Eu achei que já estava atrasada com The Walking Dead também, mas acabei de ver que o terceiro episódio só vai ao ar hoje, então ufa, vamos que vamos. Depois do impacto do primeiro episódio (simplesmente perfeito), acho natural ver o segundo episódio como algo mais morno, mas acho que o “morno” aqui é bem relativo, só se realmente for comparar com o anterior. A qualidade continua, a tensão continua, está tudo lá – mas não mais com aquele efeito da novidade pesando, digamos assim.
O primeiro episódio acabou com Rick numa furada, preso em um tanque com um monte de zumbi ao redor. Começamos o segundo episódio (Guts) com ele sendo salvo por um adolescente, que o apresente para um grupo de sobreviventes. A história foca principalmente na tentativa deles de abandonar o prédio onde estão, agora que Rick fez a besteira de atrair todos os zumbis ali para perto com a esperteza de sair atirando feito um louco (vamos lembrar que ele já sabia que isso não era a coisa mais sabida a se fazer, certo, meninos?).
Os momentos com o grupo foram de tensão pura, o que fez com que o episódio fosse tão bom. O momento em que Rick e Glenn estão cobertos de sangue andando no meio dos zumbis e começam barulhos de trovadas no fundo são agoniantes: alguns zumbis chegam tão pertinho que chega a arrepiar, só de ver. E mesmo o confronto entre o branco e o negro que poderiam ser meio anticlímax acabaram servindo primeiro para mostrar a tensão do momento e segundo, e o que achei mais legal, para deixar bem clara a nova realidade: está todo mundo ferrado, e quem não se unir acaba rodando.
Para ser bem sincera, a única coisa que não gostei foi o modo como o outro grupo de sobreviventes foi inserido no episódio. Pelo que eu entendi a irmã da loira é a outra loira que está com o grupo do Rick, certo? E que então os dois grupos tem contato, e o policial está mais próximo da família do que pode imaginar. Ok, essa questão é legal. Mas por exemplo: ainda não entendi como é que a mulher dele se engraçou lá com o melhor amigo. Porque se for pensar bem, ele não deve ter passado TANTO tempo assim abandonado no hospital, senão teria morrido de fome e desidratação, certo? Então ela é galinha mesmo e já tinha um romance com ele ou e galinha mesmo e está usando a perda do marido para pedir um consolo (hehehe, sou tão engraçadona)?
A questão é que a falta de perigo aparente vivida por esse grupo acaba constrastando com o outro, que está com zumbi até as orelhas. Aí você fica tenso com o Rick correndo um monte para salvar a própria vida e de repente corta lá para o pessoal cozinhando cogumelos ou fazendo fuc-fuc no meio do mato. Enfim, achei meio estranho, mas não estragou o episódio, não.
No geral foi muito bom e vou continuar acompanhando mesmo. O legal é que tenho visto que várias pessoas estão assistindo também, então vai ter com quem discutir. Odeio começar a ver uma série e só um ano depois ter gente para conversar sobre ela, tipo como foi com True Blood ¬¬ E aviso para quem já leu as HQs: eu não li, e as perguntas que faço aqui são pensando na narrativa da série na tv. Não quero spoilers, não, humft!
Concordo totalmente. Não tinha como ser tão bom como o piloto, mas mesmo assim Guts foi um episódio excelente.
Esse lance de “imitar” os zumbis me lembrou Shaun of the Dead, só que de um jeito bem mais… nojento.
Meu seriado preferido atualmente, com certeza.
Abraços.
hahaahah eu tb lembrei do shaun of the dead
Anica, essa série está demais. Está muito próxima dos quadrinhos, o que é excelente, pois o Rob Kirkman conduz a tensão nas HQs muito bem.
Quanto ao lance da diferença entre quem está na cidade e quem está no acampamento, está bastante ligada ao fato de na cidade a concentração humana ser bem maior que no meio das montanhas, logo tem bem menos zumbis no mato e dá até para fazer um “fuc-fuc”, haha.
Eu tb estou adorando a série. E olha que nem gosto de zumbis!
Quanto a mulher do Rick, na HQ é só um lance de uma noite que eles “mandaram ver” e nada mais. Só que eu achei a HQ bem fraquinha (li até o 5, por enquanto). A história é boa, mas achei a narrativa horrível.