Falo isso porque o sintoma principal dessa mania de informação é que eu crio muita expectativa sobre quase tudo. Cinema, por exemplo. Li tanta resenha sobre Na Mira do Chefe (In Bruges), e tanta gente falando do roteiro super-mega-power-tchan que uou, achei que veria qualquer coisa do naipe de Obrigado por Fumar ou qualquer outra comédia inteligente do tipo. Mas hum, não. Legal é. Tem alguns diálogos impagáveis e o Colin Farrell está ótimo. Mas não atendeu minhas expectativas.
Por outro lado tem Gran Torino, né. Eu já tinha lido alguns comentários, mas sempre que parava no trailer e/ou na sinopse pensava que acabaria sendo um filme meio so-so, e aí acabava que vira e mexe eu assistia um terrorzinho básico e deixava o filme para depois. E foi sem qualquer expectativa (ok, eu queria ver a cena da velhinha dando o cuspão, vê lá, 0:50 no trailer) que acabei vendo nesse final de semana, e adorei. Mais uma vez o Clint chega com uma daquelas histórias que parecem apresentar nada de extraordinário e simplesmente te cativa.
Poréééém, voltando ao problema das expectativas, tinha deixado The Brøken (mais um dos filmes do HorrorFest desse ano) para ver depois, porque era o que tinha a maior nota no imdb (outra mania boba: seguir as notas do imdb ¬¬ ). Bão, vamos lá: o filme é um cocô. Daqueles suspenses que tentam te ganhar com uma história sapeca cheia de mistério e que no fim… não chega em lugar algum.
E é por isso que retorno à frase inicial do meu post. Queria ser normal. Esse tipo de pessoa que vai ao cinema no domingo sem nem saber bem o que está vendo (“Watchmen é sobre heróis que são quase tipo deuses, certo?” e coisas do tipo). Aí meio que nem sabe o que espera, ou talvez saiba: segue o gênero e uma breve sinopse e só.
Mas fazer o quê. Sou velhaca. E pior, completamente apegada às tranqueiras que carrego no bolso. Um dia acho utilidade para tudo isso. Em tempo, para quem ficou curioso, o pôster do Sherlock Holmes tá lá no Jovem Nerd. Eu confesso que não curti. Tem qualquer coisa de errada com o chapéu, e antes que pensem que sou purista, não, não é por não ser aquele gorrinho que ilustra o detetiva do imaginário coletivo. Blé.
Achei a sua “anormalidade” ótima, não sei sobre o primeiro filme que você comentou (Na mira do chefe), mas o do Clint quero muito ver. O imdb é um vicio meu, mas não tenho levado muito a sério, pois o pessoal lá dizia que Rec (o original e não Quarentena) era o filme mais assustador já feito, e eu não concordei mesmo (achei algumas partes até engraçadas) – já Os estranhos foi bem mal falado e eu curti – mas o meu gosto é considerado duvidoso.
Eu também sinto o “peso da nerdice” às vezes. Eu tava lendo um blog de AD&D esses dias e o cara falou que, pra ele, D&D eram três livros que ele comprou há 25 anos atrás e que até hoje ele usa. Puxa, eu estou sempre indo atrás de material novo, futricando, pesquisando… isso que eu nem sou dos mais doentes!
Eu gostaria de ser um casual nerd. Mas não consigo.