Adaptações: é possível separar livro do filme?

untitled-5-1Então que essa semana chegou aos cinemas brasileiros a primeira adaptação internacional para o cinema de uma obra de Paulo Coelho, Veronika Decide Morrer. A protagonista que dá nome ao filme é interpretada por Sarah Michelle “Buffy” Gellar, mostrando a história de uma garota que tem tudo na vida mas que decide morrer (entendeu a razão do título? hehe). Aparentemente a película não está sendo muito bem recebida pela crítica tupiniquim, já que em seu blog (uia!) um Paulo Coelho bastante chateado apareceu para defender a adaptação da seguinte maneira: Continue lendo “Adaptações: é possível separar livro do filme?”

True Blood S02E09: I Will Rise Up

Opa que agora sim estamos chegando no que eu estava esperando de True Blood. Mais vampiros, menos dos outros seres sobrenaturais. I Will Rise Up (S02E09) se concentrou principalmente nas consequências do ataque da Fellowship of the Sun ao “ninho” dos vampiros de Dallas, diminuindo consideravalmente o tempo de chatices como a história da MaryAnn (que agora está toda enfezadinha correndo atrás do Sam). O que rendeu de bom sobre as aparições da MaryAnn é que por causa do que ela está fazendo com Tara, Lafayette apareceu como o era na temporada anterior (e eu que tinha reclamado justamente que ele andava muito apagado).

Outra coisa bacana é que continuam explorando bem a relação entre a Jessica e o Hoyt – da vampira aborrescente da primeira temporada ela está chegando à conclusão da segunda como uma das personagens mais legais. Eu tenho cá minha teoria de que gosto tanto dela porque ela não está nos livros, então acaba que não espero nada e até me surpreendo.

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Areia nos Dentes (Antônio Xerxenesky)

Desde agosto do ano passado, quando li uma resenha da Ágata lá no blog do Meia Palavra comentando esse livro morro de vontade de ler. O fato do autor ter sido tão bacana e topado uma entrevista (10 perguntas e Meia de abril desse ano) aumentaram ainda mais a curiosidade. Faroeste. Com zumbis. Eu sei, eu sei. Eu me vendo fácil para esse negócio de histórias de zumbis, mas no caso de Areia nos Dentes eu fico mais do que feliz por isso. Porque é um daqueles livros que eu colocaria fácil, fácil entre um dos melhores que li esse ano. E ó, nem tem tanto zumbi assim.

A narrativa mostra um sujeito tentando recuperar a história da família ao escrever um livro sobre os tempos em que viviam em um povoado no sul dos Estados Unidos. Aos poucos o narrador vai interrompendo a narrativa, seja por um problema com o computador, seja por embriaguez. E quando você já está afoito pensando: cadê os zumbis, cadê, cadêêê?, Já era.  Xerxenesky já prendeu sua atenção e você quer saber dos dois Juans. Você já consegue sentir o calor e a poeira da Mavrak, cidade dos antepassados do narrador.

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Noturno (Guillermo Del Toro e Chuck Hogan)

Eu não me canso de comentar aqui que um dos meus filmes de terror preferidos de todos os tempos é A Espinha do Diabo, com roteiro e direção do Guillermo Del Toro. E tem um dos filmes mais bacanas que vi recentemente que também carrega a assinatura do Del Toro, O Labirinto do Fauno. Então é natural que eu tenha ficado extremamente curiosa sobre o tal do “livro de terror de Guillermo Del Toro”, certo? Poisé, acabei encomendando The Strain (que chegou nessa semana nas livrarias brasileiras como Noturno), fazendo essa pequena equação na minha cabeça: imagens horripilantes no cinema + bons sustos no cinema = certeza de que na literatura será assim.

Bem. Não é bem assim. É uma obra muito legal, e dá para dizer que pelo menos uns dois terços dela pegam fogo e fazem você devorar todas as páginas. Mas chega para o final e perde o gás. É quase como se fosse uma montanha-russa cheia de loopings que acaba numa sequência meio boba de retas. O resto desse post eu vou dividir em dois tópicos: PARA OS QUE SABEM QUEM SÃO OS VILÕES DO LIVRO e PARA QUEM NÃO FAZ A MENOR IDEIA DE QUEM SÃO OS VILÕES DO LIVRO. Para Noturno ser uma experiência bacana, eu acho fundamental que você tente buscar menos informações possíveis sobre o livro quando for ler, então caso se enquandre no segundo caso, leia só essa parte. MESMO.

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Supernatural (Terceira Temporada)

Desde que fiquei meio viciadinha em Supernatural tenho ouvido as pessoas comentarem que a terceira e a quarta temporada são mil vezes superiores ao segundo e primeiro ano.  Eu não sei se concordo muito com isso, até porque no momento estou gostando igualmente de tudo que tenho assistido. Aquela coisa: alguns episódios mais fraquinhos, mas outros tantos bem legais – que é o que faz um sujeito querer acompanhar uma série, na minha opinião.

O terceiro ano gira quase todo em volta do medo de Dean de ir para o inferno, após ele trocar sua alma pela vida de Sam no final da segunda temporada. Mesmo os casos que eles têm que resolver acabam sempre apontando alguma coisa sobre isso, como quando ele sonha com ele mesmo virando demônio em Dream a little dream of me (S03E10). Também aparece Ruby, uma demônia que ajuda os irmãos Winchester, usando uma faca que mata os seres do inferno. Sim, eu sei – acabou tendendo muito mais para esse negócio de demônios e afins, mas sim, foi uma boa temporada.

