E o mais engraçado, como quase tudo envolvendo zumbis: você sempre acaba se surpreendendo. Nesse caso, o que mais chama a atenção é que em teoria, Generation Dead é um livro teen com mortos-vivos. Em teoria não, porque nuss, tem um monte de coisa de futebol americano e baile da escola e blablabla. Mas não é chato, pelo contrário, você simplesmente não consegue largar o livro. E quando o assunto é a metáfora para nossa sociedade… olha, acho que esse foi o que tocou mais fundo o dedo na ferida.
Vamos do começo. Generation Dead conta a história de Phoebe, uma menina gótica que começa a ficar bastante curiosa sobre um colega da escola, bastante distante e misterioso. Não, não é Edward Cullen. Trata-se de Tommy, um rapaz que até poderia ter tudo para ser bastante normal não fosse o fato de que ele é um zumbi. Seguindo a boa cartilha das melhores histórias do gênero, Waters não explica a razão para o fenômeno, mas o fato é que os adolescentes americanos começam a retornar depois de mortos.
Deixemos de lado o óbvio da juventude alienada, que o autor já coloca na voz de Adam, o amigo de Phoebe “Mortos com necessidades especiais 1 são vocês. Eles são apenas mortos.“
O que fala alto aqui é a questão da intolerância contra a minoria – seja ela qual for. Eu confesso que ao ler trechos nos quais mortos-vivos relatavam que foram abandonados pelos pais ao retornarem na hora avivaram a lembrança de várias histórias que ouvi de pais que expulsaram os filhos de casa ao descobrirem que eles eram homossexuais.
Acho que é por isso que a metáfora funcionou tão bem. Porque Waters apresenta Tommy inicialmente sob o ponto de vista de Phoebe, e aí você vê o quanto ele é um cara legal, o desejo dele de ter uma vida normal e tudo o mais. E quando o foco muda para o antagonista Pete, você já acha que Tommy é um cara que merece ser tratado como qualquer um. E isso faz de Pete não só o “vilão”, mas personagem constante nas cenas de maior tensão e/ou horror.
O horror da intolerância.
Eu confesso que ao terminar o livro já estava com saudades das personagens. E fiquei pensando que no final das contas, nada demais realmente aconteceu ali. E ao mesmo tempo, tanto foi dito. Uma pena que por enquanto só tenha em inglês, porque é realmente uma história que vale muito, muito a pena ler. Só o parágrafo inicial já conquista na hora. E é óbvio que eu não posso dizer o que tem no parágrafo inicial, até porque eu torço para que algum dia esse livro caia nas mãos de vocês.
ok, aqui no livro eles usam o termo “living impaired”, que é uma daquelas situações chatinhas do inglês na qual você saca o sentido mas não consegue passar bem para o português. essa tradução de mortos com necessidades especiais eu consegui ao pedir socorro para o Gabriel ↩
Pela descrição que você deu, eu me interessei pelo livro. Estou acabando de ler Os sete (faltam duas páginas… UFA) de André Vianco, e se tiver oportunidade vou ler esse livro. =D.
**anotado***
Bjus, e obrigada pela dica.
Legal o post =D
Fiquei curiosa para ler, particularmente o primeiro parágrafo =)
O tema é bem interessante, pois, realmente, esta geração é pouco empática :sigh:
Pena que só tenha em inglês =/
Me interessei. Pena que não soube do livro antes de encomendar meu box Twilight na amazon. Está baratinho lá, só não vale a pena importar um livro só…
Beijos
ah eh uma pena que ta em ingles… to mtoo curiosaa pra ler esse livro. Procurei de tudo que eh jeitooo traduçaoo no brasil mas nao achei =/ e sou pessima no ingles
ahh. outraa serie que eh legal tbem eh a HOUSE OF NIght , que eh uma escola de vampiros tbem…Ja li os 05 volumes que sairam ate agora. O sexto ta previsto pra agosto.
E tbem a série A Mediadora… que eh com fantasmas… legalzinhaa tbem :g: :iei: :iei:
Eu fiquei com muita vontade de ler, vou ver se eu arranjo 😀