True Blood S03E07: Hitting the Ground

O complicado de episódios como I Got a Right to Sing the Blues é que dificilmente o episódio seguinte é tão bom quanto ele, mesmo que seja bem acima da média. Foi o que aconteceu com Hitting the Ground (S03E07), que foi ótimo, mas deixou aquela sensação meio de “Meh, o anterior era melhor”. E no final das contas acho que era, mas enfim, convenhamos, mais surpresas chegando e deixando claro que aquela estrutura de embromação sem fim que vimos na segunda temporada realmente não se repetirá aqui.

Começando então com a fuga de Sookie e Tara. Primeiro, tenho que confessar: estou gostando da Tara. Nos primeiros episódios aquela lenga-lenga de querer se matar davam a entender que seria mais um ano com encheção de saco da personagem, mas ela reaparece forte depois da relação com Franklin. As ações dela na hora da fuga deixaram isso bem claro, tanto que a própria Sookie chega a questionar o que aconteceu para que ela ficasse daquele jeito. Eu gostei, se for continuar assim, pode até sobreviver para a quarta temporada, há.

Ok, para não ser tão vira-casaca, um momento especial com Tara que merece ser lembrado:

Médica: “Ela perdeu muito sangue”
Tara: ” Quanto sangue? ”
Médica: “Muito.”
Tara: “Oh meu Deus!”

LOL!

No confronto Sookie x Lorena, sem surpresas com relação ao que acontece no livro, só uma ajudinha do Bill para deixar a coisa toda mais coerente. E enquanto fugiam vemos que a HBO foi toda serelepe em sugerir naqueles previews da segunda metade da temporada que o Bill resistiria ao sol. Não, não resiste, deu para ver a fumacinha saindo dos ombros dele antes de ele fugir para o mato.  E só para lembrar, ele já se expôs ao sol em outro momento, e ficou bem claro que o processo é lento, então nada mudou ali. E agora certeza que teremos alguns episódios com o vampiro tentando ganhar a confiança de Sookie novamente e blablabla. Ainda bem que são só mais cinco, então não poderão enrolar muito nisso.

Sobre a Sookie, o que me deixou mais contente foi ver a Claudine, hehe. Ok, a coisa toda de beber da água da fonte e dançar alegremente foi meio bizarrinha, mas estão claramente preparando o terreno para a quarta temporada, embora eu ache que eles realmente estejam adiantando as coisas. Por exemplo, nesse episódio o Magistrado já oficializa a união de Russell e Sophie-Anne. Quero ver o que vai sobrar para o que viria do sétimo livro.

E bem, eu fiquei com a sensação de que a melhor coisa do episódio foi justamente a conclusão, com Russell chutando a bunda do Magistrado. Continua sendo *a* personagem da temporada, não tem jeito. Aliás, tem um Truebies and Newbies com o Denis O’Hare que está bem divertido, vale a pena conferir. Sophie-Anne estava bem (especialmente na hora do “casamento”), mas Russell identificando de onde veio o Magistrado, e naquela coisa entre o cortês e o surtado de um segundo para outro é simplesmente ótimo.

Então acho que é isso. Foi legal? Foi. Mas eu poderia ter até achado meio morno se não fosse o final com o Russell, até porque realmente, o episódio anterior foi um dos melhores de todas as temporadas de True Blood. E eu espero  de verdade que entre as liberdades da adaptação eles não decidam justamente apagar já essa que foi uma das melhores personagens da série (até porque nada do Franklin nesse episódio, né? ¬¬). E antes que eu me esqueça: oi, cadê a Jessica? Como assim gastam tempo do episódio com a suposta namorada nova do Hoyt e NÃO MOSTRAM A JESSICA? Wtf?!

(Em tempo: eu ando meio preguiçosa para escrever e a tendência é que a coisa piore nos próximos dias. Tenham paciência, estou dormindo mal pacaraleo por causa do barrigão e minha cabeça tem girado mais em torno da “atualização” do quarto do meu bebê do que do Hellfire, hehe)

3 comentários em “True Blood S03E07: Hitting the Ground”

  1. Fábio Kabral – Fábio Kabral é escritor, autor dos romances “Ritos de Passagem” e “O Caçador Cibernético da Rua 13“. Escreve também em seus blogs e redes sociais. Ator formado pela Casa das Artes de Laranjeiras, estudou Letras na UFRJ e na USP. Um dos fundadores do site “O Lado Negro da Força“. Já trabalhou como ator, dublador, livreiro e analista de mídias sociais. Palestrante de temas relacionados a afrofuturismo, afrocentricidade, candomblé, literatura fantástica, cultura pop e criação literária. Iniciado no candomblé e filho de santo do terreiro “Ilê Oba Às̩e̩ Ogodo“.
    kabral disse:

    Não-vida longa ao Rei!

