Sabe, algo que sempre achei muito legal sobre Brilho eterno de uma mente sem lembranças (um dos poucos filmes que consigo assistir mais de uma vez sem dormir) é o fato de que a idéia de apagar a memória entra na história como algo comum, tipo tomar uma aspirina. E é tudo conduzido de uma forma tão bacana que no final das contas você nem fica pirando sobre os processos científicos que tornariam tal técnica verossímil. Importante ali são as pessoas, não o fato de que elas podem apagar a memória.
Até porque, convenhamos, apagar memória, wtf. Poisé. Aí hoje cedo eu fazendo minha leitura costumeira dos jornais e pãns, vejo a manchete “Pesquisadores apagam memória de camundongo” e agora estou aqui, fazendo uma lista básica para quando finalmente eu poderei dar uma de Clementine e apagar memórias e pessoas almost as a lark (sim, eu vi o filme tantas vezes que já sei falas de cor).
Esse é um dos filmes mais interessantes, belos, profundos e perturbadores que já assisti. E mesmo com o aspecto ficção científica, o que importa realmente é a história sobre os relacionamentos, a lembrança que pode alegrar ou assombrar nossas vidas.
E… já sei que vou pedir ao dr. para apagar da memória dia que fui ao show do U2 no Autódromo do RJ há quase dez anos… Deletaria fácil esse dia da minha vida 🙁
Pow, eu nem apagaria nada. 🙂
Sempre gostei do Brilho Eterno. E, pensando hoje em dia, até existem algumas coisas que eu gostaria de apagar. Mas sou daquelas cancerianas que se apegam a tudo, acho que no final eu acabaria amarelando e deixando tudo lá. Se bem que, pensando melhor, acho que tudo o que eu queria apagar já foi apagado naqueles dias de bebedeira homérica em que eu acordo e não lembro nada no dia seguinte. Vai ver que foi isso que os pesquisadores fizeram, deram um monte de álcool para o coitado do camundongo e soltaram o bichinho na balada. No outro dia ele não lembrava de nada, ora pois. Pelo menos comigo é assim que funciona, provado estatisticamente e empiricamente também. :blah: