Por falar em Cuddy, eles resolveram da forma mais simples possível a saída de Lisa Edelstein do elenco: House vai para a cadeia por ter jogado o carro na sala de Cuddy, passa meses lá sem qualquer contato com pessoas de fora, e quando volta, uou, o mundo já não é mais como era. Foreman é o novo diretor do hospital, a equipe de diagnóstico foi desmantelada e inclusive a sala de House já foi ocupada pela ortopedia. Essa estranheza dos primeiros contatos de House com a nova realidade já renderam momentos que por si só já foram melhor do que todos da sétima juntos.
Mês: outubro 2011
Pergunte ao Pó (John Fante)
É ele quem abre a edição da José Olympio, com uma ótima introdução que representa muito bem o encontro de um leitor com uma obra que o modificará, que entrará na lista dos favoritos e por lá ficará muito tempo. É quase como mágica, as frases simplesmente vão aparecendo em um ritmo único, como se fosse uma canção feita para hipnotizar uma pessoa. É difícil chegar a uma resposta sobre o que especificamente encanta, mas Pergunte ao Pó é simplesmente apaixonante.
Supernatural S07E03: The Girl Next Door
Problema: foi muito rápido. Isso era coisa que poderia ter rendido um episódio inteiro, e seria foda. Mas não sei porque diabos resolveram economizar tempo para isso, e aí o Bobby reaparece (do tipo “ei, eu não morri”, quando podiam ter deixado o suspense no ar para pelo menos uns dois episódios a mais), pega o Sam super rápido e o Dean consegue escapar de muletinhas e pronto, tudo ok. Sério, esse negócio do hospital ter Leviatãs tinha tudo para ter rendido uma ótima história, mas fazer o que, segue lá para o monstro do dia, uma kitsune (raposa).
Como me tornei estúpido (Martin Page)
Em Como me tornei estúpido temos Antoine, um rapaz de seus vinte e tantos anos que se dá conta que é infeliz por causa de seu senso crítico e inteligência. A primeira saída que encontra para o problema é o alcoolismo – esse momento é o que Page usa para já alertar o leitor que seu livro é cheio de humor, e principalmente humor nonsense: Antoine não consegue se tornar alcoólatra porque com meio copo de cerveja já entra em coma. Ele busca então o suicídio, e um curso para tal, mas logo acaba deixando de lado a ideia. É aí que começa o projeto de se tornar estúpido.
American Horror Story: Pilot
O foco aqui é a casa para onde uma família muda, tentando deixar o passado para trás. Saindo de Boston para Los Angeles, a família Harmon já tem na bagagem um filho morto e um caso de traição que envolveu a mulher vendo o marido com a amante na própria casa. E quando eles pensam que vão encontrar a paz que precisam para reconstruir as próprias vidas, descobrem que na verdade chegaram em uma casa que tem sua própria bagagem. Continue lendo “American Horror Story: Pilot”
Por que não sou cristão (Bertrand Russell)
Em uma coletânea de 14 ensaios envolvendo principalmente religião, Russell mostra de forma clara sua visão a respeito do que é crer e dos motivos pelos quais ele não crê. Em alguns momentos, talvez até mesmo pelo senso de humor e simplicidade com o qual discursa sobre tema tão complexo, ele lembre bastante os artigos de Richard Dawkins, biólogo famoso por suas duras críticas às religiões. Mas não achem que por Russell ter sido um filósofo Por que não sou cristão trata-se de um livro apenas para iniciados, qualquer um com um mínimo de curiosidade sobre o assunto pode acompanhar muito bem os ensaios de Russell.
Dylan Dog e as criaturas da noite
E aí chegou a notícia de Dylan Dog: Dead of Night, adaptação meeeeesmo do meu personagem do coração. Eu desde o começo estava um pouco cética, até porque nas primeiras informações já se sabia que personagens como o Groucho não estariam no filme (e desculpem, eu adoro o Groucho e acho que faz falta sim). Mas tudo bem, de qualquer forma eu tinha que conferir, até porque ao ver o trailer eu tinha ficado bem curiosa e até com alguma esperança de que não fosse de todo ruim.
Supernatural S07E02: Hello Cruel World
E a ideia é excelente, porque joga muito bem com a hora em que não se sabe reconhecer a realidade. As alucinações de Sam envolvem Lucifer revelando para ele que ele nunca deixou o inferno, e Sam acredita nisso, passando a achar que sua vida com Dean e Bobby é que é uma ilusão. Chega a dar agonia nas horas em que Dean está falando com ele e ao mesmo tempo Lucifer também está, deixando Sam cada vez mais confuso.
Zuckerman Acorrentado (Philip Roth)
Nesta coletânea, talvez até por termos Zuckerman em cena a questão da identidade do judeu abre espaço para uma combinação entre essa mais a questão da identidade do escritor. O quanto da vida de alguém que vive da escrita está refletido em suas obras, de como por pertencer a um determinado grupo social o autor acaba carregando consigo uma espécie de obrigação em falar de seu povo, e mais – falar bem. São essas as questões que tomam conta de Zuckerman Acorrentado, alinhavando os três romances e o que é considerado seu epílogo. Continue lendo “Zuckerman Acorrentado (Philip Roth)”