Enfim, vamos à primeira questão, sobre como o Duchovny se sai sem ser Mulder. A resposta é: muito bem. Ao encarnar Hank Moody, o escritor que não consegue escrever mais nada de novo e se encontra em plena crise de meia idade, nosso querido agente do FBI fica lá para trás, esquecido.É uma outra pessoa, outra personagem e Duchovny consegue deixar isso bem claro desde o início. Tchau, Mulder! Olá, Moody!
Fala da série em si é algo estranho, porque pelo menos de forma geral a primeira temporada não vai muito além do que comentei acima. A questão é que a tal da “crise de meia idade” de Moody envolve o fato de que além de não conseguir mais escrever nada, ele ainda lida com as consequências do que ele julga uma péssima adaptação de um livro seu para o cinema, além é claro de ter que aceitar que a ex-namorada já está em outra e quase casando.
E ele não aceita muito bem isso, porque desde o primeiro episódio deixa bem claro que ainda é apaixonado por ela, e a quer em sua vida, para criarem juntos a (esquisitinha) filha Becca. A tal da paixão que soa meio esquisita, já que desde o primeiro episódio fica bem claro que Moody não consegue manter o passarinho dentro da cueca e mesmo quando tenta, o amigo e agente Charlie acaba trazendo ele para a putaria.
E sabe que a parte do sexo sempre foi o que mais ouvi falar de Californication, e sim, TEM bastante sexo, mas eu achei que ainda assim é mais equilibrado do que em True Blood. Ok, podem me chamar de louca, mas a sensação que dá é que pelo menos em Californication há uma razão de ser, não fica aquela coisa meio gratuita como as transas de Jason na primeira temporada. Enfim, não é série para criança, mas também a coisa não é tão absurda assim.
E no final das contas sem nada de muito surpreendente nem algum enredo que de fato inspirasse a curiosidade, eu fui assistindo episódio após episódio porque Hank é uma ótima personagem: ele é todo errado, consegue ser um chato com quase todo mundo com quem tem que se relacionar, mas ao mesmo tempo tem algo de bom nele, e você quer que ele dê a volta por cima e consiga publicar um livro e ser feliz com Karen e Becca.
O que chama a atenção é que no final das contas as maiores antagonistas da temporada foram mulheres. Você pensa que em uma série como Californication o tal do “girl power” já era, mas é só ver o que Mia faz com Hank e Dani com Charlie para entender o que estou dizendo. De bobas elas não têm nada (e gee, que raiva da Mia. Vontade de dar uns socos ><‘).
Resumindo, é no mínimo curioso o modo como a série pode prender a atenção sem querer vender nada de muito especial junto. Mesmo com uma conclusão de temporada meio hollywoodiana demais para meu gosto, fiquei bem curiosa para ver a segunda, mesmo tendo lido por aí que é a mais fraquinha das que já saíram.
Buenas, eu sou suspeita pra falar, amo Arquivo X e o David. E Californication entrou no rol das séries favoritas logo no primeiro episódio.
E te prepara, que a coisa só melhora.
beijos
Eu e a Dani adoramos Californication, apesar de eu concordar contigo sobre o final comédia romântica da S01. Mas a série como um todo se desenvolve muito bem. O final da S03 é FODA.