Aquela coisa: não focava tanto na melação das relações da protagonistas com sujeitos perfeitos mas em crimes envolvendo o sobrenatural, já que Anita é uma necromancer que ajuda a polícia em investigações envolvendo vampiros, ghouls, lobisomens, etc. E a coisa funciona porque Anita por si só não tem nada a ver com as “mocinhas em perigo” das demais séries, que acabam sempre tendo que ser protegidas pelos vampirões que amam e blablabla. Anita é forte, independente e gosta de manter-se assim. A narrativa em primeira pessoa ajuda também na construção da personalidade da protagonista, incluindo elementos legais como o senso de humor cáustico e a visão dela sobre o que seriam “os monstros”.
E tudo corria muito bem, tão bem que cheguei a ler sete dos dezenove (!!!) livros da série. Mas agora com Burnt Offerings a coisa decaiu para exatamente o que é o ponto fraco das outras histórias que já citei aqui: focando mais no romance da protagonista do que na ação. Não que o livro seja completamente ruim. O começo lembra até um jogo, a cada capítulo é uma “aventura” diferente que Anita acaba vivendo. Só que para a metade da narrativa entra todo o conflito da personagem com o Conselho dos Vampiros, e os problemas da relação dela com Jean-Claude (vampiro) e Richard (lobisomem).
Se continuasse como começou, eu ainda indicaria para um amigo (da mesma forma que ainda indico The Laughing Corpse, o segundo livro da série, como uma ótima história de zumbis). Mas com todo aquele blablabla de como Jean-Claude e Richard fazem com que ela se sinta, e sem falar a putaria que envolve a relação dela com os lobos… hum… melhor não.E a coincidência é que esse é justamente o primeiro livro com Anita e Jean-Claude como casal. Tanto que o anterior, The Killing Dance, é bem bacana, apesar de já apresentar algumas doses de glicose. Trocando em miúdos: funcionava melhor quando ela ainda sentia aversão aos vampiros.
Outro problema é que a história acabou apresentando MUITAS personagens, que já vem de conflitos dos livros anteriores. Chegou uma hora que eu me senti como quando na adolescência ao tentar ler os romances russos e me confundia totalmente com quem era quem por causa dos nomes parecidos, hehe. E no meio de tanta personagem, a Hamilton decide deixar de fora justamente a mais legal, o caçador de recompensas Edward, que sempre deu uma mãozinha para Anita na tarefa de executar vampiros.
No final das contas morreu um pouco a curiosidade de saber o que vem a seguir na série. A ironia é que agora que desisti (pelo menos por enquanto) dos livros, parans! A Rocco finalmente dá continuidade à publicação das traduções aqui no Brasil, com o lançamento de O Cadáver que Ri (sim, The Laughing Corpse que comentei há pouco). Pelo menos os dois primeiros eu recomendo para o pessoal que tem gosto por histórias envolvendo elementos sobrenaturais.
Eu li ate o 6, fiquei feliz dela ter ficado com o jean claude, mas fiquei p da vida, pq ela começou uma relação apaixonadinha com o Richard, e mesmo ela cedendo ao Jean Claude, sabia q ia passar a focar no trio , como umm Jacob/bella/Edward pornô, por isso concordo com vc e acabei n dando continuidade e lendo outras coisas por enquanto…
Conhece a série House of Night? Livro pra adolescente too. Porem… De um ponto de vista neo-pagão. Estou achando… Interessante. Acho bem melhor do Twilight. Ele não tenta ser adulto, sabecomoé?
Enfim. Fica a dica.
Abraço.