Sabe como é, sempre fico com medo quando crio muita expectativa sobre algo porque invariavelmente quebro a cara. Assisti Repo! pensando que seria um Rocky Horror sem o humor (ahn?!). De qualquer modo, gostei. O filme começa com um breve resumo dos fatos através do que seriam páginas de quadrinhos (o recurso aparece bastante ao longo da história, aliás). Ficamos sabendo que uma epidemia tomou conta do planeta, causando falência dos órgãos vitais. Nesse cenário aparece a empresa GeneCo, que clona órgãos e vende em prestações que, caso a pessoa não consiga pagar, será tomado pelo Repo Man.
Apesar desse flashback (e de outros), confesso que achei que no começo as músicas não pareciam “conversar” muito bem com a história. As músicas vinham meio forçadas, especialmente as que envolviam o clã que controla a GeneCo. Os irmãos Largo são as personagens mais chatas, diga-se de passagem. Salvo o caso da Paris, que está ok (talvez justamente por estar interpretando ela mesma, uma “filha do dono” mimada).
Quando a história e as músicas finalmente se encontram, o filme fica muito bom. Alguns momentos ótimos, como por exemplo a conclusão da história na Ópera da Geneco. Graverobber é a personagem mais interessante, servindo como uma espécie de “guia” para Shilo e para o espectador, amarrando algumas pontas soltas da história. E o principal, já que trata-se de um musical: as músicas são legais. Não é o tipo de filme que você vê o ator abrindo a boca e pensa “porfavornãocante”, como foi o caso do Sweeney Todd para mim.
Valeu a pena a espera. Mas certeza que será um daqueles filmes que se você comentar que assistiu, a maior parte das pessoas perto de você lançará um sonoro “HEEEEIM?”, e os poucos que “só ouviram falar” será pela Paris Hilton ou pela Sarah Brightman. Uma última curiosidade: o ator que interpreta o Repo Man fez uma pontinha em Sweeney Todd mas é mais conhecido como “O Giles da Buffy”.
mas tenho q admitir que as desse filme parecem mais do tipo música normal e menos do tipo musical
“Não é o tipo de filme que você vê o ator abrindo a boca e pensa “porfavornãocante”, como foi o caso do Sweeney Todd para mim.”
[2] :ueba: