Supernatural (Primeira Temporada)

supernaturalUma amiga minha comentava que não entendia aqueles locutores de jogos de futebol que ao narrar uma partida que já tinha acontecido e cujo resultado eles já sabiam, faziam todo um estardalhaço na hora do gol. No final das contas eu estou me sentindo um pouco como um desses locutores ao vir falar aqui da primeira temporada de Supernatural, série que começou a passar lá fora em 2005 e esse ano chega a quinta (e provavelmente última) temporada. Todos que acompanharam os primeiros episódios devem ter pensando o mesmo “WTF, QUE SEASON FINALE É ESSE?”, mas aí eles conversaram juntos sobre isso, ficaram procurando spoilers durante o intervalo para a segunda temporada, etc. etc. etc.

Mas hey, pelo menos estou vendo agora né? Com sorte acabo a tempo de acompanhar o quinto ano  (primeiro episódio previsto para 10 de setembro). Antes de começar a falar sobre a primeira temporada, vamos para o essencial que deve ser dito: é uma série de terror/aventura. Se essa não é sua praia, é meio óbvio que você não vai gostar. Pronto, agora vamos para o primeiro ano.

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Cristal na Veia (Nic Sheff)

Livros sobre ex-viciados relatando o período no qual consumiam drogas dificilmente são muito diferentes entre si. Quando você começa a ler algum título como Christiane F., Trainspotting ou mesmo o lançamento da editora Agir, Cristal na Veia, invariavelmente somos apresentados à personagens que começaram a drogar-se para escapar de uma realidade incômoda, acreditavam ter controle sobre o consumo e em dado momento se dão conta do estrago que fizeram em suas vidas por causa da dependência química.

Por causa disso, o interessante em livros desse tipo não é exatamente o que se conta, mas como se conta. No caso de Nic Sheff, ele consegue se destacar com o segundo. A escolha é a de uma narração em primeira pessoa, carregado de marcas de oralidade que dão a sensação de que ele está ali, na sua frente, contando como um rapaz de 18 anos se envolveu com a metanfetamina e luta para retomar (e agora manter) o controle da própria vida.

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O Clube de Leitura de Jane Austen

Então que aproveitei que Fábio estava jogando rpg para assistir mais um chick flick. Porque sabe como é, dentro de mim mora uma mulézinha que adora filmes fofos com uma moral no final da história. A de O clube de leitura de Jane Austen (lançado direto em DVD no ano passado aqui no Brasil) não é muito diferente de algo que Jim Morrison já cantava lá em Riders on the Storm: Girl ya gotta love your man. Ok, ok… com mais firulinhas do tipo “Não tente mudá-lo”, “Não tente controlá-lo”, “Perdoe a traição”, etc. Eu confesso que fiquei surpresa ao ver que o filme foi dirigido por uma mulher, sério.  Mas ei, calma, calma! Tirando isso de lado (e ok, para alguns de vocês o fato de ser chick flick), O clube de leitura de Jane Austen é legal.

O que fez com que eu o escolhesse esse título entre outras tantas comédias românticas disponíveis foi o fato de que muitos dos usuários lá do Meia Palavra chegaram procurando por um Clube de Leitura após assistir a esse filme. E eu pensei com meus botões que a história deveria ser no mínimo interessante para convencer o pessoal a procurar pelo Google por um clube para debater livros. E pelo menos a parte da discussão dos livros é.

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True Blood S02E05: Never Let Me Go

Eu estou gostando bastante da segunda temporada, mesmo. Mas achei esse episódio meio desnecessário, não acrescentou muita coisa nova (o que tem se repetido, convenhamos) e embromou nas questões já levantadas antes. Aquela coisa que estava comentando sobre o roteiro já fez diferença também. Não que não tenha bons momentos, mas não flui tão bem como quando o Alan Ball escreve (e como foi no episódio anterior). O melhor de todo o episódio foi Jessica louca da vida, batendo a porta do quarto e gritando: Você se arrependerá quando eu tiver algum distúrbio alimentar!!

No mais, casais por todos os lados. Tara se ajeita com Eggs, Sookie curte a viagem em Dallas com Bill, Terry e Arlene, Hoyt e Jessica (muito fofo!), Sam aproveitando que acaba de descobrir que Daphne é uma shapeshifter como ele, Sarah atacando Jason na banheira… E por aí vai. De mais relevante mesmo só a resposta de por que Eric está tão incomodado com o sumiço de Godric: foi Godric que o transformou em vampiro.

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Harry e Sally

Vi uma reportagem no G1 que comemorava os 20 anos daquela que considero a melhor comédia romântica de todos os tempos: Harry e Sally. Sim, sim. Aqueeeela na qual a Meg Ryan finge um orgasmo em uma lanchonete lotada. O filme foi lançado em 21 de julho de 1989, quando eu ainda tinha 8 anos de idade e não tinha qualquer expectativa sobre os encontros e desencontros de uma relação com outra pessoa. Na realidade só fui assistir ao filme em 2003, quando simplesmente me vi em cada fala da personagem Sally, como quando ela dizia indignada para Harry, após uma baita declaração de amor que sinceramente é uma das minhas favoritas de todos os tempos1 : Viu só? Isso é bem típico de você Harry. Você diz coisas como essas e torna impossível odiá-lo.

É um daqueles filmes gostosos de assistir. Gostosos mesmo, como uma bomba de chocolate: você sabe que será doce, mas a dose de sacarina é equilibrada, de tal forma que não torna a experiência enjoativa, mas no final das contas deixa aquele gostinho de quero mais. E muito disso é porque tanto pelo roteiro quanto pelas atuações de Meg Ryan e de Billy Crystal o casal é completamente crível, e por isso a identificação.

