Não tinha como ser diferente. Uma temporada tão ruim, com ideias boas jogadas fora e com ideias ruins ganhando cada vez mais tempo de tela, lógico que tinha que dar num season finale bizarro como o desse último domingo. Para falar bem a verdade, eu fico pensando aqui sobre o que vejo de True Blood desde a primeira temporada, e a sensação que tenho é que continuo assistindo não só por teimosia, mas por alguma esperança de que em algum momento eles conseguirão acertar a mão. Ok, a quinta temporada não foi tão ruim quanto a da Menade, mas o que conta negativamente aqui é que ela tinha tudo para ser uma das melhores, e agora está ali coladinha com a segunda como uma das piores.
Dois momentos nesses quatro últimos episódios deram uma amostra do que True Blood poderia ter sido. Com a explosão da fábrica e aquela regra de criar novos vampiros, Bon Temps fica cheia de novos vampiros, todos loucos e morrendo de sede. Aí temos o primeiro momento, com Sookie abrindo a porta para o legista da cidade, e então descobre que agora ele é um vampiro. O outro momento, com Alcide e o pai no trailer, sendo atacados por um grupo de novos vampiros. Pegue essas duas cenas e pense, como a quinta temporada teria sido ótima se tivessem focado nisso, na cidade infestada de vampiros que não estavam mais se importando em manter as aparências (até porque não tinham como). O horror/a tensão que poderia ser criado/a a partir disso é algo equivalente ao Salem’s Lot do Stephen King. Mas horror/tensão para que, quando obviamente a série resolveu tender para a comédia?
E comédia ruim, o que é pior. No final da quarta temporada todo mundo ficou empolgado com a volta de dois personagens bem marcantes para a série, Steve Newlin e Russell. E aí a grande ideia dos roteiristas foi fazer com que eles voltassem como um casal. E olha, poderia funcionar, mesmo. O problema é que voltaram como um pastiche do que eram, fracos, sem graça alguma. A relação de Russell com Talbot na terceira temporada era *muito* melhor explorada, o que deu até uma tinta de verossimilhança para a reação do Russell quando Eric mata Talbot.
De novo, acho que o problema é a quantidade enorme e desnecessária de plots secundários. Ou vai dizer que isso aqui era realmente necessário para um season finale?
E ainda: essa história do Jason vendo os pais? E Warlow/Sookie, se era para simplesmente ignorar isso no último episódio? Newlin sequestrando a filha de Luna? Etc. Tanta coisa, quando o que realmente importava era apenas Bill pirando o cabeção e Alcide finalmente se tornando líder da matilha. Só. Isso que estou falando só dos últimos episódios, mas vá lá: para que o grupo de ódio se era para ser algo tão rapidamente resolvido? Para que Hoyt? Para que a briga entre Jason e Jessica? Para que aquela história de Ifrit? Sério, não precisava. Nessas horas sinto falta do foco narrativo em primeira pessoa que temos nos livros, porque apesar de a voz do narrador ser a de Sookie (o que é um saco), ainda assim as coisas eram mais bem amarradas, e o que não era necessário simplesmente ficava de fora.
Mas ok, vamos ao balanço geral por personagens:
Sookie: não sei se a Anna Paquin já estava grávida na época das gravações, mas nessa temporada dificilmente daria para chamá-la de protagonista. Apareceu muito pouco, e se esteve presente no momento final da temporada, foi mais por uma forçação de barra de “Bill só ouvirá você”.
Bill: sempre foi uma personagem “mais ou menos” para mim, mas nessa temporada beirou ao insuportável.
Eric: único personagem que não encheu o saco e que se manteve fiel às principais características.
Pam: teve seus bons momentos, principalmente se for comparar com as temporadas anteriores. Parecia mais “Pam” mesmo. Só não ficou legal o excesso de agressividade com a Tara.
Sam: durante a temporada por mais incrível que pareça foi uma das personagens mais interessantes. Mas depois ficou meio pointless ali na trama principal.
Alcide: ganhou pontos comigo nessa temporada, embora as partes com a namorada nova tenham parecido completamente desnecessárias para mim.
Lafayette: começou mal, mas parece que finalmente acertaram a personagem ao que era e o que tinha de melhor.
Jessica: estão conseguindo estragar uma ótima personagem com essa coisa de te amo não te amo com o Jason.
Jason: estava tudo bem até esse último episódio, com os fantasmas dos pais aparecendo.
Tara: continuo achando chatinha, mas como vampira ela melhorou. Algum potencial para ficar melhor na sexta temporada, veremos.
Demais personagens: morram, vocês são um saco.
Sobre o que provavelmente teremos para a próxima temporada:
– Bill como vilão (só vejo isso como positivo porque dá espaço para o Eric dar uns pegas na Sookie, há!)
– Jason virando um odiador de vampiros MAIS UMA VEZ (lembrando que ele já tinha se alistado na Fellowship of the Sun), só que agora ele vê os fantasmas dos pais
– Alcide como líder da matilha, talvez dê uma sumida por conta disso
– Bellefleur com quatro meninas-fadas para criar
– Warlow aterrorizando Sookie
Enfim, eu não digo que não vou assistir a sexta temporada, óbvio que vou dar uma sondada nos primeiros episódios. Mas se continuarem cometendo os mesmos erros, faço como fiz com Supernatural e abandono no meio mesmo, sem dó. Tanta coisa boa para ver, não dá para ficar perdendo tempo com coisa que não dá nem mais para definir como guilty pleasure.
HAHAHAHAHA…
Tenho nem o que dizer, foi uma bosta.
Erraram muito, dilaceraram a verossimilhança, desperdiçaram bons plots, exageraram nas tramas paralelas, etc.
Acho que, assim como fiz com Heroes (blergh!) e com X-Men atual das comics, continuarei acompanhando porque adoro essas excelentes ideias que eles tanto desperdiçam, me ajuda bastante a bolar boas histórias – além de ser um exemplo do que NÃO FAZER (exemplo: excesso de desvio do foco principal).
Pra registrar: ADOREI o beijo entre a Tara e a Pam. rs
Até o ano que vem! Continue com o blog, eu sempre acompanho, embora quase nunca comente. rs
eu tb gostei. a tensão sexual era óbvia, só acho que exageraram demais no comportamento da pam nos outros episódios, era grossa demais com a tara, não precisava daquilo.
mas a tara realmente ganhou uns pontos. por matar o xerife (agir por conta própria e talz) e por não ser exatamente um carneirinho da pam. no começo achei que isso daria caca, mas parece que vai dar certo.
Acho que ainda vale a pena acompanhar pra ver essa Tara vampira e esse Bill vilão.
Acho que a Pam grossa demais até se justifica por não querer assumir que gostava de verdade da neguinha, lol.
Tara vampira é muito, muito melhor que a chatíssima apavorada de sempre. Até o Eric a respeita agora, haha. Gostei muito quando ela matou o xerife emo.
Já esse Bill… era meio o desfecho óbvio. Demorou para darem um upgrade de poder no personagem. Achei que iam fazê-lo quando ele lutou contra a rainha lá cujo nome esqueci – achei que o fariam sugar todo sangue dela e assim ficar mais forte, como funciona em Vampiro: a Máscara. Mas tomar o sangue de Lilith foi até aceitável… vamos ver como será. ADORO quando paladinos e escoteiros decaem e viram monstros depravados, mas não trabalharam muito bem a queda do Bill… mas vamos ver como será na sexta temporada, já que acabaram com as cotas de vampiros velhos – mataram todos da Autoridade, mataram o Russell (se bem que há esse tal Warlow aí…).
Veremos!