E a casa com seus quase 100 anos de histórias horripilantes tem muito e muito para oferecer – pelo menos para fechar uma ótima temporada e acho que talvez até uma segunda. É só ver o caso de Home Invasion (S01E02), em que uma história do fim da década de 60 (quando a casa aparentemente funcionou como uma fraternidade) acaba surgindo com a chegada de um grupo que gosta de copiar assassinatos famosos. Foi um episódio muito bem sacado, e rendeu alguns bons sustos – isso que, só para variar, eu não tinha assistido à noite.
Mas o terceiro episódio, Murder House (S01E03) eu finalmente vi à noite. Eu não sei se foi por isso mas me pareceu o mais assustador dos três, dei um pulo quando a câmera foca na parte de trás da cabeça da Nora (e vá lá, nem é um truque novo, isso já tinha me assustado em O Sexto Sentido). Mais uma vez temos o fantasma do episódio, mas aqui foi mais legal porque em parte os fantasmas estão relacionados com a história principal da série.
Primeiro tem a Moira, que ficamos sabendo que foi assassinada pela vizinha maluca (o que foi aquele bolinho envenenado do segundo episódio?!!) e que vai ficar presa para sempre na casa, embora tenha tentado fazer com que Ben descobrisse seus ossos e retirassem do quintal. Aí depois teve a Nora e o caso do médico que fazia abortos clandestinos na casa – é a primeira história da mansão, se for pensar bem (embora vá lá, isso é inesgotável, poderiam falar até que foi construída sobre um cemitério indígena ou algo que o valha).
De qualquer forma, as duas histórias não trazem muito mistério para a série em si, mais amarram pontas do que as deixam soltas. Eu achei inclusive que o que aconteceu com Moira só fosse aparecer lá para o final da temporada, revelaram bem cedo. O que ainda resta de dúvida sobre a casa (fora quais foram todos os assassinatos que ocorreram lá, é evidente), é qual é a do menino Tate (no Meia Palavra o JLM deu o palpite de que ele é filho da vizinha louca, e é um fantasma também, gostei dessa teoria), o que é o espírito do mal no porão (que pode ser o próprio Tate, se pensarmos que como fantasma a Moira muda conforme as pessoas que olham para ela, de repente o mesmo pode acontecer com Tate) e o que diabos emprenhou a mamãe Harmon (note que a figura só apareceu no primeiro episódio).
Enfim, estou gostando bastante. Gostei inclusive que eles responderam já uma das dúvidas principais que surge quando falamos de casas mal assombradas: por que diabos a família não muda logo dali? Deu a sensação que estão montando uma boa história, e não só fazendo um apanhado aleatório de (re)contação de histórias de fantasmas. Trocando em miúdos, vou continuar acompanhando.