Dirigido e escrito por Amando de Ossorio, o longa começa com uma viagem de um casal mais uma amiga para o interior. Por uma razão até meio estapafúrdia, uma das mulheres resolve saltar fora do trem quando está próxima de ruínas medievais, que depois sabemos ser habitadas por cavaleiros templários mortos vivos1 .
O momento que os cavaleiros aparecem pela primeira vez é realmente bem assustador. Pouco a pouco eles começam a sair das tumbas, para atacar a abobada que resolveu passar a noite sozinha nas ruínas medievais (bem feito! até parece que nunca viu filme de terror, hehe). A cena de ataque também é ótima, bem tensa mesmo que os templários movam-se devagar. Só que tudo isso acontece já na primeira parte do filme, e então você fica pensando “Ok, e agora, o que tem para acontecer?”
O que acontece é que os amigos da garota (os mesmos que não pularam do trem para acompanhá-la ¬¬) vão investigar seu desaparecimento. E é nesse momento que o filme cai bastante no ritmo, com a inclusão desnecessária de algumas personagens que acabam apresentando uma relação meio forçada entre si. Por exemplo, o bibliotecário que fornece informação sobre os templários é também pai de um sujeito que está contrabandeando produtos na região próxima às ruínas e portanto suspeito de estar cometendo os crimes.
Quando finalmente essa baboseira é deixada de lado e os templários voltam a atacar, aí sim o filme fica bacana de novo. Só que nesse meio tempo sua atenção já foi perdida, e aí você começa a reparar como os atores são canastrões (beirando ao cômico) e como o filme teria sido perfeito se toda a história se passasse apenas em uma noite, com os cavaleiros tocando o horror no pessoal que foi dormir lá.
De qualquer forma, acredito que valha a pena assistir o filme como curiosidade. Muito embora Ossorio diga que os templários não são zumbis, para mim a comparação parece óbvia (até a questão de ser mordido e transformar-se em “zumbi” também). Em tempo, olha o que achei no IMDb:
“Alguns distribuidores dos Estados Unidos reeditaram e relançaram o filme como A Revanche do Planeta dos Macacos, em uma tentativa de lucrar com o sucesso de O Planeta dos Macacos (1968). Um prólogo foi adicionado a essa edição para estabelecer uma relação dúbia entre os dois filmes. O prólogo explica que 3000 anos atrás uma civilização símia de macacos superinteligentes lutou com a humanidade para ganhar o controle do planeta. No fim, os homens venceram os macacos após uma batalha brutal, na qual o homem destruiu os macacos, sua cultura e sociedade. Depois dessa batalha, os homens torturaram e mataram todos os prisioneiros-macacos vazando seus olhos com lanças de ferro quente. Um dos prisioneiros, que era também líder dos macacos, jurou que eles voltariam dos mortos para vingar a brutalidade dos homens em um momento anterior ao de que a própria humanidade destruísse a Terra.”
Santa ideia de jerico, Batman! 😆
O diretor faz questão de apontar que seus cavaleiros templários não são zumbis, uma vez que eles são inteligentes e yadda yadda yadda. Para mim são zumbis, blé. ↩
Nossa, que conexão absurda essa da trivia do IMDb. HAUEUAEH…
Mas parece ser um filme bacana, apesar dessa queda de ritmo que vc apontou. Minha dúvida é onde encontrar filmes desse tipo 😛
Não conhecia esse filme. Vou baixar, mas meu espanhol é muito ruim… será que encontro legenda?
Jesus, iquiporraéessa do Planeta dos Macacos?
Nossa Anica, você acha cada filme, em? 😛
E será que essa história de relançar o filme é verdade mesmo? Que bizarro…
Ronzi, tem legenda sim (até pq meu espanhol é nulo tb hehehe)
Rafael, o lance da história eu não sei, mas é realmente muito bizarra. O.o