Porque convenhamos, as coisas foram resolvidas de um jeito meio desleixado (digamos assim) e para piorar, nada de muito interessante sendo prometido para a temporada seguinte. Sam matou ou não irmão? A mãe de Tara pega o pastor! O bebê de Rene será um assassino? etc. Que coisa mais chata. Foram poucas coisas realmente interessantes ou que simplesmente eram pelo menos o que se esperava para essa conclusão de temporada.
Gostei do Lafayette, com essa coisa de conseguir ver o que as pessoas estão querendo esconder. Ok, é tipo MAIS um “poder mutante” na pequena Bon Temps, mas vamos lá, esse até que foi bem imaginado – e pode render coisa boa, se realmente mostrarem algo na próxima temporada. Digo isso pensando na Jessica, que do final da segunda temporada prometeu tanto e nesse ano acabou ganhando pouco tempo (embora alguns momentos dela tenham sido bons, terminar só como “mulé do Hoyt”, aff.). Quanto ao Jason foi no mínimo estranho e de certa forma surpreendente para quem estava esperando que seguissem exatamente a trilha dos livros. No final das contas está lá ele, responsável pelos pobrinhos da região.
Os “humanos” ficaram com duas cenas completamente deslocadas, pelo menos para a conclusão de um arco. Hoyt e aquela conversa com a mãe e Summer, muito sem noção aquilo e muito pointless. Ok, a mãe de Hoyt vai surtar na próxima temporada e ter um dia de fúria – é o máximo de coisa “legal” que consigo pensar quanto a isso. E aí tem Sookie, a protagonista, desaparecendo numa nave-fada com os amiguinhos d’outro mundo. Não gostei, e não gostei também do papel dela dentro da trama dos vampiros.
E é quanto aos dentuços que eu fiquei mais decepcionada com o fim da temporada. Primeiro aquela coisa nada a ver do Godric falando com Eric (fantasma de vampiro atinge um nível completamente novo do sobrenatural, ahn?), aí Sookie salvando Eric e Russell e depois se abrindo para Alcide – que óbvio, é a solução dos problemas dela já que não é vampiro. A parte de Bill traindo Eric foi ainda pior, porque acabou ficando meio sem pé nem cabeça: foi só para mostrar que o Russell ainda pode estar vivo? E o que foi aquela cena da luta de Bill com a Rainha? Pouparam dinheiro para pagar o cachê da Evan Rachel Wood em mais um episódio e fazem algo como aquilo?
Enfim, no final das contas a temporada FOI boa, porque começou muito bem e conseguiu manter esse ritmo até pelo menos a metade, caindo um pouco depois e MUITO lá para o final. Acho que das três temporadas ainda é a melhor, mas é uma pena pensar que tinha tanto potencial e acabou ficando nisso. Ainda acho que o problema é que está sendo dado tempo demais para algumas personagens secundárias meio sem graça (Arlene?) e estão criando ainda mais personagens assim (irmão do Sam?) e acabam perdendo um pouco o foco no que realmente interessa.
Por exemplo, os lobisomens (com Alcide) simplesmente sumiram. A loucura de Russell que poderia ser melhor explorada teve o ponto máximo naquela cena do telejornal mesmo. E assim segue. Para a temporada que vem tem mais fadas, e os bruxos que colocaram de relance nessa vão ganhar mais espaço: ou seja, mais personagens, menos desenvolvimento do que realmente importa. Mas tudo bem, se eles tentarem manter o ponto principal do quarto livro, pelo menos será um ótimo ano para quem é Team Eric, hehe.
Final lixão, mas nem consigo reclamar. Loucuras psicodélicas. Juntam-se aos vampiros lobisomens, fadas e bruxos. E fantasmas de certa forma – ou seja, o cast do World of Darkness (cenário de RPG) está completinho, olha que bacana!
Nem é.
Mas, sei lá. Já foi. Melhor temporada, de qualquer forma. Engoli o final nada a ver com nada, sei lá porque. Tudo zoado.