Ok, dado o recado, vamos lá. Com Jude Law no elenco, trata-se de uma adaptação do livro Repossession Mambo, de Eric Garcia (a tradução já foi lançada aqui no Brasil com capa semelhante a do filme e título Os Coletores). Remy, a personagem principal, é um dos melhores coletores da empresa onde trabalha. Faz o serviço muito bem, até o dia em que (ironicamente) recebe um coração e começa a ter problemas com o trabalho (e consequentemente, com o pagamento do transplante).
E no geral é um filme bem legal, divertido. O problema é que é meio… hum… esquizofrênico. São duas horas e praticamente três filmes diferentes ali. A primeira parte (que apresenta Remy e seu trabalho como coletor) lembra de certa forma os bons tempos do Guy Ritchie, com violência bem temperada com senso de humor. E é essa primeira parte que talvez salve a experiência geral de assistir Os Coletores, porque no final das contas desenvolve bem o protagonista e você se importa com o enrosco dele quando o prazo para o pagamento do coração começa a apertar.
O problema começa com o que seria o segundo filme, no qual Remy decide salvar uma cantora drogadita que conheceu nos velhos tempos em que não tinha coração artificial. Já começa pelo fato de que a tal da cantora é interpretada por Alice Braga, mandando MUITO, mas MUITO mal. Somamos a isso o fato de que a personagem em si é extremamente irritante e que não dá para engolir muito bem o romance repentino entre as personagens (do tipo arriscar a própria vida em nome do amor? wtf?).
E aí fica naquela coisa da fuga do casal devedor, a parte mais “ação” do filme – até porque Remy vai ter que ir contra todo um sistema do qual ele fazia parte anteriormente. Aqui vale ressaltar os ótimos momentos com o ex-chefe Frank (interpretado por Liev Schreiber), ótima personagem que funciona bem como antagonista sem ser necessariamente “o malvadão”, é só o sujeito quer não quer colocar o dele na reta como nosso herói faz por qualquer drogadita que encontra, digamos assim.
O que seria o terceiro filme é aquela ideia de sci-fi “vamos zoar sua cabeça, hááá!” (hum, eu não sei se existe isso, mas eu já tive minha cabeça zoada pelo Philip K. Dick o suficiente para acreditar que exista tipo um subgênero assim). Aqui obviamente quanto menos eu falar, melhor. E não se deixem levar pelo comentário sobre o Philip K. Dick porque não chega ao nível dele, isso é bom frisar. Mas digamos que surpreende, até porque quando chega ali pelo fim, você meio que já chegou a conclusão que o filme é só a fuga de Remy e da cantora.
Eu dei uma sondada e as informações sobre lançamento aqui no Brasil estão meio desencontradas. Vi em algumas páginas que já saiu direto em DVD, mas ali no IMDb está aparecendo como estreia prevista para o dia 17 do mês que vem. Vá saber, essas distribuidoras estão sempre de brincadeira, né. Mas seja em dvd ou no cinema, vale a pena dar uma conferida. Especialmente se você está no clima para um filme de ação.
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