    Eu gostei do episódio, já esperava que o ritmo caísse, então me foi bastante satisfatório.

    A Tara voltou a ser forte, quem diria.

    Sobre a exposição ao Sol: quero acreditar que, ou o processo é lento para Bill porque ele é um vampiro novo – o ancião Godric virou cinzas em segundos – ou o sangue feérico da Sookie conferiu-lhe mais resistência. Acho que é um misto dos dois e tomara que seja isso – não gosto de vampiros sobrevivendo ao Sol. Na verdade, as cenas de fuga me incomodaram por esse aspecto. Mas tudo bem.

    Por isso também não curti muito a cena de Eric e a Rainha pela manhã, ainda que houvesse sangue escorrendo por suas orelhas – deixando claro que deveriam estar dormindo.

    Eu curti a cena da Sookie com as fadas, não achei bizarro e sim apropriado – são fadas, ora pois! Gostei muito da analogia Luz das Fadas vs Escuridão dos Vampiros; no meu entender, acho natural que os vampiros, privados da luz em suas existências de não-vida, sintam-se atraídos pelo brilho das fadas – que são os espíritos da Natureza, reflexos da vida na Terra.

    Mas estou divagando. Nem li os livros.

    Por falar nos livros, que tal mais um spoilerzinho maroto acerca dessa Claudine por quem você demonstrou satisfação, hein? Hehe! E sobre terem “adiantado”, por casarem “cedo” o Rei e a Rainha, hein? Hehehehe!

    Sam vai ficar nessa dos parentes manés. É a sub-trama mais sem graça até agora – a não ser que o Jason se afunde na baboseira da Crystal – mas, com aquele spoiler passado seu, a coisa talvez se torne mais interessante. ;D

    Eu deveria dizer que o episódio foi uma merda completa porque A JÉSSICA NÃO APARECEU. Mas tudo bem, perdoo porque pelo menos a Pam retornou.

    E o Rei, hein? É muito reconfortante para mim um vampiro ancião fazendo o que bem entende; com baixo orçamento é possível demonstrar grandes poderes sim. Está cada vez mais se afundando na sua ganância; contudo, essa pretensão de destruir o status quo estabelecido e querer retornar a um estado primal de sobrevivência do mais forte me agrada muito num vilão – especialmente porque ele aparentemente é frágil. E gay. Achei uma quebra de estereótipo bem interessante.

    Não-vida longa ao Rei!

    (Se ele tiver que morrer no fim da temporada, tomara que não apelem para uma solução Deus Ex Machina…)

    1. Sobre a exposição ao Sol: o que o pessoal tem comentado é que provavelmente é consequência da quantidade grande de sangue da Sookie que ele bebeu. Eu ainda acho que não foi nada demais, saiu fumacinha e talz – lembrei daquela vez que ele sai correndo no sol pra salvar a Sookie, deu tempo de salvá-la, então não é tão vapt-vupt assim.

      Da cena com as fadas, vc curtiu pq sabe que são fadas 😛 mas pensa para quem ainda está vendo aquilo sem saber, hehe. Sobre a Claudine, é porque gosto da personagem mesmo (mas ela apareceu antes da hora, era para ter sido no próximo livro só). Ela é fada-madrinha da Sookie, pensa só ^^

      Spoiler do casamento então: é que (aqui eu não lembro certinho, mas acho que é + ou – isso) o casamento da Sophie-Anne é na verdade com o Rei do Arkansas, não do Mississipi (Russell). E mais para frente ela é julgada por matar o marido, hehehe. Não sei se vão mesclar as personagens ou o q, mas isso dá pano para manga até o sétimo livro. Enfim, os livros ajudam em alguns momentos, mas com a possibilidade de novos personagens ou personagens mesclados é melhor nem arriscar em palpites e meio que ver o que vão fazer. Só espero que não seja sumir com o Russell ><'

  2. nanigga – Fã de Neil Gaiman, Douglas Adams e livros de mistério, fantasia e terror. Viciado em filmes e séries sabe tudo que está passando no momento e queria que seu dia tivesse pelo menos 30 horas pra conseguir absorver tudo que pudesse de cultura pop. Ainda arranja tempo para postar seus desenhos no www.pixeletinta.com.br
    Marco disse:

    Olha mesmo conhecendo a trama das fadas achei uma viadagem tamanha aquele povo dançando igual retardado? Um visão meio lúdica das fadas pra um seriado que não tem nada de infantil. Dispensável. Mas gostei da atriz que interpreta a Claudine.

    O melhor do episódio foi a Tara chutando bundas literalmente, ao expulsar o Bill do caminhão e o arco final do episódio com o casamento do rei e da rainha.

    Aliás, ótima a cena da Pam, batendo palminha toda feliz depois de ser torturada pelo magistrado:

    “Congratz your majesty!”

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