Poréééém, é fato que Cinquenta Tons Mais Escuros é bem mais tolerável do que o primeiro volume. Por tolerável quero dizer: não é bom, mas também não é mais tão ruim. A começar que a dona E.L. James resolve criar um enredo de fato. Isso faz toda a diferença, porque se for observar bem, a estrutura de Cinquenta Tons de Cinza era praticamente uma colagem de micro-contos eróticos, repetindo sempre a mesma sequência de criar a base para o momento em que Grey e Ana transariam e o ato em si, e o livro meio que é só isso, o que é obviamente chato (motivos explicados no meu post anterior). Mas, como disse, no segundo livro temos algo além disso. E. L. James lança mão de vários clichês de livros para mulherzinha, mas consegue criar uma situação de antagonismo e um pouco de mistério, que faz com que o leitor consiga chegar até o final (apesar de um certo mal uso de uma poesia linda de Emily Dickinson). Um pouco do passado de Grey aqui, a ex-sub louca acolá, um acidente com helicóptero, uma tentativa de estupro e vamos indo. Continue lendo “Cinquenta Tons Mais Escuros (E. L. James)”