Então é natural que eu estivesse com muita vontade de ler Kiss of Life, continuação do primeiro livro, publicada em maio desse ano. Aqui ficamos sabendo o que aconteceu depois dos eventos na Casa Mal Assombrada (não vou entrar em detalhes para não estragar a surpresa de quem ainda não leu Generation Dead), e de como Phoebe, a protagonista, está lindando com isso.
Antes de tudo, comparado com o primeiro livro, Kiss of Life é bem mais sombrio, digamos assim. Se em Generation Dead temos a reação das pessoas vivas aos zumbis, agora focamos um pouco mais na visão dos zumbis não só sobre as pessoas vivas, mas também à vida em si. E surpresa: tem coisa que não muda muito, incluindo um pouco do preconceito. A a opção pela segregação, ou ainda, pelo afastamento dos “tradicionalmente bióticos” a certa altura da história deixa isso evidente.
De qualquer forma, a sensação que dá é que o Waters errou um pouco a mão ao focar muito em alguns momentos que não traziam nada de realmente relevante para a história, como a noitada da Phoebe em uma casa de show para zumbis, ou mesmo a confusão dela entre o Tommy e o Adam. Argh, ok, ok, eu às vezes esqueço que era para ser só um livro para teens. Mas como Generation Dead me surpreendeu se mostrando mais do que isso, eu meio que esperava o mesmo da continuação, o que não acontece.
Não é ruim, ficou ali na média – até porque as descrições de alguns momentos dos zumbis são bem horripilantes, então vale pelo terror. Só que o final deixa claro que haverá uma continuação, porém eu não fiquei tão curiosa sobre essa como fiquei quando terminei o primeiro livro. Talvez tivesse sido melhor ter ficado só no Generation Dead mesmo.