O negócio de o começo não ser “essas maravilhas” é porque achei meio enrolado. Se no primeiro e no segundo livro tínhamos aquela sensação quase de jogo de video game, passando de fases (ou seja, de aventura para aventura), aqui tudo é mais parado porque o grande risco que Harry enfrenta inicialmente são os dementadores (lembrando que estou lendo a edição inglesa então não faço ideia se traduzi certo os nomes).
Aí tem bastante Quadribol, bastante aula, fugas e afins, e a ameaça constante de Sirius Black. Nessa questão tem o principal problema da leitura mais tardia da coleção. É TANTA gente que adora a personagem que eu nem precisei queimar muito fósforo para saber que o sujeito não era malvado como davam a entender. No máximo seria um anti-herói, mas no final das contas não era de fato risco para o protagonista. Então essa parte perdeu um pouco a graça (já retorno ao Sirius!).
Outra parte que perdeu a graça foi o Lupin, que desde o começo a Rowling joga suspeitas sobre ele mas vá lá, nome latino já entrega a coisa. Lupin, lupino, lobo, blablabla. Não era nem metade do livro e eu já sabia qual era a natureza da personagem, embora eu deva dizer que foi um dos professores mais bacanas que apareceram ali em Hogwarts.
Sobrou assim tentar descobrir qual era o segredo de Hermione. Eu tinha chutado um feitiço de multiplicação, então ao aproximar da conclusão foi uma boa surpresa descobrir que eu estava errada. Mas convenhamos, saber como Hermione estava assistindo tantas aulas não é o suficiente para atiçar a curiosidade de um leitor. Mas eu segui aos tropeços, até chegar ali por uns 70% do livro (deus abençoe o Kindle!).
Aí a coisa muda completamente de figura. Esses 30% finais da história eu devorei em uma noite só, e adorei. E acho que é por conta disso que tanta gente elege Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban seu livro favorito. Foi muito legal saber mais sobre os pais de Harry, e o protagonista finalmente entra de fato em uma aventura nos moldes dos primeiros livros, então é um capítulo atrás do outro com surpresas e ótimos momentos.
E nisso voltamos ao Sirius Black. Como comentei, não consegui enxergar nele a figura perigosa que a escritora tenta passar inicialmente. Mas gostei muito da personagem, até porque não tem nada de certinho como a maioria das personagens “do bem” tem. E ele dá um alívio para a vida do coitado do Harry, então não tem como não gostar dele, né?
No geral gostei bastante, apesar do início mais enrolado. A porção final da história foi realmente a melhor das três que li até o momento, e verdade seja dita até fiquei bem curiosa sobre o quarto livro, mas acho que agora em dezembro terei bastante coisa para resenhar para o Meia Palavra então pelo visto minha meta não será cumprida. Mas tudo bem, prometo ler toda a coleção antes dos 31, há!
Esse é o meu livro preferido da série, acho que é por aparece o Sirius, eu adorei ele. E também por que esse livro é um pouco diferente dos outros, tipo, não tem o Voldermort querendo matar o Harry o tempo todo, muda o disco um pouco, né..rsrs
Acabei de conhecer seu blog, e no pouco que eu olhei já fiquei fascinada! Eu estava pesquisando sobre o A Volta Parafuso, do Henry James e cheguei no Meias Palavras. e de lá pra cá foi um pulo.
Eu li Harry Potter e a Pedra Filosofal com 10 anos, em 2000, e me tornei fã da série. O 2º livro eu não gostei tanto até a metade até que depois desanda e fica bom. Quando li o 3º, lembro que o considerei o meu favorito entre os três primeiros. Relendo a série esse ano (tô no A Ordem da Fênix), não achei tãoooo legal assim O prisioneiro de Azkaban, mas por já saber as melhores surpresas da obra. Ainda assim é muito bom pelos personagens novos, Lupin e Sirius!
=D