Kick-Ass

Já ali no começo o protagonista do filme pergunta como com tantas histórias em quadrinhos e filmes mostrando heróis, nunca ninguém teve a ideia de também ser um. E isso já te prepara para o que vem por aí: pessoas comuns, que resolvem tomar para si as “grandes responsabilidades” mesmo que não tenham “grandes poderes”. É então que começamos a acompanhar a história de Dave Lizewski, um adolescente normal (ok, nerd e loser) que cansado de apanhar de valentões começa então a “lutar o crime” como Kick-Ass.

Se esse primeiro momento do filme não te agradar, aguente as pontas. Eu também estava achando tudo meio bobo e pensando que bem, poderia estar vendo outra coisa que não isso. Aquele universo hiperbólico e cheio de tipos de filmes que misturam adolescentes e “vigilantes”, bem, acho que todos já vimos isso antes, com mais ou menos qualidade. Mas é quando somos apresentados a outros heróis que o filme começa a valer a pena.

Aqui mais especificamente Big Daddy (Nicolas Cage) e Hit-Girl (Chloe Moretz). Com eles o humor negro e NADA politicamente correto atinge níveis absurdos, daquelas situações que causam riso mais pelos momentos “WTF?” como quando o pai atira contra a filha, ou menos quando a menina está em ação. São eles que conquistam a audiência e dão brilho ao filme, que teria tudo para ser completamente sem graça se ficasse focando só no adolscente tentando ser herói e ficar com a gatinha da história.

A questão é que pela violência (mesmo que cômica) o filme acaba ficando meio deslocado quando se pensa em público no cinema.  Porque é um filme voltado sobretudo para o público jovem, mas boa parte simplesmente não poderá entrar nos cinemas sem os pais. Nos Estados Unidos, por exemplo, o filme foi classificado como “R”  (ou seja, pessoas abaixo dos 17 precisam da companhia de maiores de idade para assistir no cinema).

O que não deixa de ser interessante de questionar se não é o momento de rever os conceitos ao avaliar esses filmes. Lembro de um Harry Potter que teve problemas com a restrição de idade, que foi alterada às pressas depois. Eclipse estava com ingressos em pré-venda no Cinemark com classificação etária de 18 anos. O que pergunto é: será que esse é mesmo o caminho? Porque adianta botar classificação etária para filme, e aí na Tela Quente ou mesmo na novela aparece coisa pior?

Enfim, divagando. De qualquer forma, espero que os adolescentes tenham sorte e que Kick-Ass não chegue com uma classificação tão absurda aqui no Brasil, até porque o filme é para eles. Mas os “tios” não precisam se preocupar: o filme é para divertir vocês também. Trilha sonora bacana, Nicolas Cage fazendo o que sabe (ser canastrão, hehe), etc. Previsão de estreia por aqui é para 11 de junho, com o título Kick-Ass: Quebrando Tudo.

Em tempo: a Panini prometeu um encadernado da HQ que deu origem ao filme, mas eu não encontrei nada nas lojas que costumo fuçar. Se alguém tiver informações mais precisas sobre a HQ, compartilhe conosco aqui, hehe.

2 comentários em “Kick-Ass”

  1. Se você gostou do filme, provavelmente vai gostar mais da HQ, que o filme “hollywoodizou”. Eu detestei o filme por N motivos, mas o principal foi que ele me deixou com uma sensação de que é legal fazer isso, o oposto do que mostra a HQ.

    1. Teria sido muito melhor se o final fosse igual o da HQ. E o final com aquele jetpack, MEO DEOS, oq foi aquilo… terrível.
      Mas o clima das HQs foi passado perfeitamente no cinema. E McLovin é muito melhor sendo McLovin.

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