Primeiro: calor insuportável causado pelo efeito estufa. O modo como passam a aridez de Nova York é impressionante, e valorizam muito cenas importantes que passariam batidas, como quando o policial tem contato com uma torneira com água corrente. Porque sim, o segundo ponto é que não bastasse o calor, ainda há escassez de água, e qualquer um que não fosse rico o suficiente para pagar (o que significa quase todos), teria que consumir apenas um galão que é fornecido de quando em quando – para beber, para higiene e afins.
Além disso, há uma superpopulação absurda, todo lugar parece lotado de gente. É o fim da privacidade, no final das contas. Porque para sair de seu apartamento (cubículo, no final das contas), você tem que ir desviando de gente que está “mora” na escadaria, por exemplo. Casas grandes e espaçosas novamente são só para os ricos (que compram o imóvel com mulheres fazendo parte da “mobília” e sendo tratadas dessa forma).
Por fim, o pior: falta de comida. Tão alarmante que em dado momento uma personagem mais velha, que viveu em tempos anteriores a esse, começa a chorar ao ver um pedaço de aipo e algumas maçãs. As pessoas só tem como opção alimentar-se do tal “soylent”, que seria o equivalente a uma bolachinha, variando entre as cores yellow, red e green (ahá, sacou o nome do filme?).
É realmente um futuro apavorante. E é nesse ambiente que o policial investigará o assassinato de um dos “chefes” da empresa que fabrica o soylent green para a população. O desfecho é ainda mais assustador, porque passa longe de um final feliz e esperançoso. E não, não falarei sobre isso, embora a maioria de vocês já deva saber do que se trata. Porque sim, estraga o “efeito final” que a história deve causar em quem está assistindo.
E sabe o que é mais irônico? A primeira vez que ouvi falar desse filme foi há 14 anos, em uma aula de Português. Minha professora batuta fez do desfecho a sinopse, há, há. Enfim, mesmo sabendo do final valeu a experiência. Para falar bem a verdade, agora fiquei curiosa para ler o livro de Harry Harrison no qual o roteiro foi baseado. Se for seguir a linha das outras distopias literárias que passaram para a telona, tem tudo para ser ainda melhor do que o filme.
Interessante, vou atrás 🙂
Ponto de discórdia: Acho o filme do laranja mecânica consideralvemente superior ao livro 🙂
Blé, nunca concordaremos sobre o Laranja Mecânica :nana:
Conheço uma banda de metal com esse nome. Talvez os integrantes também sejam fãs do filme e nele se inspiraram, hehe
a banda é com i ao invés do y, não é não? acho que foi até para não ter que pagar os direitos hehe
É com i sim, eles devem ter feito assim por causa disso mesmo que você falou, hehe
soylent = soy (soja) + lent (lentinha)
deve ser gostoso :g:
Ah,que vontade de contar o final…Bom,acho que estamos caminhando pra isso mesmo.
Leia o livro sim, o filme é apenas vagamente baseado no livro, apenas utiliza a mesma ambientação e (em parte) os personagens principais…
no livro não temos muitos dos aspectos do filme, como clínicas de eutanásia, corporações malignas e soylent freen é feito de soja mesmo.
Mas, em muias formas é uma distopia assustadora sobre quão ruins as coisas ficarão se o problema da superpopulação não for resolvido…boa leitura