globo tenha passado todas as temporadas, as chances de que tenham rolado váááárias reprises são bem grandes. Fiquei lembrando aqui do efeito Caverna do Dragão:  não chegou nem em 30 episódios, vi minha infância inteira mas não tenho a lembrança de que reprisava tanto.

– Agooora sim, posso dizer que valeu a pena a assinatura do Netflix.

– Brincadeira favorita: ficar reconhecendo personagens antes de falarem o nome. Especialmente quando aparecem rapidinho, tipo uma cena com o Alex e o Scott – nem falam o nome, mas é certeza que é o Alex.

9 comentários em “X-Men (1992-1997)”

  1. Fábio Kabral – Fábio Kabral é escritor, autor dos romances “Ritos de Passagem” e “O Caçador Cibernético da Rua 13“. Escreve também em seus blogs e redes sociais. Ator formado pela Casa das Artes de Laranjeiras, estudou Letras na UFRJ e na USP. Um dos fundadores do site “O Lado Negro da Força“. Já trabalhou como ator, dublador, livreiro e analista de mídias sociais. Palestrante de temas relacionados a afrofuturismo, afrocentricidade, candomblé, literatura fantástica, cultura pop e criação literária. Iniciado no candomblé e filho de santo do terreiro “Ilê Oba Às̩e̩ Ogodo“.
    kabral disse:

    AAAAaaaaaaahhhhhhh…!

    *__*

  2. Adorei o post – também sou fã de X-men (tanto quadrinhos, quanto animações), e eu acompanho há quase trinta anos, mas eu prefiro o X-men evolution por ser mais completo.
    Agora, se vc estiver querendo retomar a leitura, começa com X-factor, que é de longe o melhor título mensal mutante (com a liderança do Madrox).
    Mas eu tb acho que vc ia gostar das histórias do Dr Estranho (que eu adoro), e a Panini vai começar a lançar uns encadernados dele. Recomedo “Triunfo e Tormento” e “Shamballa”.
    Boa leitura 🙂

  3. Nossa, faz quase um ano que não entrava no seu blog, basicamente desde o post que você falava em acabar com o hellfire. Sempre gostei da forma que você escrevia e dava sua resenha de filmes, livros, etc. Sei que existia o meia palavra, mas não sei o porque, talvez (infelizmente) pela minha redução drástica de leitura de uns tempos para cá, nunca acompanhei o site, como acompanhava o hellfire.

    Finalmente terminei de ler a série A Torre Negra e bateu aquela depressão pós leitura que você já tinha falado. E nesse momento eu saio procurando tudo sobre o livro.

    Foi quando eu lembrei do seu blog, e vim ver se você já tinha escrito algo no passado sobre a série. Que surpresa tive quando vi que você voltou a escrever por aqui. Mesmo que a frequência não seja a mesma, fico feliz de saber que a roda ainda gira.

    Sáude e sucesso 🙂

    1. Olá, kuattto, obrigada =D

      Sobre a torre negra, tenho no meu kindle me esperando tem um bom tempo, de repente já para o ano que vem eu leio ;D

      Abraço!

  4. Eu passei mais de ano para terminar os 7 livros. Acho que foi a minha própria jornada em busca da torre 😉 e não me arrependo nem um pouco, gostei muito da série.

    Ah…não se deixa enganar com o primeiro livro hein, muita gente costuma parar logo depois dele. Foi escrito há muito tempo e foge um pouco do que viria ser o restante dos livros.

    Espero que se você chegar a ler, poste aqui no blog suas considerações. hehehe. 🙂

    Abraço

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