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True Blood S02E07 e S02E08

Sim, eu estou beeeeeem atrasada com o True Blood. Neste domingo já chega o episódio nove, e eu acabei de ver o sete e o oito seguidos, para tentar ficar em dia. Mas verdade seja dita, eu nem tinha ficado muito empolgada com os rumos da série. E de fato, o sétimo episódio Release Me foi bem morno: só para variar toda a embromação da Maryann e mais um pouco do passado de Bill com Lorena. Talvez a única coisa realmente relevante tenha sido o fato de  Steve ter associado Jason (que continua ótimo, btw) com Sookie.

No mais, dava para ter pulado direto para o oitavo episódio. ESSE sim foi um episódio legal, daqueles para deixar qualquer um morrendo de curiosidade sobre o que está por vir. Tirando todo o blábláblá da Maryann, Timebomb foi ótimo.

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Woodstock 40 anos

Eu não estive lá, mesmo porque ainda não tinha nascido na época. Mas se fosse nascida, provavelmente não teria ido também – até porque sou meio fresca e completamente contrária à troca de calorzinhos que aconteciam em festivais como aquele. De qualquer forma, a música que se fazia naqueles tempos é do c*, então vale a pena divulgar: O G1 está fazendo uma série de reportagens comemorando os 40 anos do evento, entre elas prepararam uma lista com 10 artistas essenciais para entender Woodstock.

A lista inclui: “Evil ways” (Santana), “St. Stephen” (Grateful Dead), “Bad moon rising” (Creedence Clearwater Revival), “Piece of my heart” (Janis Joplin with The Kozmic Blues Band), “Dance to the music” (Sly and the Family Stone), “My generation” (The Who), “White rabbit” (Jefferson Airplane), “With a little help from my friends” (Joe Cocker), “Suite: Judy Blue Eyes” (Crosby, Stills, Nash and Young) e “Purple haze” (Jimi Hendrix). Corre lá escutar, que ó, vou te dizer: só musicão.

Dicas Literárias II

  • O terceiro (e último) livro da série Millenium de Stieg Larsson chega no Brasil agora no dia 9 de setembro, com o título “A Rainha do Castelo de Ar“. Já dá para encontrar a obra em pré-venda em várias livrarias virtuais.
  • O blog do Meia Palavra publicou hoje o primeiríssimo 10 Perguntas e Meia internacional, com Daniel Waters. Ele escreveu Generation Dead, livro do qual falei aqui no Hellfire no final do ano passado.
  • Agora no final de agosto teremos a 1º Bienal do Livro de Curitiba (mais precisamente do dia 27/8 até 04/09), contando com a presença de nomes como Carlos Heitor Cony, Rubem Alves, Domingos Pellegrini, Cristóvão Tezza e Moacyr Scliar, entre outros. , ‘Bora agitar uma caravana lá no Meia Palavra, pessoal _o/
  • Ótima dica do Palazo: The Book Seer. Você informa um livro que acabou de ler e ele utiliza os dados da Amazon e do LibraryThing para dar sugestões de leituras parecidas para você. Bem legal para quem quer ler algo mas variar um pouco.
  • Saraiva com desconto progressivo em toda a categoria de Livros. Se comprar 2 livros você ganha 10% de desconto, 3 você ganha 15% e 4 é 20%. Vale a pena para aproveitar e comprar aqueles que você sempre deixa para depois por serem um pouco mais caros que os demais.

Paris

Há alguns dias estava curiosa sobre o filme Paris. Fiquei lembrando de quando assisti Catacombs, que era um thrillerzinho chimfrim mas que eu acabei gostando só porque eu via Paris e reconhecia lugares onde tinha estado (Catacumbas inclusas, hehe). Então pensei “Ah, dane-se. Se for ruim, pelo menos mato tempo e as saudades de Paris”. Mas de uma forma meio estranha Paris acabou me envolvendo já no começo, sem ser por causa da cidade, mas pelas histórias.

Sim, histórias. Dirigido por Cédric Klapisch (de quem eu nunca tinha ouvido falar, hihihi), Paris começa com a história de um dançarino profissional que descobre estar com um problema no coração que pode ser fatal. Já no começo a personagem conversa com sua irmã sobre o que faz para passar o tempo agora que não está trabalhando, revelando que gosta de observar as pessoas que passam, imaginando quem elas são, para onde vão. Tornando-os heróis de suas histórias.

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Supernatural (Segunda Temporada)

Na realidade eu terminei a segunda temporada na segunda-feira (uuuuhhh!), mas acabei comentando sobre outras coisas e deu no que deu, post só agora. Um comentário bastante comum que tenho ouvido (ou lido, sei lá) dos fãs da série é que a primeira e a segunda temporada são fracas, que boas mesmo são a terceira e a quarta. Se isso for verdade, uou, então eu acho que vou adorar o que está por vir. Porque a primeira me fez querer acompanhar a série, e a segunda me fez gostar tanto que hoje já estou em crise de abstinência aqui, louca para assistir mais um episodiozinho.

Uma coisa que achei muito legal é que desenvolveram bem as personagens. Acho que já tinha comentado isso sobre The Mentalist uma vez, mas é mais ou menos assim: algumas vezes a história em si pode ser até meio bocó, sem grandes sustos ou surpresas. Mas Dean e Sam vão ganhando cada vez mais cores, e ficando mais interessantes. Alguns episódios ali não eram sobre criaturas sobrenaturais, mas sobre eles mesmos – mas conduzido com senso de humor, o que tornava tudo ainda mais interessante.

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