E O Sétimo Unicórnio segue bem essa linha, incluindo aí o elemento do romance (que não lembro se era tão evidente no livro de Dan Brown). Alex é curadora do Museu de Cluny, e em visita a um convento de Lyon, encontra um desenho que parece ser o rascunho que deu origem às tapeçarias da Dama e o unicórnio. Também acha um poema que parece indicar que na realidade não são seis, mas sete obras que fazem parte do conjunto. E aí uma parte da história é a busca dela pelo que seria esse sétimo unicórnio.
O negócio é que a “localização” acontece de forma meio rápida, acredito que até um pouco antes da metade do livro. Depois disso, a história fica presa na relação de Alex com um ex-namorado dos tempos da universidade, Jake, e dos esforços que ela faz para trazer o sétimo unicórnio para o Cluny. Então mistério, mistéééério mesmo, não há.
Claro, o estilo de escrita não é fenomenal e fica um pouco na fórmula episódica, deixando ganchos no final do capítulo como em obras típicas. Mas a verdade é que não é um livro que se propõe a ser parte do cânone literário, então wtf, até que dá para ler sem ficar pensando em arremessar o livro para longe.
Aconselho a leitura sobretudo para mulheres, porque os homens provavelmente ficarão um pouco entediados com os trechos “e-jake-só-pensava-em-beijá-la-ali-mesmo” e afins. No mais, fui dar uma pesquisada e descobri que tem outros livros que usam esse conjunto como inspiração, como por exemplo A Dama e o Unicórnio, de Tracy Chevalier ( mesma autora de Moça com brinco de pérola, que sim, inspirou aquele excelente filme com a Scarlet Johansson e Colin Firth).