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  1. I love that you get cold when it’s 71 degrees out. I love that it takes you an hour and a half to order a sandwich. I love that you get a little crinkle above your nose when you’re looking at me like I’m nuts. I love that after I spend the day with you, I can still smell your perfume on my clothes. And I love that you are the last person I want to talk to before I go to sleep at night. And it’s not because I’m lonely, and it’s not because it’s New Year’s Eve. I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want the rest of your life to start as soon as possible. 

Bloody Bones (Laurell K. Hamilton)

No natal ganhei do Fábio uma caixa com quatro primeiros livros da série Anita Blake: Vampire Hunter. Sobre o primeiro, Guilty Pleasures (traduzido aqui no Brasil como Prazeres Proibidos) eu cheguei a comentar aqui no Hellfire mesmo: praticamente devorei o livro, e achei extremamente divertido (e ótimo para curar ressaca de Crepúsculo, hehe). Sobre o segundo, The Laughing Corpse (sem tradução no Brasil), comentei no blog do Meia Palavra em um post sobre zumbis na literatura. Sobre os outros dois (Circus of the Damned e The Lunatic Cafe) eu não comentei em lugar algum porque não me diverti taaaaanto assim.

Aquela coisa: ler essa coleção como arte não dá, porque não é o caso. É entretenimento. E se não cumpre o propósito, eu acabo não me empolgando muito. Mas claro, muito provavelmente os livros não me agradaram pela questão pessoal de eu não suportar histórias com lobisomens e shapeshifters em geral, de repente se essa é sua praia você deveria dar uma conferida. De qualquer modo, eu já estava meio desanimada sobre a série da Anita Blake, mas resolvi dar uma chance e comprar o quinto livro da série, Bloody Bones.

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Livros grátis (e porque isso pode ser um bom negócio)

E percebia o interesse das pessoas por Literatura quando observava que ao falar de novas tecnologias e os livros, invariavelmente as notícias eram sobre leitores no estilo do Kindle. É muito raro sair alguma nota falando sobre algum escritor pop star puto da vida processando um moleque por disponibilizar o download de seu livro na internet (como aconteceu com o Guns, só para não cair na mesmice de falar da briga do Metallica com o Napster) ou artigos comentando a crise no mercado editorial1 por conta de downloads ilegais de obras.

Aí comecei a observar algo que acontece com bastante frequência lá no Meia Palavra. Uma pessoa comenta sobre um livro que acabou de ler, e outras tantas vão procurar – seja comprando o livro, seja baixando da internet. Ok, a editora não vai ganhar o dinheiro no segundo caso, mas temos aí mais um grupo de pessoas que sugerirão o título para um outro grupo, que sugerirá para outro… e assim vai. Resumindo: as pessoas lerão.

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  1. verdade seja dita, aqui no Brasil o tal do mercado editorial aparentemente tá sempre em crise, já que sempre falam que brasileiro não lê, né. 

Dicas literárias

  • O segundo livro da série que inspirou True Blood chega dia 24 desse mês com o título Vampiros em Dallas. Lembrando que o primeiro saiu por outra editora (Ediouro) com o título Morto até o Anoitecer.
  • Knolex ganhou a benção do Mr. Gaiman para traduzir o ótimo conto Como falar com garotas em festas. A tradução está disponível lá no Vida Ordinária.
  • O Meia Palavra junto com a Editora Agir e a Editora Frog lançou a promoção Cristal na Veia. Veja aqui como participar.
  • Tá todo mundo comentando, mas acho que vale divulgar: Submarino anda com umas promoções beeeem interessantes. Livros de fantasia a partir de R$9,90, o que inclui as novas edições da Martins Fontes de O Hobbit e O Silmarillion e as antigas de O Senhor dos Anéis por R$12,90. Comprando todos você gasta R$59,90. Eta jeito bom de engordar a biblioteca!

True Blood S02E04: Shake and Fingerpop

É engraçado, mas acompanhando True Blood e vendo as mesmas personagens em todos os episódios, o respeito à linha narrativa, às vezes até esqueço que é uma série com vários roteiristas. Ontem enquanto eu assistia à Shake and Fingerpop (s02e04) fiquei pensando que ESSE era o tipo de episódio que fez com que eu continuasse vendo a série na primeira temporada, com diálogos engraçados, rápidos e espirituosos.

Aí fui dar uma fuçada no imdb e vejo que o roteiro desse episódio é do criador de True Blood, Alan Ball. Além desse episódio, ele foi também roteirista dos três primeiros da primeira temporada (ahá, bem aqueles que são cruciais para fazer com que eu decida se acompanharei a série ou não). Resumindo: ele manda bem e deveria escrever mais vezes. Não que os outros também não deem conta, mas as coisas realmente ficam diferentes quando o texto é dele.

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Evocando espíritos

Histórias de fantasma não precisam ser verdadeiras para assustar. Até porque dependendo de sua crença, você poderia até estar vivendo em uma sem se dar conta disso, buscando respostas racionais para o que acontece. Então eu nem quero entrar nos méritos de Evocando espíritos mostrar já logo no começo o famoso “baseado em fatos reais”, porque verdade seja dita, o cinema molda os tais dos fatos reais da forma como acha melhor, e isso não quer dizer necessariamente se manter fiel aos acontecimentos.

Mas o fato é que o filme assusta. E muito. Eu já tinha perdido minhas esperanças com o horror norte-americano e pans, vem esse aí. Em teoria não é muito diferente de Terror em Amityville, com uma família mudando-se para uma casa “com uma história”. No caso da família Campbell, o novo lar em Connecticut fora uma funerária. Ok, até aí nada assustador.

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