De qualquer modo, FINALMENTE consegui conferir Arrasta-me para o inferno. E fico feliz que tenha feito isso no cinema, e não em casa: o som potencializa a tensão, trabalhando muito bem com alguns efeitos de sombras. Muito do horror fica na sugestão, na soma desses fatores – embora sim, tenha lá um punhado de cenas nojentas daquela de fazer você querer olhar para o lado (vermes, moscas, sangue… etc.). E é Sam Raimi, então é óbvio que tudo isso regado com muito humor.
O que ajuda em muito a se envolver com um plot que teoricamente é meio absurdo (ok, não para filmes de terror, mesmo assim…): sonhando com uma promoção no trabalho, Christine Brown quer mostrar para o chefe que consegue ser durona e recusa o pedido de uma velhinha para prolongar a hipoteca. Aí a velhinha joga uma maldição na protagonista: um demônio virá buscá-la em três dias.
O engraçado é que por ser tão nonsense acaba que entra naquele campo do horror no qual você não consegue distinguir sonho/ilusão da realidade. Confesso que muitas das cenas ali eu tinha certeza que Christine acordaria para perceber que tudo era só um sonho. Bom, não é bem por aí. Chega num ponto que acertar a velha com uma bigorna não é só engraçado, é um alívio na tensão, um momento para respirar um pouco (embora não sem alguma nojeirinha, hehe).
É um filme bom. Só me arrependo de ter lido sobre ele e meio que já estar sabendo do final (embora o pessoal que tenha dito que se surpreendeu, convenhamos, o desfecho era meio óbvio depois de um certo momento). De qualquer forma, gostei bastante. Continuo achando que é filme para quem gosta do gênero – mas ao menos é um filme BOM para quem gosta do gênero.