De fato, os três primeiros episódios são mornos se comparados com os demais ao longo da sétima temporada. Alguns estão entre os melhores de todos os anos, como Two Stories (S07E13), Bombshells (S07E15) e After Hours (S07E22). Houve uma preocupação visível em tentar coisas novas sem que isso significasse necessariamente aloprar toda a estrutura básica da série como podemos assistir há tanto tempo. A inclusão de algumas referências da cultura pop (seriados, filmes como Pulp Fiction, excelente trilha sonora, etc.) chegam para enriquecer ainda mais os episódios.
Por falar em chegar, como Olivia Wilde precisou sair por uns tempos para gravar Tron, entrou no lugar dela a personagem Martha Masters (interpretada pela atriz Amber Tamblyn). Gostei muito da personagem, por mais contraditório que isso possa ser, já que ela era um pé no saco com aquela coisa de ser toda certinha e nunca mentir. Mas de alguma forma ela se encaixou bem com o resto da equipe, e ofereceu bons elementos para a relação entre eles, e principalmente com House (que tentou a todo custo trazê-la para o lado negro da força, hehe). No episódio que ela passa o bastão novamente para a Thirteen confesso que fiquei até com dó, queria que ela continuasse.
Sobre a Thirteen, não sei se foi embalada pelo sucesso com Tron, mas a sensação que dá é que aumentaram a importância dela dentro da equipe, e não só isso. De repente ela ficou badass. Ela sempre foi a mais fraquinha na equipe, e nos últimos episódios era a que sempre dava as melhores sugestões do que os pacientes poderiam ter, não gostei muito disso. Mas sobre os outros membros da equipe (Chase, Foreman e Taub) gostei muito da participação deles. A sensação que dá é que os roteiristas estavam bem atentos na tarefa de fazer com que eles evoluíssem, mas sem que perdessem a essência principal de cada um.
Eles ainda são os mesmos, mas se observar bem, cresceram e muito. Taub por exemplo, não tem nada a ver com o que era quando chegou na equipe, mas mantem suas características principais. Estava ótima a relação dele com Foreman durante essa temporada, até porque deu chance de conhecer um pouco mais dos dois além do que eles são quando provocados por House.
Sobre House e Cuddy, a relação foi explorada ao máximo e eu acho até bom que a Lisa Edelstein não tenha assinado o contrato para a próxima temporada. O que aconteceria com os dois? Voltar ao que era antes não funciona, porque a graça da relação deles era justamente a tensão sexual. Sem isso, só com o rancor de ter tomado um pé na bunda, vai virar dramalhão. Prefiro terminar a temporada pensando em como eles vão arranjar as coisas sobre a saída dela (e bem, sobre ela e o Wilson estarem bem putos com o House) do que pensar que as únicas possibilidades são eles voltarem a ficar juntos ou voltar ao que era antes disso.
Falando do final da temporada, achei que o season finale deixou um pouco a desejar, pelo menos se comparar com alguns episódios ao longo da temporada (o Out of the Chute (S07E16), por exemplo, foi agoniante, tenso do começo ao fim) e mesmo com outros season finales. Não acho que o que House fez realmente tenha provocado tantas questões como quando ele se dá conta que está tendo alucinações, ou quando leva o tiro, por exemplo. De qualquer forma, mesmo com a conclusão mais fraca, o “meio” da temporada foi muito bom, e eu que já estava falando de House pulando o tubarão, a verdade é que agora quero continuar vendo a oitava temporada e até fico meio chateada com notícias de que ela pode ser a última (“meio” porque sinceramente acredito que as coisas precisam de uma conclusão quando ainda são legais, vide a caca que estão fazendo com Supernatural).
E agora ‘bora colocar The Walking Dead em dia! _o/